Ciclicamente e de forma recorrente, nomeadamente em períodos decisivos para a vida dos povos, o anticomunismo irrompe descaradamente como arma de recurso para evitar caminhos e soluções que toquem com os interesses do grande capital. Em Portugal – como mais uma vez recentemente sucedeu – ou lá onde os povos resistem e lutam contra a exploração e a opressão, construindo alternativas de progresso e justiça social, como acontece em numerosos países da América Latina.
No ano em que a crise do capitalismo e a alternativa do socialismo é o tema central, o Espaço Internacional da Festa do Avante! regista uma das mais elevadas participações dos últimos anos – 26 stands, bares e restaurantes, num total de 40 delegações presentes na Festa.
Jerónimo de Sousa visitou, sexta-feira, a Ria de Aveiro, para se inteirar dos problemas da pesca artesanal, nomeadamente dos mariscadores, que, nos meses em que a apanha de bivalves ficou interdita, contraíram dívidas de milhares de euros à Segurança Social. Durante a iniciativa, o Secretário-geral do PCP constatou ainda o abandono a que o PS e o PSD – seja na Assembleia da República, seja nas autarquias locais – têm «premiado» a Ria de Aveiro, uma das principais riquezas e referências do distrito, bem como todos os que dela vivem e dependem.
Miguel Viegas, candidato à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Aveiro, alertou para a «crise» que atinge o distrito e reafirmou a necessidade de, no próximo dia 27 de Setembro, se eleger um deputado da CDU, que fará toda a diferença.
Num almoço convívio da CDU em Sines, no domingo, que reuniu centenas de apoiantes, Jerónimo de Sousa destacou que a obra feita no concelho ao longo de mais de 30 anos deve-se a centenas de eleitos da CDU e ao seu projecto autárquico.
O desemprego atingiu o seu maior número desde o 25 de Abril, denunciou o PCP, comentando os indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística relativos ao segundo trimestre do ano.
Publicamente e por via de um comunicado, a Comissão de Trabalhadores da Sociedade Portuguesa de Handling, do Grupo TAP acusou o administrador de ter proferido um rol de mentiras na entrevista televisiva que deu da semana passada.
O Governo aprovou primeiro o Regime Remuneratório das Forças Militares e só depois o enviou às associações militares para o negociar, à semelhança do que tem feito com outros diplomas. A ANS exigiu, dia 13, em Belém, a intervenção do Presidente da República.
Miguel Viegas e Lúcia Gomes, respectivamente primeiro e segundo candidato da CDU às próximas Eleições Legislativas, estiveram, sexta-feira, de manhã, à porta da Rohde, numa acção de solidariedade e apelo à luta contra a possibilidade de encerramento desta importante empresa.
Após um encontro do governo turco o líder do partido curdo (DIP), o dirigente histórico, Abdullah Ocalan, anunciou da prisão, onde está encerrado desde 1999, uma proposta para «uma paz durável».
Mais de três mil islandeses manifestaram-se, dia 13, frente ao parlamento nacional, o Althingi, recusando-se pagar as dívidas contraídas pela banca privada.
Após cinco meses de «negociações», os governos de Bogotá e Washington selaram o acordo que permite ao Pentágono instalar sete bases aéreas e marítimas em território colombiano. O reforço militar é uma ameaça aos países e povos da região.
Um tribunal do Estado do Arizona condenou, a semana passada, um voluntário de uma organização humanitária que deixava garrafas de água para os imigrantes que atravessam o deserto em busca do sonho americano.
Na edição do Avante! de 13 de Agosto analisámos, genericamente, a estrutura de rendimentos dos portugueses na base das declarações, em sede de IRS, reportadas a 2007. Foi, então, referido que os rendimentos de 4 433 280 agregados familiares totalizaram 79 671 milhões de euros. Isto significa, estatisticamente, que a cada agregado familiar correspondeu um valor anual de 17 970 euros. Se dividirmos esse valor pelo número médio de pessoas, por família (de acordo com o último Censo) e por 12 mensalidades, chegaremos à conclusão de que o rendimento per capita anda à volta dos 527 euros.
Venho de um tempo – sem rebarbativos saudosismos nem penumbrosos remorsos – em que a literatura era uma tarefa cívica, um acto de responsabilidade, e se fazia por impulsos ditados pelos imperativos de um quotidiano agreste e cinzento. Dizia-se, então, que estávamos a tentar salvar o mundo. Ressalvando a pretensão, o certo é que os nossos textinhos, se não salvaram o mundo (e, pelo jeito que ele hoje se apresenta, nem sequer o beliscámos e o tornámos mais habitável) serviram para deixar algum lastro geracional, testemunho de um tempo e alguma argamassa para quem, num futuro quimérico, se tiver paciência e talento, estude e reflicta sobre este tempo amargo que nos coube viver e dele tire ensinamentos para que se não repitam as atrocidades, os atropelos, as infâmias que sofremos e de que fomos testemunhas.
Voltamos nesta edição ao programa eleitoral do Partido para as eleições legislativas de 27 de Setembro, o «Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda». Damos destaque aos «nove eixos centrais para uma política alternativa de esquerda».