Por que será?
O ataque sistemático à CDU – através da desvalorização, da deturpação, da descriminação e da manipulação da sua campanha eleitoral; e o apoio total e entusiástico ao BE – através da super valorização, do super elogio, do super encómio à sua campanha eleitoral: eis a linha dominante, a preocupação maior e prioritária, da intervenção dos média na campanha eleitoral. Há excepções a esta prática de desinformação organizada? É possível mas, mesmo que as haja, elas não alteram minimamente o traço marcante acima referido.
Em relação às outras forças concorrentes, a comunicação social dominante divide-se num pluralismo comovente: uns quantos órgãos puxam para a coligação PSD/CDS-PP, outros preferem o PS – sendo certo que as razões destas opções têm tudo a ver com os interesses dos grupos económicos que são donos de cada um dos órgãos de comunicação social em causa.
Tudo isto é normal, natural, inevitável e se aqui se chama a atenção para o facto não é com a ilusão de vir a alterar o que quer que seja a esta realidade – mas tão somente para, entre outras coisas, lembrar, mais uma vez, que a quase total concentração dos média na posse do grande capital (anticonstitucional, como há-de saber quem tem por missão zelar pelo cumprimento da Lei Fundamental do País) conduz à liquidação do direito a ser informado – direito humano fundamental, sublinhe-se.
O carinho maternal prodigalizado pelos média (todos!) ao BE, em contraste com o ataque sistemático dos mesmos média (todos!) ao PCP, não acontece apenas em período eleitoral: trata-se de uma prática diária e constitui preocupação maior e permanente das têvês, rádios e jornais nacionais. Há-de haver razões para tal prática e essas razões não hão-de andar longe da tal questão da propriedade dos órgãos de comunicação social. Ou seja: se os média são propriedade dos grandes grupos económicos e existem para defender os interesses dos seus patrões; e se o PCP é o partido que combate o grande capital e luta pela defesa dos interesses dos trabalhadores – é natural que o PCP seja o alvo preferencial dos ataques da comunicação social do grande capital. Quanto ao BE, que se apresenta, e é apresentado pelos média, como «o mais à esquerda» e «o mais radical» – e que, por isso, deveria constituir alvo preferencialíssimo dos ataques dos média do grande capital – é tratado pelos média (todos!) com carinhos maternais. Por que será?
Em relação às outras forças concorrentes, a comunicação social dominante divide-se num pluralismo comovente: uns quantos órgãos puxam para a coligação PSD/CDS-PP, outros preferem o PS – sendo certo que as razões destas opções têm tudo a ver com os interesses dos grupos económicos que são donos de cada um dos órgãos de comunicação social em causa.
Tudo isto é normal, natural, inevitável e se aqui se chama a atenção para o facto não é com a ilusão de vir a alterar o que quer que seja a esta realidade – mas tão somente para, entre outras coisas, lembrar, mais uma vez, que a quase total concentração dos média na posse do grande capital (anticonstitucional, como há-de saber quem tem por missão zelar pelo cumprimento da Lei Fundamental do País) conduz à liquidação do direito a ser informado – direito humano fundamental, sublinhe-se.
O carinho maternal prodigalizado pelos média (todos!) ao BE, em contraste com o ataque sistemático dos mesmos média (todos!) ao PCP, não acontece apenas em período eleitoral: trata-se de uma prática diária e constitui preocupação maior e permanente das têvês, rádios e jornais nacionais. Há-de haver razões para tal prática e essas razões não hão-de andar longe da tal questão da propriedade dos órgãos de comunicação social. Ou seja: se os média são propriedade dos grandes grupos económicos e existem para defender os interesses dos seus patrões; e se o PCP é o partido que combate o grande capital e luta pela defesa dos interesses dos trabalhadores – é natural que o PCP seja o alvo preferencial dos ataques da comunicação social do grande capital. Quanto ao BE, que se apresenta, e é apresentado pelos média, como «o mais à esquerda» e «o mais radical» – e que, por isso, deveria constituir alvo preferencialíssimo dos ataques dos média do grande capital – é tratado pelos média (todos!) com carinhos maternais. Por que será?