Muito mais do que autarquias
Jerónimo de Sousa participou, no sábado, num encontro de quadros da Organização Regional de Lisboa que debateu o Projecto autárquico e a acção local e contou com largas dezenas de participantes.
A intervenção local deve ser articulada com a acção geral do Partido
Intervindo no final do encontro, o Secretário-geral do PCP destacou a importância de, «logo no primeiro mês do ano», ter envolvido «tão grande número de quadros para preparar o nosso trabalho para o futuro». Tratou-se, em sua opinião, de uma iniciativa oportuna, «já que estamos no início do novo mandato autárquico que nos impõe projectar a nossa intervenção, tendo em conta a realidade que resultou das eleições, os nossos compromissos e as aspirações das populações».
Também a «aguda crise económica e social que acentua e agrava todos os problemas existentes» e que exige dos militantes comunistas uma «maior e mais redobrada atenção», concedeu, segundo Jerónimo de Sousa, uma importância acrescida ao encontro de sábado.
Como pôs em evidência o Secretário-geral do PCP, o «trabalho nas autarquias e o exercício dos mandatos que aí dispomos não constitui um fim em si, onde se esgota a acção dos eleitos». Trata-se, antes, de uma «frente de trabalho, um espaço de intervenção e luta e que deve ser articulada com a acção e objectivos gerais de luta do Partido».
Tal constatação, esclareceu, não significa qualquer «desvalorização do valioso trabalho e obra dos eleitos». Pelo contrário, antes constitui a «tomada de consciência de que as possibilidades de intervenção das autarquias para melhorar as condições de vida das populações não são independentes do rumo da política nacional e das opções governativas», sendo necessária uma «acção política sobre o conjunto dos problemas que afectam as condições de vida da população e dos trabalhadores».
A iniciativa própria do Partido no plano local, importante e necessária, «não se pode esgotar e diluir no trabalho autárquico, afirmou ainda Jerónimo de Sousa. É que se assim for, e «como a experiência mostra», será subestimado o «universo mais amplo de problemas locais sobre os quais o Partido deve intervir, assumir e promover».
Um projecto ímpar
Para os inúmeros e graves problemas com que os trabalhadores e as populações actualmente se defrontam «não bastam as políticas municipais e a intervenção estritamente local», sublinhou Jerónimo de Sousa. É também – e sobretudo – necessária a exigência de «novas políticas globais alternativas e uma luta mais global pela sua concretização». Também por aqui se distingue o conteúdo da acção política dos eleitos comunistas e da CDU.
O projecto autárquico do Partido, explicitou, «deve ter por base uma profunda ligação aos trabalhadores e às populações e uma política de verdade nessa ligação e relação». Que permita, «nos momentos de prestação de contas e no quotidiano da nossa intervenção, olhar olhos nos olhos e de cabeça erguida o povo que queremos servir, mas também envolvê-lo como sujeito activo e decisivo na conquista de melhores condições de vida para todos».
Um projecto que tem ainda uma «relação de proximidade e diálogo com os trabalhadores das autarquias» e uma preocupação constante com a sua valorização profissional. Relação esta, realçou Jerónimo de Sousa, que se deve traduzir na solidariedade perante as injustiças de uma política que se traduz na «mais brutal ofensiva contra as condições materiais de vida dos trabalhadores da administração local e central». Bem como no apoio à sua luta, acrescentou o dirigente comunista.
Inerente ao projecto autárquico comunista é a forma de «estar e exercer o poder, que nos deve distinguir e se nos impõe preservar nos seus traços essenciais: honestidade, competência e transparência no desempenho de funções; recusa de benefícios pessoais pelo exercício do poder; desapego do poder e entrega e dedicação aos interesses das populações».
Durante o dia, em várias intervenções, foram debatidos temas como a defesa e concretização da participação das populações; a ligação às massas e o desenvolvimento da luta; as particularidades do trabalho em minoria; o estabelecimento de justas relações entre eleitos e trabalhadores; o trabalho colectivo e o papel de direcção do Partido.
Também a «aguda crise económica e social que acentua e agrava todos os problemas existentes» e que exige dos militantes comunistas uma «maior e mais redobrada atenção», concedeu, segundo Jerónimo de Sousa, uma importância acrescida ao encontro de sábado.
Como pôs em evidência o Secretário-geral do PCP, o «trabalho nas autarquias e o exercício dos mandatos que aí dispomos não constitui um fim em si, onde se esgota a acção dos eleitos». Trata-se, antes, de uma «frente de trabalho, um espaço de intervenção e luta e que deve ser articulada com a acção e objectivos gerais de luta do Partido».
Tal constatação, esclareceu, não significa qualquer «desvalorização do valioso trabalho e obra dos eleitos». Pelo contrário, antes constitui a «tomada de consciência de que as possibilidades de intervenção das autarquias para melhorar as condições de vida das populações não são independentes do rumo da política nacional e das opções governativas», sendo necessária uma «acção política sobre o conjunto dos problemas que afectam as condições de vida da população e dos trabalhadores».
A iniciativa própria do Partido no plano local, importante e necessária, «não se pode esgotar e diluir no trabalho autárquico, afirmou ainda Jerónimo de Sousa. É que se assim for, e «como a experiência mostra», será subestimado o «universo mais amplo de problemas locais sobre os quais o Partido deve intervir, assumir e promover».
Um projecto ímpar
Para os inúmeros e graves problemas com que os trabalhadores e as populações actualmente se defrontam «não bastam as políticas municipais e a intervenção estritamente local», sublinhou Jerónimo de Sousa. É também – e sobretudo – necessária a exigência de «novas políticas globais alternativas e uma luta mais global pela sua concretização». Também por aqui se distingue o conteúdo da acção política dos eleitos comunistas e da CDU.
O projecto autárquico do Partido, explicitou, «deve ter por base uma profunda ligação aos trabalhadores e às populações e uma política de verdade nessa ligação e relação». Que permita, «nos momentos de prestação de contas e no quotidiano da nossa intervenção, olhar olhos nos olhos e de cabeça erguida o povo que queremos servir, mas também envolvê-lo como sujeito activo e decisivo na conquista de melhores condições de vida para todos».
Um projecto que tem ainda uma «relação de proximidade e diálogo com os trabalhadores das autarquias» e uma preocupação constante com a sua valorização profissional. Relação esta, realçou Jerónimo de Sousa, que se deve traduzir na solidariedade perante as injustiças de uma política que se traduz na «mais brutal ofensiva contra as condições materiais de vida dos trabalhadores da administração local e central». Bem como no apoio à sua luta, acrescentou o dirigente comunista.
Inerente ao projecto autárquico comunista é a forma de «estar e exercer o poder, que nos deve distinguir e se nos impõe preservar nos seus traços essenciais: honestidade, competência e transparência no desempenho de funções; recusa de benefícios pessoais pelo exercício do poder; desapego do poder e entrega e dedicação aos interesses das populações».
Durante o dia, em várias intervenções, foram debatidos temas como a defesa e concretização da participação das populações; a ligação às massas e o desenvolvimento da luta; as particularidades do trabalho em minoria; o estabelecimento de justas relações entre eleitos e trabalhadores; o trabalho colectivo e o papel de direcção do Partido.