Privatizações regressam em força

Alienações desastrosas

Outra linha de orientação a merecer denúncia e combate é a das privatizações. Elas regressam «em força», totalizando um encaixa de quase mil milhões de euros, segundo o PCP, que alerta estarem certamente na forja privatizações já anteriormente perspectivadas de empresas como a ANA, a REN ou a TAP.
«Trate-se de uma opção que procura ignorar os severos prejuízos que privatizações anteriores trouxeram para a economia nacional, para a nossa soberania e desenvolvimento», sublinhou aos jornalistas Bernardino Soares, exemplificando com os casos da GALP e EDP, antes de lembrar estar simultaneamente em causa a entrega ao sector privado de empresas «altamente lucrativas e estratégicas para o País, como é a ANA».
Mas as privatizações não se confinam às empresas públicas ou a participações empresariais do Estado. Assumem outras formas, como foi dito, sendo exemplo as parcerias público-privadas (sobretudo hospitais e sector rodoviário), este ano com um custo que já ultrapassa os 750 milhões de euros, mas também a concessão de barragens ou mesmo a entrega em mãos privadas de serviços escolares, de saúde e até de funções do Estado cujos trabalhadores foram colocados na mobilidade especial, como acontece no Ministério da Agricultura.


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