Partido Comunista da China comemora 100 anos
Há precisamente 100 anos, a 1 de Julho de 1921, foi criado em Xangai o Partido Comunista da China, que desde 1949 se encontra ao leme do mais populoso país do mundo, sendo protagonista dos imensos avanços alcançados pelo povo chinês.
O PCC celebra 100 anos a olhar para os desafios do presente
O conhecimento e valorização da história do Partido Comunista da China (PCC) é um dos objectivos anunciados das comemorações do centenário que estão a ter lugar neste país asiático, sendo considerado um elemento «oportuno e necessário para revisitar o seu passado glorioso, mas também para reunir forças para avançar no movimento de modernização do país, enfrentando riscos e desafios».
Para os comunistas chineses, o partido – que tem hoje mais de 91 milhões de membros – «resistiu ao teste do tempo, revertendo o destino da China do declínio contínuo desde a Guerra do Ópio na década de 1840 a um progresso constante rumo à prosperidade, como a segunda maior economia do mundo». Porém, sublinham, revisitar a história do PCC não visa alimentar qualquer sentimento de auto-satisfação, mas antes «aprender as leis da história, melhorar a capacidade de liderança e enfrentar os desafios internos e externos».
Em várias ocasiões, o Secretário-Geral do PCC e presidente da República Popular da China, Xi Jinping, tem vindo a sublinhar que a história secular dos comunistas chineses «traz energias positivas para os membros do partido», salientando a necessidade de transmitir às gerações futuras «todas as grandes tradições forjadas com o sangue dos nossos antecessores».
As comemorações do centenário, com expressão em múltiplas vertentes, têm lugar no momento em que o PCC garante estar concluída a construção de uma «sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos» – meta definida para este ano, o ano do centenário do PCC – e avança para a seguinte, a construção de um «país socialista moderno».
Comemorações por toda a China
Esta semana está a ser marcada por diversas iniciativas comemorativas do centenário do PCC, que terão o seu ponto alto no desfile de hoje, quinta-feira, na Praça da Paz Celestial (Tian an Men). A abertura decorreu no Estádio Olímpico de Pequim, conhecido por Ninho de Pássaro, numa cerimónia presidida por Xi Jinping.
Para além da inauguração de museus sobre a história do PCC, entre múltiplas iniciativas de carácter institucional, artístico e popular que têm lugar por toda a China, anteontem, 29 de Junho, o PCC condecorou em Pequim, com a medalha 1 de Julho (a sua mais alta distinção), 29 membros do partido, que personificam a «integridade e dedicação dos comunistas chineses e representam as tradições do partido de trabalho duro e vida humilde, assim como a colocação dos interesses públicos acima dos seus próprios».
PCP saúda PCC
Por ocasião do 100.º aniversário da fundação do Partido Comunista da China, Jerónimo de Sousa enviou uma carta a Xi Jinping, Secretário-Geral do PCC e Presidente da República Popular da China, onde felicita os comunistas e o povo chinês por este histórico evento.
Na sua mensagem, o Secretário-geral do PCP recorda a «corajosa luta conduzida pelo PCC que, desde a sua fundação pela classe operária de Xangai em 1 de Julho de 1921 e travando duríssimos combates, conduziu o povo chinês à vitória sobre a reacção feudal e o capitalismo burocrático, libertou o país da criminosa ocupação japonesa e pôs fim a muitas décadas de domínio imperialista e de humilhação nacional».
A vitória da revolução, em 1949, constituiu um «acontecimento da maior importância internacional e representou uma valiosa contribuição para a luta emancipadora dos trabalhadores e dos povos e para a causa da paz e da amizade entre os povos de todo o mundo», considera o Secretário-geral do PCP, acrescentando que, num processo complexo e acidentado, ela mostra a superioridade do socialismo, ao alcançar impressionantes realizações económicas, sociais e culturais. Valorizando os êxitos já alcançados, o PCP formula votos para que, vencendo reconhecidos desequilíbrios e contradições, o PCC alcance as audaciosas metas que se propõe no caminho da construção da sociedade socialista.
Salientando a complexidade e os perigos da actual situação internacional, em que, nomeadamente, avulta a política de hostilidade, ingerência e confrontação conduzida pelos EUA, com o apoio de outras grandes potências, contra a China, o PCP valoriza o papel deste país «em defesa da Carta da ONU, do Direito Internacional e da paz, face aos propósitos de hegemonia mundial do imperialismo».
Desejando os melhores votos à acção do PCC em prol da prosperidade do seu povo, o PCP afirma a sua vontade de fortalecer as relações de amizade e solidariedade entre os dois Partidos, no interesse da amizade e cooperação entre o povo português e o povo chinês e entre Portugal e a China, assim como do fortalecimento do movimento comunista e revolucionário internacional, do avanço da causa da paz e do progresso social no mundo.