UM PCP MAIS FORTE
Nos próximos dias 5 e 6 de Abril realiza-se em Lisboa o 10.º Congresso da JCP. Um Congresso que há muito está em construção, que analisa as brutais alterações nas condições de vida da juventude nos últimos três anos e que procura, a cada momento, dinamizar o processo de luta. Um Congresso profundamente ligado à juventude, às suas características, formas de estar, preocupações e anseios.
Com a sua forte participação na manifestação nacional de dia 14, milhares de trabalhadores da Administração Pública mostraram nas ruas de Lisboa os motivos da crescente revolta e reafirmaram a determinação de manter a luta para que seja devolvido tudo o que foi roubado à conta da «austeridade» e para que seja demitido o Governo que conduziu o saque, contra a lei e a Constituição.
As tentativas de submissão nacional em curso na UE representam uma forma de opressão de classe que vem sendo exercida sobre os trabalhadores e os povos, para além de um inquietante e perigoso ataque à democracia. Quem, afirmando-se à esquerda, não o perceber, ou não o quiser perceber, não compreenderá um dado decisivo para intervir sobre a realidade do nosso tempo, transformando-a no sentido do progresso social – palavras de João Ferreira, primeiro candidato da CDU, na entrevista ao Avante! em que refere a importância das eleições de 25 de Maio, alerta para os perigos do federalismo, critica a adesão ao euro e sublinha a necessidade de reforçar a votação na CDU para a mudança de rumo na vida nacional.
Portugal não pode aceitar «uma justiça para os pobres e outra para os banqueiros e outros ricaços», defendeu Jerónimo de Sousa. O dirigente do PCP afirmou que a prescrição das penalizações aplicadas a banqueiros «é mais um escândalo de proporções inauditas».
O PCP acusa o Governo de estar a concertar com o patronato do sector dos transportes a forma de privatizar as mais importantes e lucrativas empresas.
O PCP denunciou anteontem, em comunicado, o conteúdo gravoso dos projectos do PS, PSD e CDS de alteração das leis eleitorais.
Só unidos e organizados é possível aos trabalhadores travar com êxito a luta contra a ofensiva em curso e em defesa dos seus direitos, garante o PCP.
Durante a semana nacional de luta, que a CGTP-IN convocou para propiciar a convergência de acções pela demissão do Governo, por aumentos salariais e pela resolução de problemas específicos de empresas e sectores, milhares de trabalhadores realizaram greves, plenários e manifestações por todo o País.
O «desfile da família militar», entre a Praça Luís de Camões e o Palácio de São Bento, não teve palavras de ordem, mas no final o presidente da ANS evocou Zeca Afonso e apelou a que «não nos obriguem a vir para a rua gritar».
A situação económica e social foi dia 13 passada a pente fino na interpelação do PCP ao Governo. Avaliado o estado do País, a conclusão foi óbvia: o quadro é de «enorme gravidade» e urge pôr-lhe cobro, sob pena de ser o próprio futuro que fica comprometido.
A reestruturação da dívida pública voltou a ser defendida pelo PCP, que não duvida de que a mesma «terá de ser feita» e que este é o «único caminho que serve os interesses do País».
Uma alteração para facilitar e promover os despedimentos, assim avalia o PCP o diploma do Governo aprovado sexta-feira passada na AR que introduz mexidas no Código do Trabalho.
João Ferreira, primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, esteve, no dia 8, no Porto, onde defendeu a urgência de uma política de investimento público para a requalificação e repovoamento do centro histórico da cidade.
Os estudantes do Ensino Básico e Secundário realizaram quinta-feira, 13, um Dia Nacional de Luta, para denunciar todos os ataques feitos ao ensino público por parte do Governo PSD/CDS e reivindicar mais financiamento para a educação.
Um relatório do PCP que defende a redução da disparidade salarial entre homens e mulheres foi chumbado com os votos dos deputados do PSD e CDS/PP.
O Parlamento Europeu rejeitou, dia 12, por uma expressiva maioria a proposta da Comissão Europeia de regulamentação das sementes, mas Bruxelas não desiste.
Vladimir Putin assinou com as autoridades da Crimeia e de Sebastopol um acordo para a integração dos territórios na Federação Russa, isto depois de a população da península ter aprovado, domingo, em referendo, a reunificação.
No momento em que escrevemos estas linhas, com risco da própria vida, ouvimos o assobio assassino das balas sobre a cabeça. Vidros estilhaçados saltam por todos os lados, convertidos em milhares de projecteis mortais. E com um bocadinho de imaginação até é possível sentir o trovejar dos canhões não muito longe, ali ao pé da serra. A terra treme. Caracas é um caos. Caracas? Não. A Venezuela! O país arde de Norte a Sul. De Este a Oeste. Estamos à beira da guerra civil!...
Falecido a 5 de Março de 2013, fez recentemente um ano, o líder da revolução bolivariana deixou um impressivo legado de progresso e soberania, cujo futuro e aprofundamento o povo e o governo venezuelanos procuram defender enfrentando a reacção da oligarquia local, que tem no imperialismo norte-americano o seu principal alento.
Na passada semana 70 ditas personalidades de diferentes quadrantes políticos, desde o CDS passando pelo PSD e PS e acabando no BE, subscreveram um manifesto em que consideram insustentáveis os níveis actuais da nossa dívida pública e defendem a sua reestruturação como única forma de poderem ser libertados recursos financeiros nacionais que permitam à economia crescer de forma duradoura e consequentemente pagar a dívida.