Atender aos anseios do povo

O aumento real dos salários da administração pública, bem como o aumento das pensões, designadamente das mais baixas (em pelo menos 25 euros), são objectivos de que o PCP não abdica. E por eles vai bater-se, formalizando propostas concretas nesse sentido, com a consciência de que embora não mudando a natureza do OE tais medidas possam mitigar alguns dos seus traços mais negativos.
Isso é particularmente evidente, por exemplo, no caso das reformas e pensões, continuamente sujeitas ao efeito erosivo de uma política que persiste na sua não dignificação. Testemunha-o bem este Orçamento, com aumentos pouco significativos e o prosseguimento de critérios de penalização das reformas, aliás agravados nas aposentações da administração pública.
Outra linha de trabalho na qual os deputados comunistas apostam forte é no apoio aos trabalhadores desempregados. Não aceitam que o Governo insista em recusar um alargamento dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego – hoje mais de metade dos desempregados não têm acesso a esta prestação social – e, por isso, garantem, voltarão à carga com uma nova proposta visando esse objectivo.
Uma atenção especial da bancada do PCP será dada ainda ao plano de investimentos do Estado, tendo Bernardino Soares afiançado que não deixarão de ser formalizadas propostas para a inscrição de investimentos prioritários para as populações e o País, procurando também assim por esta via promover a criação de emprego e o desenvolvimento económico.


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