Contra a ditadura, por Abril
A empresa Fénix Intersegur tem arrastado uma situação de salários em atraso. Num portal da Internet, os trabalhadores desta empresa expressaram o seu profundo descontentamento por esta situação e relataram ainda diversos casos de outros abusos nas relações laborais na empresa. A empresa accionou judicialmente o Portal, correndo uma providência cautelar para o encerramento do Fórum de Discussão sobre a Fénix Intersegur. O Portal lançou uma campanha de fundos para conseguir pagar as custas judiciais que já está a enfrentar.
Estes são os factos.
Eles ilustram o verdadeiro carácter do regime que vivemos: a ditadura da burguesia. A quem se arrepie com este termo, perguntemos-lhe se num regime democrático:
- Pode um patrão impunemente não pagar salários aos seus trabalhadores sem ser imediatamente expropriado e, nas situações mais graves, preso?
- Pode o Estado não accionar uma célere e imediata acção de defesa de trabalhadores tão violentados pela sua entidade patronal?
- Pode um órgão de comunicação social estar sujeito à perseguição judicial desta forma, apenas porque o patrão tem dinheiro para pagar a advogados, os trabalhadores não têm e o seu espaço de informação também não?
- Pode a mesma justiça que é inoperante perante a violência patronal que recusa o pagamento de um salário ser célere na acção para a defesa do «bom nome» da mesma entidade patronal?
Não, não pode. Em democracia não pode.
Perante este mecanismo repressivo – de que aqui apenas se dá um exemplo – crescem os sentimentos de impotência, frustração e revolta. Sentimentos que resultam da violência da repressão, da incompreensão do seu carácter e mecanismos e da falta de perspectivas de uma alternativa e dos caminhos para a conquistar.
Sentimentos onde podem germinar sementes das transformações revolucionárias que se impõe, ou que podem degenerar num reaccionário apoio a modelos diferentes de uma mesma ditadura da burguesia.
Como sempre, é na resistência e na luta, intervindo organizadamente no seio dos trabalhadores, que os comunistas serão determinantes para que apenas cravos – de Abril e vermelhos – brotem desta situação, iluminando o futuro de Portugal.
Estes são os factos.
Eles ilustram o verdadeiro carácter do regime que vivemos: a ditadura da burguesia. A quem se arrepie com este termo, perguntemos-lhe se num regime democrático:
- Pode um patrão impunemente não pagar salários aos seus trabalhadores sem ser imediatamente expropriado e, nas situações mais graves, preso?
- Pode o Estado não accionar uma célere e imediata acção de defesa de trabalhadores tão violentados pela sua entidade patronal?
- Pode um órgão de comunicação social estar sujeito à perseguição judicial desta forma, apenas porque o patrão tem dinheiro para pagar a advogados, os trabalhadores não têm e o seu espaço de informação também não?
- Pode a mesma justiça que é inoperante perante a violência patronal que recusa o pagamento de um salário ser célere na acção para a defesa do «bom nome» da mesma entidade patronal?
Não, não pode. Em democracia não pode.
Perante este mecanismo repressivo – de que aqui apenas se dá um exemplo – crescem os sentimentos de impotência, frustração e revolta. Sentimentos que resultam da violência da repressão, da incompreensão do seu carácter e mecanismos e da falta de perspectivas de uma alternativa e dos caminhos para a conquistar.
Sentimentos onde podem germinar sementes das transformações revolucionárias que se impõe, ou que podem degenerar num reaccionário apoio a modelos diferentes de uma mesma ditadura da burguesia.
Como sempre, é na resistência e na luta, intervindo organizadamente no seio dos trabalhadores, que os comunistas serão determinantes para que apenas cravos – de Abril e vermelhos – brotem desta situação, iluminando o futuro de Portugal.