Poder de compra diminui em Portugal

Aumentam os preços em 2005

A electricidade, a água, os passes sociais, os seguros, as rendas de casa, entre outros, estão mais caros com a entrada em vigor das actualizações dos preços.

Perda de compra para os consumidores

A previsão do Governo para a inflação de 2005 está nos dois por cento, pelo que a grande maioria destes aumentos ficam acima destes valores, implicando a perda de compra para os consumidores.
Na electricidade, os clientes domésticos podem esperar aumentos de 2,3 por cento em Portugal Continental, de 2,4 por cento na Madeira e 0,5 por cento nos Açores. Já nas empresas e a grande indústria do Continente sofrerão um aumento anual de 2,4 por cento, a que se junta um ajuste trimestral com os encargos variáveis do preço dos combustíveis. Assim, no primeiro trimestre de 2005, o aumento das tarifas industriais será de 7,86 por cento para os clientes de média tensão, 10,35 por cento para os de Alta Tensão e 10,63 por cento para os clientes de Muito Alta Tensão.
Também a água canalizada deverá sofrer uma subida de preço, embora isso só aconteça depois do primeiro trimestre. Por essa razão, o novo tarifário ainda não foi preparado pela EPAL.
As portagens das auto-estradas portuguesas também aumentaram 1,9 por cento, segundo as propostas feitas pelos concessionárias ao Governo. No caso específico da Brisa, maior concessionária portuguesa, o arredondamento a cinco cêntimos implica que o aumento médio fique abaixo desse valor, nos 1,83 por cento.
Nos passes sociais, a actualização trimestral ronda os 1,9 por cento de acordo com a Antrop, associação que representa as empresas de transportes de passageiros. Uma subida que surge por força da indexação ao preço do gasóleo. Ainda no campo da mobilidade, a subida mais elevada corresponde à proposta dos taxistas em aumentar 10 por cento o preço de serviço de sete quilómetros.
No seguro de responsabilidade civil automóvel, as empresas realizaram aumentos entre os 2 e os 5 por cento. Também as rendas das casas, cujos contratos sejam anteriores a 1979, aumentaram entre 2,5 e 3,75 por cento.
Quanto ao tabaco, está 20 cêntimos mais caro com o aumento do imposto sobre o tabaco que consta do Orçamento de Estado para 2005 e que já entrou em vigor no primeiro dia de Janeiro.


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