Ensino da língua aos emigrantes

Acabar, nem pensar!

O PCP considera que a nova presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, deve explicações à Assembleia da República sobre a possibilidade de o ensino do português para emigrantes acabar em alguns países. Em causa estão declarações por si proferidas em meados do mês passado em que admitiu que o «ensino de português enquanto língua materna pode acabar em alguns países porque o objectivo é a sua integração nos sistemas de ensino no estrangeiro». Para os deputados comunistas José Soeiro e Paula Santos, tais declarações revestem se de «extrema gravidade», tendo por isso considerado «imperiosa» e «urgente» a presença da nova titular do Instituto Camões na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. «Estamos perante declarações de extrema gravidade cujo verdadeiro alcance se impõe esclarecer de imediato», sublinham os parlamentares do PCP no texto onde requerem a diligência e onde deixam expressa a sua posição de que as comunidades portuguesas «não podem ficar dependentes de estratégias» dos países de acolhimento «muitos dos quais têm como principal objectivo a homogeneização linguística e cultural das minorias». Para o PCP, que lembra ainda o papel do Instituto Camões no sentido de «assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso à cultura portuguesa», as declarações em causa assumem ainda uma particular gravidade na medida em que «vão ao arrepio daquilo que deveria ser o pilar estratégico de agregação identitária das comunidades portuguesas e luso¬descendentes, ou seja, a promoção e alargamento das escolas portuguesas e o desenvolvimento de uma rede qualificada de ensino de português no mundo».


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