A narrativa ficcional, por muito que a queiramos preencher de derivações do mais delirante imaginário, vai sempre diluir-se nas memórias do autor, entrosar-se nelas. Sobretudo, como é o caso do mais recente romance de Sérgio de Sousa, autobiografia de uma pessoa, quando a ficção entronca em fragmentos da realidade histórica do País, num período temporal entre os anos 1950 e a primeira década pós-25 de Abril de 1974.