A comunicação social dominante alimentou-se e alimentou os seus leitores, durante o último mês e meio, das férias dos políticos, dos gestores, do jet-set português e foi especulando – pelo que difundiu e pelo que omitiu – sobre as actividades dos diferentes partidos e respectivas rentrées.
O Espaço Internacional da Festa do Avante! vai dar destaque, este ano, à «Perigosa e explosiva situação no Médio Oriente» e ao «50.º aniversário da Revolução Socialista Cubana». Ali, o visitante poderá acompanhar como os trabalhadores e os povos, com os partidos comunistas e progressistas, dão resposta à ofensiva do imperialismo e desbravam os caminhos da alternativa socialista. Em entrevista ao órgão central do PCP, Ângelo Alves falou das guerras que abalam o mundo e do aumento da luta progressista e revolucionária dos povos.
Percorrer os espaços das Organizações Regionais do PCP na Festa do Avante! é ficar a par da cultura, das tradições e modos de vida, do artesanato, dos vinhos e da gastronomia locais, em destaque nos bares, restaurantes, bancas e stands presentes.
Mas é, com redobrada pertinência, uma oportunidade para tomar contacto com a intensa e quotidiana actividade do Partido em torno dos interesses do povo e do País.
Jerónimo de Sousa, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Alcochete, de dirigentes locais do Partido e de inúmeros populares visitou, na passada terça-feira, a zona industrial do Passil e a zona ribeirinha Samouco-Alcochete.
O PCP vai lançar durante a Festa do Avante!, a 5, 6 e 7 de Setembro, uma Campanha Nacional, que se prolongará até ao final de Outubro, contra as alterações ao código do trabalho, a precariedade e pelo aumento dos salários.
A Direcção-Geral de Viação funcionava mal mas os organismos criados para a substituir nem sequer funcionam. O Sindicato da Função Pública acusa o Governo de criar condições para a privatização.
Do comportamento do Governo, na primeira reunião negocial, marcada para ontem, depende a radicalização da luta, alertaram os sindicatos de enfermeiros.
A CGTP-IN e o PCP apontam à acção dos sucessivos governos, incluindo o actual, a responsabilidade principal pela situação retratada no estudo da Eurofound, que coloca Portugal no topo da UE quanto à discriminação salarial das mulheres.
Portugal é segundo país europeu com maior diferença salarial entre sexos, com os homens a ganharem 25,4 por cento mais que as mulheres, contra uma média europeia de 15,9 por cento.
O governo Boliviano decretou, domingo, sanções contra os titulares e funcionários de órgãos de poder local que participem ou promovam bloqueios de estradas e assaltos a instalações petrolíferas e de gás natural. A medida insere-se no combate à sabotagem anunciada pela oposição.
Findava o século passado quando foi lançada a primeira pedra de um novo partido. Os seus fundadores, cientes da muita originalidade da iniciativa, baptizaram o «movimento», não propriamente como um partido na tradição portuguesa, com o nome de «Bloco de Esquerda». No Manifesto de 1999, o lema foi «Começar de Novo», começar um «novo movimento capaz de se constituir como alternativa na política nacional e de se apresentar aos portugueses nas eleições», desse último ano do milénio que expirava.
Que coisa é o «Bloco»? Que marcas transporta da sua pré-história gerada pelos velhos, e agora extintos, pequenos partidos da extrema-esquerda, como o Partido Socialista Revolucionário (PSR), a União Democrática Popular (UDP), e de grupos como a Política XXI? Que boa nova trouxe para a «esquerda» em Portugal? Como tipificar o seu discurso? Como caracterizar a sua actuação política? Que esperar da sua marcha aparente em quarto crescente?