Protestos voltam à Alemanha
Milhares de alemães manifestaram-se na segunda-feira, dia 3, contestando a entrada em vigor da reforma «Hartz IV» que reduz substancialmente os direitos de protecção social.
Governo obriga desempregados a trabalhar por um euro por hora
Os protestos inicialmente organizados em cerca de 75 localidade decorreram, segundo notícias veiculadas por diversas agências internacionais, em mais de 20 cidades do Este e Oeste do País.
Vários centros de emprego estiveram cercados por cordões policiais, impedindo a entrada dos manifestantes. Em Berlim, no bairro operário de Wedding, onde 400 pessoas se concentraram, registaram-se confrontos com as forças da ordem, tendo sido detidos 15 manifestantes.
Em Hamburgo e Leipzig, as delegações do centro de emprego foram invadidas por multidões em protesto, não havendo registo de destruições ou incidentes violentos.
A reforma que ficou conhecida pelo apelido do seu inspirador, o director de recursos humanos da Volkswagen, Peter Hartz, elimina o regime duplo de protecção que garantia subsídios aos desempregados sem trabalho há mais de 12 meses e assegurava um prestações sociais às camadas mais pobres.
O novo sistema cria uma ajuda única para cerca de três milhões de pessoas, das quais dois milhões de desempregados e um milhão de beneficiários da assistência social. A maior parte dos desempregados viu o respectivo subsídio reduzido para 345 euros, enquanto a maioria dos ajudados pela assistência social sofrem fortes pressões para regressar ao mercado de trabalho.
Centenas de milhares de pessoas serão obrigadas a aceitar os ditos «empregos a um euro» por hora em hospitais e várias organizações da administração do Estado.
Desemprego em alta
Apesar de a coligação social-democrata/verdes apresentar as impopulares reformas sociais como a única forma de criar empregos e dinamizar a economia, a verdade é que, com um crescimento económico de apenas 1,5 por cento previsto para 2005, o desemprego tenderá a agravar-se.
Acautelando este cenário mais que provável, o ministro social-democrata da Economia, Wolfgang Clement, já declarou que os efeitos das reformas só começarão a sentir-se lá para o Verão.
Entretanto, a situação irá piorar, esperando-se que em Fevereiro, o desemprego ultrapasse pela primeira vez a barreira dos cinco milhões, mais que não seja pelo facto de cerca de 400 mil pessoas, antes consideradas ao abrigo da assistência social, passarem à condição oficial de desempregados.
Nada animadores são os dados mais recentes divulgados na terça-feira, dia 4, pela Agência Federal do Trabalho. Segundo este organismo estatal o desemprego voltou a aumentar em Dezembro passado na Alemanha, pelo 11.º mês consecutivo, afectando 10,8 por cento, da população activa.
Em dados corrigidos de variações sazonais, o número de desempregados cresceu 17 mil no último mês do ano (mais 0,5%), para um total de 4,47 milhões de pessoas.
Cortes na saúde
Por seu lado, a reforma no sistema de saúde aplicada no início de 2004, está proporcionar significativas poupanças ao Estado alemão. Segundo dados publicados na semana passado pelos organismos responsáveis (BKK), pela primeira em 11 anos as despesas com medicamentos dos sistemas públicos baixar cerca de 10,5 por cento em relação a 2003.
Esta resultado foi obtido à custa do bolso dos cidadãos que para passaram a suportar parte do custo dos medicamentos, assim como viram reduzidos os reembolsos compensatórios de outras despesas com a saúde.
Vários centros de emprego estiveram cercados por cordões policiais, impedindo a entrada dos manifestantes. Em Berlim, no bairro operário de Wedding, onde 400 pessoas se concentraram, registaram-se confrontos com as forças da ordem, tendo sido detidos 15 manifestantes.
Em Hamburgo e Leipzig, as delegações do centro de emprego foram invadidas por multidões em protesto, não havendo registo de destruições ou incidentes violentos.
A reforma que ficou conhecida pelo apelido do seu inspirador, o director de recursos humanos da Volkswagen, Peter Hartz, elimina o regime duplo de protecção que garantia subsídios aos desempregados sem trabalho há mais de 12 meses e assegurava um prestações sociais às camadas mais pobres.
O novo sistema cria uma ajuda única para cerca de três milhões de pessoas, das quais dois milhões de desempregados e um milhão de beneficiários da assistência social. A maior parte dos desempregados viu o respectivo subsídio reduzido para 345 euros, enquanto a maioria dos ajudados pela assistência social sofrem fortes pressões para regressar ao mercado de trabalho.
Centenas de milhares de pessoas serão obrigadas a aceitar os ditos «empregos a um euro» por hora em hospitais e várias organizações da administração do Estado.
Desemprego em alta
Apesar de a coligação social-democrata/verdes apresentar as impopulares reformas sociais como a única forma de criar empregos e dinamizar a economia, a verdade é que, com um crescimento económico de apenas 1,5 por cento previsto para 2005, o desemprego tenderá a agravar-se.
Acautelando este cenário mais que provável, o ministro social-democrata da Economia, Wolfgang Clement, já declarou que os efeitos das reformas só começarão a sentir-se lá para o Verão.
Entretanto, a situação irá piorar, esperando-se que em Fevereiro, o desemprego ultrapasse pela primeira vez a barreira dos cinco milhões, mais que não seja pelo facto de cerca de 400 mil pessoas, antes consideradas ao abrigo da assistência social, passarem à condição oficial de desempregados.
Nada animadores são os dados mais recentes divulgados na terça-feira, dia 4, pela Agência Federal do Trabalho. Segundo este organismo estatal o desemprego voltou a aumentar em Dezembro passado na Alemanha, pelo 11.º mês consecutivo, afectando 10,8 por cento, da população activa.
Em dados corrigidos de variações sazonais, o número de desempregados cresceu 17 mil no último mês do ano (mais 0,5%), para um total de 4,47 milhões de pessoas.
Cortes na saúde
Por seu lado, a reforma no sistema de saúde aplicada no início de 2004, está proporcionar significativas poupanças ao Estado alemão. Segundo dados publicados na semana passado pelos organismos responsáveis (BKK), pela primeira em 11 anos as despesas com medicamentos dos sistemas públicos baixar cerca de 10,5 por cento em relação a 2003.
Esta resultado foi obtido à custa do bolso dos cidadãos que para passaram a suportar parte do custo dos medicamentos, assim como viram reduzidos os reembolsos compensatórios de outras despesas com a saúde.