Beja contra degradação dos CTT

A Assembleia Municipal de Beja protestou contra a forma de funcionamento da estação dos CTT da cidade, considerando que há «poucos funcionários» e que obriga os utentes a «longas filas de espera».
Numa moção, aprovada por unanimidade na reunião da passada semana, os autarcas condenam a «degradação, desde há muitos meses», das condições de acesso aos serviços de atendimento dos correios de Beja.
Miguel Ramalho, eleito da CDU na Assembleia Municipal, explicou que o funcionamento da estação dos CTT na cidade «já há algum tempo que não era bom», mas que, «ultimamente», foram introduzidas alterações que «ainda agravam mais a situação». «Em determinada altura, introduziram o sistema de “tickets” (senhas) no atendimento público mas, como não funcionou, acabaram por suspendê-lo. Agora, voltaram a repor esse sistema e a criar dificuldades aos utentes», disse.
Segundo o texto da moção, apresentada pela CDU, as senhas para o atendimento são um dos factores que levam à «incapacidade dos serviços dos CTT para responder à procura», motivando «longas filas de espera».
Considerando que a situação «ultrapassou há muito o tolerável» e tornou-se mesmo «ridícula e desajustada das necessidades da população», a moção dos comunistas refere ainda que as condições de acesso dos munícipes a este serviço de utilidade pública está «posta em causa».

Mau funcionamento

Miguel Ramalho realça também que é «caricata» a forma como a estação dos CTT está a funcionar, tanto mais que, há cerca de dois anos, está concluída uma nova estação da empresa na cidade, a qual «nunca chegou a ser aberta para o atendimento ao público».
«É um edifício cedido pela autarquia, no âmbito de uma permuta com os CTT, que foi alvo de obras e está completamente equipado. O problema é que só é utilizado para os serviços mínimos, com expedição de encomendas, apesar de ter sido prometido que teria “guichets” para atender os utentes», destacou.
A Assembleia Municipal de Beja exigiu que essa nova estação seja «imediatamente aberta» ao público e solidarizou-se com os trabalhadores dos Correios de Portugal. Segundo Miguel Ramalho, subjacente a este «mau funcionamento», está «a tentativa de privatizar a empresa».
A moção, aprovada por unanimidade, vai ser enviada à Agência Nacional para as Comunicações (ANACOM) e à Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) para solicitar a intervenção destas entidades.
A Direcção dos Correios de Beja e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações são outros dos organismos a quem foi deliberado dar conhecimento do teor da moção.


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