O voto do protesto, da proposta e da mudança
Até ao último minuto da campanha, prossegue o intenso trabalho dos candidatos e activistas da CDU para fazer chegar aos trabalhadores e às populações as denúncias e as críticas das políticas seguidas e afirmar as propostas da CDU para um novo caminho para Portugal e para a Europa. A campanha termina na sexta-feira à noite, com um comício em Lisboa, na Praça da Figueira em que participam Carlos Carvalhas e os primeiros candidatos da lista da CDU.
Os problemas concretos dos portugueses são problemas europeus, afirma a CDU
O contacto directo com os trabalhadores e as populações, abordagem dos problemas concretos que afectam milhões de portugueses, continua a ser a marca da campanha da CDU por todo o País. No fim-de-semana, a cabeça de lista Ilda Figueiredo andou pelos distritos de Setúbal e Évora, e contactou, uma a uma, com muitas centenas de pessoas, de quem ouviu queixas e protestos e muitas palavras de incentivo.
Sábado foi um dia longo, que culminou no Seixal com um grande comício no Pavilhão dos Bombeiros locais. Para trás ficavam iniciativas na Baixa da Banheira, Montijo, Alcochete, Almada e Setúbal. No Seixal, Ilda Figueiredo traçou um retrato daquilo que encontrou, como em todo o País, nas voltas pela região: uma grande revolta e protesto contra as políticas em curso, e suas consequências no dia a dia de muitos milhares de pessoas. Ilda Figueiredo lembrou também o problema das deslocalizações, cujo fantasma paira agora, novamente, sobre os trabalhadores de algumas empresas do distrito, nomeadamente os da multinacional italiana Merloni, sediada em Setúbal.
«Todos estes problemas, que têm sido objecto da nossa intervenção e do nosso protesto, foram igualmente objecto de propostas apresentadas no Parlamento Europeu», lembrou Ilda Figueiredo. Propostas essas aprovadas apenas pelos comunistas, como aconteceu no projecto de garantir às organizações representativas dos trabalhadores o direito de veto suspensivo em caso de deslocalização.
Referindo-se à situação da saúde, Ilda Figueiredo considerou que estes problemas derivam também de políticas europeias. Até porque, afirmou, o Governo diz que a «falta de dinheiro se deve à necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade». Mas, recordou, quando os deputados comunistas propuseram a suspensão do Pacto e a sua substituição por outro, que desse primazia ao progresso e ao emprego, todos os outros deputados se opuseram e a proposta foi rejeitada. «Então é preciso dizer que também lá é preciso ter deputados que lutem por outras políticas, que têm depois, aqui, reflexo directo na vida de cada um: nas pensões e reformas, nos salários ou no emprego», destacou a deputada comunista.
Para Ilda Figueiredo, este Governo «esta a ir longe de mais, está a tornar pior o que já é mau». Por isso, destacou, merece que lhe seja mostrado o tal «cartão vermelho».
Uma força com uma só voz
Respondendo ao desafio lançado pelo Primeiro-Ministro em Viseu, que perguntou se as outras candidaturas também farão oposição ao Governo no Parlamento Europeu, Carlos Carvalhas foi claro: «Sim, sr. Durão Barroso, lá como cá, vamos fazer oposição às políticas neoliberais que criam o desemprego, as desigualdades e a pobreza.»
O secretário-geral do PCP prosseguiu afirmando que «lá como cá, vamos combater esta “Constituição” Europeia que pretende criar um directório de grandes potências». Porque, lembrou o dirigente do PCP, «somos a favor de uma Europa de estados iguais, independentes e soberanos». Carvalhas lembrou ainda que «lá como cá», os deputados eleitos pela CDU farão sempre uma oposição intransigente à «submissão de Portugal aos ditames da União Europeia, sobretudo quando esta se traduz em políticas injustas».
Carlos Carvalhas referiu ainda que se diz «lá como cá» é porque, «não somos como aqueles que cá têm uma voz que depois lá, no Parlamento Europeu, votam contra os interesses nacionais». «Nós temos uma só voz, uma só cara», reafirmou.
Vigília dia 15, em Setúbal
Solidariedade com mulheres
Durante todo o dia, a candidata da CDU, Ilda Figueiredo, denunciou as concepções retrógradas do Governo relativamente às mulheres e ao seu papel na sociedade. Num momento em que mais três mulheres enfrentam a humilhação de um julgamento por prática de aborto clandestino, no Tribunal de Setúbal, a deputada comunista lembrou que foram os dois eleitos do PCP que desenvolveram a solidariedade internacional com as outras mulheres sujeitas a situações idênticas, na Maia e em Aveiro.
Ponto alto dessa solidariedade, lembra Ilda Figueiredo, foi a aprovação de uma resolução no Parlamento Europeu apelando ao Governo português e à Assembleia da República para que acabassem com a criminalização do aborto e que assegurem as condições necessárias à prática do aborto a todas as mulheres, independentemente das suas condições socio-económicas. Mas esta resolução o Governo – tão solícito a cumprir outras – não seguiu. Para o dia 15, está já marcada uma vigília de solidariedade com as três mulheres, junto ao Tribunal de Setúbal. «Pela minha parte, estarei lá», assegurou Ilda Figueiredo.
Também as declarações do Presidente do Conselho Directivo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, secundadas depois pelo Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, acerca da pretensa menor apetência das mulheres para certas especialidades da medicina, mereceram também de Ilda Figueiredo uma forte crítica. Para a eurodeputada, estas afirmações revelam a ideologia retrógrada deste Governo. «E o voto na CDU é também um voto de protesto e a melhor garantia que o nosso protesto é ouvido», garantiu Ilda Figueiredo.
Sábado foi um dia longo, que culminou no Seixal com um grande comício no Pavilhão dos Bombeiros locais. Para trás ficavam iniciativas na Baixa da Banheira, Montijo, Alcochete, Almada e Setúbal. No Seixal, Ilda Figueiredo traçou um retrato daquilo que encontrou, como em todo o País, nas voltas pela região: uma grande revolta e protesto contra as políticas em curso, e suas consequências no dia a dia de muitos milhares de pessoas. Ilda Figueiredo lembrou também o problema das deslocalizações, cujo fantasma paira agora, novamente, sobre os trabalhadores de algumas empresas do distrito, nomeadamente os da multinacional italiana Merloni, sediada em Setúbal.
«Todos estes problemas, que têm sido objecto da nossa intervenção e do nosso protesto, foram igualmente objecto de propostas apresentadas no Parlamento Europeu», lembrou Ilda Figueiredo. Propostas essas aprovadas apenas pelos comunistas, como aconteceu no projecto de garantir às organizações representativas dos trabalhadores o direito de veto suspensivo em caso de deslocalização.
Referindo-se à situação da saúde, Ilda Figueiredo considerou que estes problemas derivam também de políticas europeias. Até porque, afirmou, o Governo diz que a «falta de dinheiro se deve à necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade». Mas, recordou, quando os deputados comunistas propuseram a suspensão do Pacto e a sua substituição por outro, que desse primazia ao progresso e ao emprego, todos os outros deputados se opuseram e a proposta foi rejeitada. «Então é preciso dizer que também lá é preciso ter deputados que lutem por outras políticas, que têm depois, aqui, reflexo directo na vida de cada um: nas pensões e reformas, nos salários ou no emprego», destacou a deputada comunista.
Para Ilda Figueiredo, este Governo «esta a ir longe de mais, está a tornar pior o que já é mau». Por isso, destacou, merece que lhe seja mostrado o tal «cartão vermelho».
Uma força com uma só voz
Respondendo ao desafio lançado pelo Primeiro-Ministro em Viseu, que perguntou se as outras candidaturas também farão oposição ao Governo no Parlamento Europeu, Carlos Carvalhas foi claro: «Sim, sr. Durão Barroso, lá como cá, vamos fazer oposição às políticas neoliberais que criam o desemprego, as desigualdades e a pobreza.»
O secretário-geral do PCP prosseguiu afirmando que «lá como cá, vamos combater esta “Constituição” Europeia que pretende criar um directório de grandes potências». Porque, lembrou o dirigente do PCP, «somos a favor de uma Europa de estados iguais, independentes e soberanos». Carvalhas lembrou ainda que «lá como cá», os deputados eleitos pela CDU farão sempre uma oposição intransigente à «submissão de Portugal aos ditames da União Europeia, sobretudo quando esta se traduz em políticas injustas».
Carlos Carvalhas referiu ainda que se diz «lá como cá» é porque, «não somos como aqueles que cá têm uma voz que depois lá, no Parlamento Europeu, votam contra os interesses nacionais». «Nós temos uma só voz, uma só cara», reafirmou.
Vigília dia 15, em Setúbal
Solidariedade com mulheres
Durante todo o dia, a candidata da CDU, Ilda Figueiredo, denunciou as concepções retrógradas do Governo relativamente às mulheres e ao seu papel na sociedade. Num momento em que mais três mulheres enfrentam a humilhação de um julgamento por prática de aborto clandestino, no Tribunal de Setúbal, a deputada comunista lembrou que foram os dois eleitos do PCP que desenvolveram a solidariedade internacional com as outras mulheres sujeitas a situações idênticas, na Maia e em Aveiro.
Ponto alto dessa solidariedade, lembra Ilda Figueiredo, foi a aprovação de uma resolução no Parlamento Europeu apelando ao Governo português e à Assembleia da República para que acabassem com a criminalização do aborto e que assegurem as condições necessárias à prática do aborto a todas as mulheres, independentemente das suas condições socio-económicas. Mas esta resolução o Governo – tão solícito a cumprir outras – não seguiu. Para o dia 15, está já marcada uma vigília de solidariedade com as três mulheres, junto ao Tribunal de Setúbal. «Pela minha parte, estarei lá», assegurou Ilda Figueiredo.
Também as declarações do Presidente do Conselho Directivo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, secundadas depois pelo Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, acerca da pretensa menor apetência das mulheres para certas especialidades da medicina, mereceram também de Ilda Figueiredo uma forte crítica. Para a eurodeputada, estas afirmações revelam a ideologia retrógrada deste Governo. «E o voto na CDU é também um voto de protesto e a melhor garantia que o nosso protesto é ouvido», garantiu Ilda Figueiredo.