O desencanto e a esperança

Miguel Urbano Rodrigues
Aquelas imagens emocionaram-me. A RTP 2 transmitia um documentário sobre o 25 de abril (1). Foi inesperado. Cineastas estrangeiros famosos falavam do choque recebido há 30 anos quando desembarcaram em Portugal onde a luta de classes estava nas ruas numa revolução que os deslumbrou. Chegavam da França, do Brasil, da Suécia, da Alemanha, dos EUA, da União Soviética. Aquilo que viam e sentiam tinha toques de situação extra terrestre. Os cravos na boca dos fuzis, o povo a confraternizar nas cidades e nos campos com um exército que semanas antes estava ainda atolado na guerra colonial. O vendaval revolucionário soprava num país no qual o povo voltava a ser sujeito da história após quase meio século de ditadura fascista. Aquilo existiu. Aquele Portugal foi real.

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Pela inclusão social

Quem gosta muito de Lisboa sabe, nomeadamente desde a década de 1960/70, que os filhos dos seus habitantes, das camadas mais populares e até médias, têm abandonado a cidade. É uma dor de alma vê-los partir, para habitarem na periferia, na área metropolitana, onde alguns concelhos que eram desorganizados e inóspitos se vêm afirmando e elevando a sua qualidade de vida, num quotidiano interessante que, em muitos aspectos, já ultrapassa Lisboa, em participação, juventude e criatividade.

Não deixar que a História se apague

Para a União de Resistentes Antifascistas Portugueses, URAP, é fundamental contar às gerações mais jovens o que foi o fascismo e o 25 de Abril em Portugal. Para que não sejam esquecidos e para que os ideais da Revolução permaneçam e se desenvolvam. Foi com este objectivo que o núcleo de Setúbal, um dos mais activos, promoveu este ano dezenas de debates em escolas básicas e secundárias. A experiência foi positiva e é para repetir.