FMI lança romenos na indigência

Centenas de polícias manifestaram-se, dia 11, frente ao Ministério do Interior da Roménia, contra as restrições orçamentais impostas pelo governo. Segundo relatou o jornal Le Monde (14.08), «a revolta dos polícias está à altura da crise que atinge todos os serviços públicos romenos».
O colapso que ameaça a generalidade dos sectores da administração pública do país é a consequência mais visível dos compromissos assumidos pelo governo dos liberais-democratas e dos socialistas perante o Fundo Internacional Monetário (FMI). A despesa pública será reduzida em mil milhões de euros até ao final do ano e em mais três mil milhões de euros em 2010.
Para tanto, o executivo de Bucareste já anunciou a redução de 150 mil funcionários públicos num universo de 1,4 milhões, e impôs a todos os trabalhadores do Estado dez dias de férias sem remuneração, a tirar obrigatoriamente entre os meses de Setembro e Novembro.
Segundo as contas feitas pelo ministro das Finanças, Gheorghe Pogea, esta última medida permitirá poupar 360 milhões de euros, ou seja, o equivalente a uma redução do défice de três por cento do PIB.
Com os cofres do Estado vazios, as autoridades tiveram de pedir autorização ao FMI para canalizar parte do empréstimo de 20 mil milhões de euros para o pagamento de salários.
Nos hospitais, a situação é de caos devido à penúria de medicamentos que impede os médicos de prestar os cuidados necessários. Os fundos para o tratamento de doenças crónicas como o cancro, SIDA ou diabetes estão esgotados. As prescrições médicas deixaram de ser comparticipadas.
Depois de ter registado uma taxa de crescimento económico de oito por cento em 2008, a economia romena afundou-se subitamente. Para este ano prevê-se um recuo de 8,5 por cento do PIB.


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