Causas e soluções
Um recente estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que envolveu mais de 4.000 mães, concluiu que as doenças musculoesqueléticas e do foro mental são os problemas de saúde relacionados com o trabalho que mais afectam as mães em Portugal.
A investigação constatou que 31,5% das mães teve «pelo menos um problema de saúde relacionado com o trabalho desde o início da sua atividade profissional».
As doenças musculoesqueléticas (problemas de costas, membros superiores e pescoço e membros inferiores) foram os problemas de saúde mais reportados, nomeadamente por cerca de 40% das mulheres.
Paralelamente, também as patologias do foro psicológico como o stress, a depressão e a ansiedade foram reportadas como «muito comuns» (38,2% das mulheres).
O que o estudo não refere, porque não faz dos seus objectivos encontrar a razão de fundo das situações que acabou por constatar, é que a verdadeira e profunda causa disto tudo está na própria natureza do sistema capitalista – exploradora, opressora, agressiva e predadora – que não tem solução nas chamadas políticas de igualdade de género, como a União Europeia, o FMI, o Banco Mundial, e o G7 (e os seus «arautos» em Portugal) tentam fazer crer.
É uma situação que tem merecido a destacada atenção do PCP, o Partido que na sua luta de 100 anos nunca deixou de intervir pela igualdade na lei e na vida, o que implica garantir o trabalho com direitos, acabar com a precariedade laboral, valorizar a progressão profissional e as carreiras, efectivar a igualdade salarial entre homens e mulheres, indissociável da elevação dos salários de todos os trabalhadores, reduzir o horário de trabalho para as 35 horas semanais, pôr fim à desregulação dos horários, fazer cumprir os direitos de maternidade e paternidade, repor a idade legal da reforma aos 65 anos e garantir o direito à reforma e a uma pensão digna, bem como à reforma sem penalizações com 40 ou mais anos de descontos, investir nos serviços públicos e garantir o direito das mulheres à saúde, à segurança social, à justiça e à educação, entre tantos outros direitos.
É este o combate que o PCP continuará a travar e que contará, como sempre aconteceu ao longo de 100 anos, com a luta decidida das mulheres.