No final da tarde de domingo os apoiantes começaram a chegar ao recinto que receberia o comício da CDU. Uma a uma, a um ritmo seguro, as muitas dezenas de cadeiras ali dispostas foram sendo ocupadas. Vários transeuntes também por ali foram ficando, por curiosidade ou, talvez, por estarem acostumados a demonstrações da força viva da coligação que dirige os destinos daquele município há já vários mandatos.

«A CDU é pelo seu trabalho e percurso uma grande força política nacional no Poder Local», começou por afirmar Jerónimo de Sousa. Uma força «indissociavelmente ligada à construção do Poder Local democrático, à sua afirmação como espaço de resolução dos problemas e de intervenção a favor do desenvolvimento e do bem-estar», continuou.

No entanto, a CDU, como afirmou o Secretário-geral do PCP, não vale apenas «pela qualidade e provas dadas pelos seus eleitos, pela usual entrega e elevada disponibilidades dos seus candidatos para servir as populações», é, também, uma força que vale pelo seu projecto distintivo, «assente no trabalho, na honestidade e na competência, como solução e força alternativa quer a PSD e CDS, quer a PS e BE».

«Temos dado provas de uma comprovada qualidade na intervenção e gestão das autarquias, com um incontestável percurso de trabalho», afirmou o dirigente comunista em relação às autarquias cuja gestão está confiada à CDU e onde os seus eleitos assumem maiores responsabilidades, mas também àquelas onde, mesmo em minoria, a CDU afirma-se como uma voz indispensável na defesa dos interesses das populações, uma presença necessária para dar corpo a causas e aspirações locais e uma voz exigente e construtiva na garantia de uma gestão transparente e eficaz.

Para além de assumir novas exigências para continuar a corresponder à alargada confiança que centenas de milhar de portugueses depositam na CDU, é essa contribuição indispensável que a CDU se propõe prosseguir no próximo mandato.

Alternativa real para o futuro

Antes de Jerónimo de Sousa, já Guilherme Marques, da Juventude CDU, tinha dirigido algumas palavras aos presentes. «Nós, os jovens, futuros homens e mulheres destas terras, não nos calamos: resistimos e mostramos que se alguns nos querem limitar, somos muitos mais para impedir que isso aconteça», afirmou, acrescentando que essa resistência passa pelo «voto consciente, um voto que garanta uma defesa incondicional dos direitos da juventude e das populações» e que «esse voto só pode ser na CDU».

Para Guilherme Marques são já «muitos os jovens conscientes e informados sobre o papel, trabalho e luta da CDU» e que por isso, vêem nela «um futuro melhor» e uma «real alternativa para o futuro».

«Estamos em Alpiarça, terra de valores e de luta em prol do 25 de Abril, graças aos numerosos resistentes, cuja coragem nunca é demais valorizar», afirmou João Luiz Madeira Lopes, vice-presidente da ID, que também interveio no comício.

«A ID, associação cívica e política, herdeira do espírito unitário democrático cimentado durante a ditadura, não podia deixar de estar sempre no apoio empenhado à CDU, numa união de esforços», acrescentou ainda.

Terra de trabalho e de luta

José Luís Ferreira, membro da Comissão Executiva Nacional do PEV e deputado na AR, lembrou lembrou à população de Alpiarça – que com Coruche, representaram «os dois grandes bastiões de resistência e luta contra o regime fascista no Ribatejo» – a necessidade de autarcas que estejam ao lado da população do distrito de Santarém.

«A poluição dos recursos hídricos e os passivos ambientais são um problema transversal a todo o distrito», afirmou também. «O Rio Nabão em Tomar, que continua com problemas associados às descargas, nomeadamente da ETAR de Seiça», os problemas do «Rio Tejo e da Ribeira da Boa Água em Torres Novas» ou do «Rio Alviela em Alcanena, associado aos curtumes e à falta de investimento e fiscalização».

Candidatos para responder aos

problemas do distrito

«Daqui afirmamos que, tal como os candidatos da CDU não estarão sozinhos na batalha que iremos travar, também os trabalhadores e as populações estarão melhor representados quanto mais força derem à CDU nas próximas eleições», afirmou Diogo d’Ávila, membro do Comité Central do PCP, que também esteve presente no comício.

Na sua intervenção, o dirigente anunciou os primeiros candidatos da CDU às Câmaras e Assembleias Municipais do distrito de Santarém.

São eles: João Damas e Luís Lourenço (Abrantes); Ivo Santos e Carla Pereira (Alcanena); Beatriz Apolinário e Sónia Colaço (Almeirim); João Arraiolos e Mário Pereira (Alpiarça); Carlos Coutinho e Mário Santos (Benavente); Orlando Casqueiro e José Barreto (Cartaxo); Manuela Arsénio e Júlia Amorim (Constância); Carlos Peseiro e Armando Rodrigues (Coruche); Gisela Matias e São Gaudêncio (Chamusca); Telma Jorge e Bruno Melo (Entroncamento); António Matos e Vítor Mendes (Ferreira do Zêzere); Marco Jacinto e Sérgio Ribeiro (Ourém); Augusto Figueiredo e Luís Bento (Rio Maior); João Pedro Caniço e Francisco Monteiro (Salvaterra); André Gomes e Rita Correia (Santarém); Fernanda Branco e Júlio Santos (Sardoal); Nuno Guedelha e Cristina Tomé (Torres Novas); Paulo Macedo e Bruno Graça (Tomar); João Filipe e Paula Duarte (Vila Nova da Barquinha).