A situação do país é realmente muito grave. Os problemas são estruturais e profundos e envolvem praticamente todas as esferas da vida nacional. É necessário atacá-los com a maior urgência sob pena de se abrir uma crise de dimensão ainda mais vasta e perigosa. Mas como? Com que critérios de classe? Com que protagonistas no plano das forças sociais e das alianças políticas?
Intervindo, anteontem, na apresentação da lista da CDU pelo círculo de Évora, Jerónimo de Sousa rejeitou quaisquer «pactos de regime» que mantenham a actual política e acusou PS e PSD pela situação do País.
Estão já apresentados os cabeças de lista da CDU para as eleições de 20 de Fevereiro. Tal como os restantes membros das listas, são os candidatos para uma mudança a sério.
Os eleitos do PCP acusam a maioria PS da Câmara Municipal de Leiria de preparar um orçamento para 2005 com a intenção de ser chumbado para se «vitimizar» em ano de eleições.
O Governo decretou um novo abate da frota pesqueira. O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca denuncia as consequências: destruição de postos de trabalho, subida da importação de pescado e o aumento da pobreza.
A CGTP exige transparência no sistema da segurança social e nas suas contas e afirma que ao Governo interessa uma «situação obscura» para esconder as verdadeiras dívidas do patronato.
A electricidade, a água, os passes sociais, os seguros, as rendas de casa, entre outros, estão mais caros com a entrada em vigor das actualizações dos preços.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia acusou o Ministério da Administração Interna de «arrastar no tempo» os concursos da PSP para não aumentar os salários dos polícias.
A par das questões salariais, os sindicatos franceses convocaram greves em Janeiro em defesa dos serviços públicos, contra as supressões maciças de postos de trabalho e a precarização do emprego.
Milhares de alemães manifestaram-se na segunda-feira, dia 3, contestando a entrada em vigor da reforma «Hartz IV» que reduz substancialmente os direitos de protecção social.
A administração Bush pretende implementar normas para manter em prisão perpétua, sem julgamento, os suspeitos de terrorismo já presos ou a deter no futuro.
O recente período de festas foi marcado pela tragédia resultante do terramoto e maremoto asiático de 26 de Dezembro. Mas outros perigos ameaçam a região.
John Bettencourt (Beta para os amigos) estava calmo e confiante no dia das eleições europeias. O seu trabalho ia finalmente começar a dar frutos e «eles» iam desaparecer do Parlamento Europeu. Primeiro passo para os reduzir a uma coisinha que nunca mais se teria que ter em consideração.