Os espiões de Berlusconi e a incúria do Governo PS
Em 4 de Julho o Conselho da Magistratura de Itália tornou público que na investigação de actividades criminosas aos Serviços de Informações Militares (SISMI) - como a cumplicidade no sequestro pela CIA do Imã Abu Omar -, foi descoberto que de 2001 a 2006, sob tutela de Berlusconi, foram concretizadas actividades de espionagem e contra informação a magistrados filiados no MDEL - Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdades - italianos e de outros países. E provou-se a intercepção a comunicações de magistrados portugueses, da Associação Sindical dos Juizes e do Sindicato do Ministério Público.
Recorde-se que Berlusconi «foi para a política», sustentado no seu império mediático, para «defender as suas empresas», quando a «operação mãos limpas» lhe prendeu os cúmplices de protecção política, e por lá andou estes anos a tratar dos grandes negócios e a concretizar um golpe contra a Justiça, manipulando leis, amnistias e prescrições, e chantageando e escolhendo juizes em proveito próprio.
E lembre-se que Itália tem uma longa história de crimes dos seus espiões, envolvidos com a Mafia, a CIA e a NATO na Rede Gladio, na P2, nas Brigade Rossi, na DSSA e nas «rendições extraordinárias». O SISMI é um esteio da multinacional «anti-terrorista» de Bush & Blair, que deu provas até na espionagem do Conselho Europeu, dos inspectores da ONU no Iraque e do seu ex-Sec. Geral K. Annan. Por isso é «normal» espiar «magistrados que alimentavam pensamentos e estratégias desestabilizantes» (sic) – provavelmente até cumpriam a lei. E é normal que as informações circulem pela rede da putativa «CIA europeia» - cada vez mais activa e a caminho da existência formal, conforme vontade expressa de tantos federalistas, Brown, Condoleeza, A. Vitorino, Rui Pereira, etc..
Por isso se acompanha a exigência de que o Governo português esclareça tudo sobre as escutas do SISMI às nossas magistraturas, incluindo o eventual intercâmbio com o Sistema de Informações da República – também ele governamentalizado e cada vez mais federalista. E por isso se repudia o silêncio do Governo - expressão de incúria e arrogância autoritária.
Recorde-se que Berlusconi «foi para a política», sustentado no seu império mediático, para «defender as suas empresas», quando a «operação mãos limpas» lhe prendeu os cúmplices de protecção política, e por lá andou estes anos a tratar dos grandes negócios e a concretizar um golpe contra a Justiça, manipulando leis, amnistias e prescrições, e chantageando e escolhendo juizes em proveito próprio.
E lembre-se que Itália tem uma longa história de crimes dos seus espiões, envolvidos com a Mafia, a CIA e a NATO na Rede Gladio, na P2, nas Brigade Rossi, na DSSA e nas «rendições extraordinárias». O SISMI é um esteio da multinacional «anti-terrorista» de Bush & Blair, que deu provas até na espionagem do Conselho Europeu, dos inspectores da ONU no Iraque e do seu ex-Sec. Geral K. Annan. Por isso é «normal» espiar «magistrados que alimentavam pensamentos e estratégias desestabilizantes» (sic) – provavelmente até cumpriam a lei. E é normal que as informações circulem pela rede da putativa «CIA europeia» - cada vez mais activa e a caminho da existência formal, conforme vontade expressa de tantos federalistas, Brown, Condoleeza, A. Vitorino, Rui Pereira, etc..
Por isso se acompanha a exigência de que o Governo português esclareça tudo sobre as escutas do SISMI às nossas magistraturas, incluindo o eventual intercâmbio com o Sistema de Informações da República – também ele governamentalizado e cada vez mais federalista. E por isso se repudia o silêncio do Governo - expressão de incúria e arrogância autoritária.