Crimeia integra Rússia
Vladimir Putin assinou com as autoridades da Crimeia e de Sebastopol um acordo para a integração dos territórios na Federação Russa, isto depois de a população da península ter aprovado, domingo, em referendo, a reunificação.
Vladimir Putin lembrou o caso do Kosovo
A consulta foi considerada ilegal pelas potências e blocos político-militares imperialistas, que, sábado, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, tentaram declarar o sufrágio ilegal, e por estes dias impõem sanções aos dirigente da Rússia e da Crimeia. A Rússia vetou a resolução invocando o direito dos povos à autodeterminação e denunciou a hipocrisia «ocidental» sobre a matéria.
No discurso proferido terça-feira, 18, perante os deputados das duas câmaras e os governadores da Federação, Vladimir Putin lembrou precisamente o caso do Kosovo e considerou que numa Ucrânia controlada por neo-nazis, só a Rússia pode defender a Crimeia, um território estratégico e ligado pela maioria do seu povo, pela história e cultura ao país. Putin sublinhou, ainda, que o «ocidente» passou dos limites e que Moscovo não se demitirá de defender os seus concidadãos, embora tenha frisado que a Rússia não pretende dividir a Ucrânia.
Esta última advertência visa dar resposta aos que acusam o Kremlin de ter como objectivo anexar o Leste e Sudeste da Ucrânia, onde se registam intensos confrontos entre populares e contingentes de choque nazi-fascistas enviados por Kiev. Os feridos contam-se às dezenas em Karkhov, Donetsk e Lugansk, cidades onde há a lamentar vítimas mortais da violência desencadeada por brigadas do Sector de Direita.