A aspiração de ver aquele lugar nasceu nos bancos do liceu quando estudei as guerras entre a Grécia e a Pérsia e soube que uma noite Alexandre, o Rei da Macedónia, incendiara os palácios que eu vira num livro de arte.
«Um dia irei até Persepolis» – decidi então.
Satisfiz o desejo em Maio, transcorridos quase setenta anos.
A batalha do Jarama desenhava-se como aquela que seria a mais sangrenta, a que mais exigiria dos comandos, do material e, evidentemente, dos homens. A aviação republicana recebia reforços de notável qualidade e, em Fevereiro de 1937, formava-se a primeira esquadrilha exclusivamente tripulada por pessoal espanhol sob o comando do herói da caça, Andrés Garcia Lacalle. Esta e outras cinco esquadrilhas, formadas por pessoal soviético, assumiam a constituição do Grupo de Caça No.26 cujos aparelhos, os I-15, dominavam nos céus. Em terra, a sensação do momento eram os camiões blindados soviéticos, os BA-32, equipados com canhões de 45 mm e duas metralhadoras que integravam a brigada Pavlov.