As notícias sobre uma nova edição do Fórum Social Mundial e, em particular a realização da Cimeira de Davos que lhe sucedeu, reacenderam na agenda mediática o tema da globalização. Notícias vindas do Brasil, dando conta da expressão que ali conflui de indignação e oposição ao processo de globalização, ainda que sem encontrar correspondência plena ao nível da tomada de consciência da natureza económica que a percorre, do carácter imperialista da sua expressão à escala planetária e da essência capitalista que a enforma na sua fase actual.
Ao terceiro dia de uma greve nacional quase total, cerca de 20 mil profissionais de enfermagem protagonizaram, no dia 29 de Janeiro, em Lisboa, a mais participada manifestação de protesto da sua história. Consideram-se humilhados e ofendidos com a discriminação salarial proposta pelo Governo.
Com a campanha nacional Com o PCP – Lutar contra as injustiças, Exigir uma vida melhor, os comunistas dirigem-se, em primeiro lugar, aos trabalhadores. Porque será sempre a sua mobilização e luta a abrir os caminhos da ruptura e da mudança.
O PCP inaugurou, no dia 29, no Porto, uma exposição sobre A revolução republicana de 1910 na história da luta do povo português – a primeira de várias iniciativas do Partido sobre o tema.
A pouco mais de uma semana da realização da 9.ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP, o Avante! falou da sua preparação com Belmiro Magalhães e Gonçalo Oliveira, dirigentes regionais do Partido.
Jerónimo de Sousa participou, no sábado, num encontro de quadros da Organização Regional de Lisboa que debateu o Projecto autárquico e a acção local e contou com largas dezenas de participantes.
No manifesto da acção descentralizada em curso, a nível nacional, a CGTP-IN aponta a contradição entre a crise que grassa no País e os lucros escandalosos dos grandes grupos, afirmando que «é hora de mudar» e «é tempo de lutar».
Os trabalhadores da Administração Pública têm ainda mais razões para manifestarem a sua indignação e revolta, afirmou a Frente Comum de Sindicatos, considerando o Orçamento do Estado para 2010 como «um ultraje».
Uma opção de continuidade que mantém e agrava os eixos da política de direita, obedecendo às mesmas orientações que deram origem ao agravar contínuo da situação económica e social - assim é o Orçamento do Estado para 2010. A justificar, por isso, a oposição firme e o voto contra do PCP.
O Secretário-geral do PCP desafiou José Sócrates a compreender a razão da luta dos enfermeiros e a mudar a sua postura na abordagem aos conflitos laborais.
Hoje é dia de luta no ensino secundário e básico. Um pouco por todo o País, ilhas incluído, milhares de estudantes vão protestar contra os exames nacionais e a privatização do ensino.
A Câmara da Vidigueira aumentou em 82,08 euros o salários dos trabalhadores que recebem o ordenado mínimo e reduziu os dos que ocupam cargos de nomeação.
Sob o lema «Em defesa dos serviços públicos - Por uma melhor qualidade de vida», realizou-se, sábado, no Seixal, o 9.º Encontro Nacional das Comissões de Utentes dos Serviços Públicos.
As propostas da Comissão Europeia para a nova política comum de pescas colocam em causa a soberania de Portugal sobre parte dos seus recursos naturais.
Desde que o Tratado de Lisboa entrou em vigor, e sem qualquer anúncio público, 54 das 136 delegações da Comissão Europeia espalhadas pelo mundo foram transformadas em embaixadas com plenos direitos.
O ano de 2010 iniciou-se com o regresso dos trabalhadores à luta, caminho que é a mais sólida resposta às investidas do capital, que procura fazer recair sobre quem produz a factura da crise, e, à boleia desta, aumentar a extorsão da mais-valia e espezinhar direitos.
Desde que a Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) da Venezuela decidiu suspender temporariamente seis canais por cabo, desencadeou-se uma campanha de intoxicação da opinião pública dentro e fora da Venezuela. A morte de dois estudantes é igualmente manipulada.
Os ângulos de abordagem usados pelos comentadores para a análise e explicação das causas da actual crise do capitalismo global raras vezes têm colocado a hipótese de se poder estar em presença de um plano sofisticado arquitectado pelos próprios detentores do grande capital. Mas não é possível deixar passar em claro que aspectos decisivos marcam a diferença que existe entre a forma como a presente crise surgiu e se desenvolveu e a génese das outras crises cíclicas do capitalismo.