No mesmo dia em que escrevemos estas linhas, estão a iniciar-se em Lisboa, sob a presidência portuguesa da UE, os trabalhos da Conferência Intergovernamental para a reforma dos Tratados.
Foi ontem apresentado o programa político e cultural da 31.ª edição da Festa do Avante!, a maior iniciativa político-cultural de massas do País e, a nível internacional, uma das mais significativas do género.
A Comissão Política do PCP considerou que o ano lectivo que agora findou ficou marcado pela «mais vasta e demolidora ofensiva contra a escola pública».
No dia em que começou a Conferência Intergovernamental para a Reforma dos Tratados da UE, a Comissão Política do PCP condenou a «inaceitável manobra política» de reapresentação da «constituição europeia».
A PSP tentou impedir a acção, entre os dias 18 e 20, diante da Assembleia da República, contra o novo regime de carreiras, vínculos e remunerações e as restrições à actividade sindical.
Membros da comissão vêm apadrinhar propostas contrárias àquilo que, como responsáveis de organismos oficiais, têm que defender no dia-a-dia, protestou a central, após a reunião do seu Conselho Nacional.
Foram duas visões distintas as que estiveram em confronto no debate do Estado da Nação que marcou, faz amanhã oito dias, o final dos trabalhos parlamentares.
O PS aprovou, faz hoje oito dias, sozinho, a proposta de lei do Governo relativa ao novo regime de vínculos, carreiras e remunerações da administração pública. Uma «verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores e seus direitos», assim a classificou o PCP.
O governo chefiado por Romano Prodi chegou a acordo, dia 20, com as centrais sindicais sobre a alteração do sistema de pensões, que prevê o aumento gradual da idade mínima dos 57 para os 61 anos.
Pela primeira vez a minoria curda irá formar um grupo parlamentar com 24 deputados na Grande Assembleia Nacional, em resultado das eleições realizadas no domingo, 22, que renovaram a vitória do AKP de Recep Erdogan.
Representantes das Nações Unidas, União Europeia, Estados Unidos da América e Rússia participaram no dia 19, em Lisboa, numa reunião do «Quarteto» para o Médio Oriente.
Foi dado à estampa um livro da autoria da actual vice-presidente do Grupo parlamentar do PSD, Zita Seabra, cujo título, «Foi Assim», (O «F» carcomido dá a ideia de uma foice destruída…), sobressai a vermelho numa capa impressa com o jornal Avante! esbatido. No topo, a autora, proprietária da editora da sua obra, aparece numa fotografia, com o ar aguerrido da juventude, de punho erguido, e uma auréola com a foice e o martelo. Uma capa enganadora, como aliás toda a sua personagem, que se vai retratar num livro de recordações ao sabor de intenções inconfessadas, cujo percurso acaba em 1989, quando se fina a sua identidade comunista e começa outra, antagónica da primeira.