As eleições do próximo domingo decorrem numa altura em que dois milhões de portugueses vivem na pobreza e mais de duzentos mil passam fome, enquanto, ao mesmo tempo, o grande capital acumula lucros e riqueza.
A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para o próximo domingo, dia 13 de Junho, os quatro primeiros candidatos da lista da CDU avançam razões pelas quais o voto na CDU é o único que vale a pena.
Tal como por todo o País, também em Setúbal, por onde andou no sábado Ilda Figueiredo, os apoios são conquistados um a um, ouvindo os problemas e apontando caminhos.
O secretário-geral do PCP desafiou o primeiro-ministro a romper o silêncio sobre o aumento do défice económico da Madeira e a esclarecer se o pacto de estabilidade se aplica naquela região.
Até ao último minuto da campanha, prossegue o intenso trabalho dos candidatos e activistas da CDU para fazer chegar aos trabalhadores e às populações as denúncias e as críticas das políticas seguidas e afirmar as propostas da CDU para um novo caminho para Portugal e para a Europa. A campanha termina na sexta-feira à noite, com um comício em Lisboa, na Praça da Figueira em que participam Carlos Carvalhas e os primeiros candidatos da lista da CDU.
Apesar da enorme actividade que a campanha eleitoral coloca às organizações do PCP, os comunistas não descuram os problemas que afectam as suas regiões.
O Governo diz que quer um acordo «para a competitividade e o emprego», mas ignora os parceiros sociais e avança com medidas unilaterais que, em regra, prejudicam os trabalhadores.
Enquanto abre ao capital privado as portas da OGMA, o ministro da Defesa deixa sem actualização salarial os trabalhadores civis dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas.
O Porto é o distrito com piores taxas de abandono escolar da União Europeia, uma situação analisada por uma delegação da Juventude CDU que reuniu com a Interjovem, na semana passada.
O PCP advoga a adopção de medidas em defesa do Software livre. Só assim, entendem os comunistas, é possível defender a universalidade do direito de acesso à informação.
«Trapalhada. Incompetência. Desorientação. Autismo. Ausência de respeito pelas famílias, pelos jovens e professores». Assim definiu o PCP, de uma assentada, a posição do Ministério da Educação face ao ensino secundário.
O PCP acusa o Governo de ser o responsável «político e moral» de um novo julgamento pela prática de aborto clandestino, por ter rejeitado na Assembleia da República a sua despenalização.
A CDU do Cadaval realizou um encontro para debater o trabalho nas autarquias, analisou a situação política do concelho e prometeu lutar por uma alternativa às maiorias actuais.
Muitos milhares de italianos protestaram contra a visita, na sexta-feira, 4, do presidente americano, George W. Bush. No dia seguinte, em França, as manifestações anti-guerra repetiram-se.
Em Maio, as forças israelitas mataram 137 palestinianos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, denuncia o Conselho Palestiniano para a Paz e a Justiça (PCPJ).
Aquelas imagens emocionaram-me. A RTP 2 transmitia um documentário sobre o 25 de abril (1). Foi inesperado. Cineastas estrangeiros famosos falavam do choque recebido há 30 anos quando desembarcaram em Portugal onde a luta de classes estava nas ruas numa revolução que os deslumbrou. Chegavam da França, do Brasil, da Suécia, da Alemanha, dos EUA, da União Soviética. Aquilo que viam e sentiam tinha toques de situação extra terrestre. Os cravos na boca dos fuzis, o povo a confraternizar nas cidades e nos campos com um exército que semanas antes estava ainda atolado na guerra colonial. O vendaval revolucionário soprava num país no qual o povo voltava a ser sujeito da história após quase meio século de ditadura fascista.
Aquilo existiu. Aquele Portugal foi real.
Quem gosta muito de Lisboa sabe, nomeadamente desde a década de 1960/70, que os filhos dos seus habitantes, das camadas mais populares e até médias, têm abandonado a cidade. É uma dor de alma vê-los partir, para habitarem na periferia, na área metropolitana, onde alguns concelhos que eram desorganizados e inóspitos se vêm afirmando e elevando a sua qualidade de vida, num quotidiano interessante que, em muitos aspectos, já ultrapassa Lisboa, em participação, juventude e criatividade.
Para a União de Resistentes Antifascistas Portugueses, URAP, é fundamental contar às gerações mais jovens o que foi o fascismo e o 25 de Abril em Portugal. Para que não sejam esquecidos e para que os ideais da Revolução permaneçam e se desenvolvam. Foi com este objectivo que o núcleo de Setúbal, um dos mais activos, promoveu este ano dezenas de debates em escolas básicas e secundárias. A experiência foi positiva e é para repetir.