Compromisso com os agricultores
A CDU reuniu no dia 11 de Janeiro com a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra para ouvir as principais preocupações deste sector e em especial no distrito.
A produção está risco nos vales do Pranto e Arunca
A diversidade do distrito de Coimbra, da serra ao Baixo Mondego, faz variar os problemas dos agricultores, sendo o principal o aumento dos custos das sementes, dos combustíveis, da electricidade, dos adubos e de outros factores de produção que chegam, em alguns casos, a mais do dobro, o que torna insustentável as actividades.
«No Baixo Mondego continua por concretizar o emparcelamento agrícola na maioria dos vales (Pranto, Arunca, Ega e Anção/S.João do Campo) em cerca de quatro mil hectares, abrangendo cerca de dois mil agricultores», acentua a CDU em nota de imprensa, reforçando: «A excelência da produção da região, na qual se destaca o arroz carolino, está em risco nos vales do Pranto e Arunca com a falta do emparcelamento agrícola».
Seguros públicos
Tendo em conta as intempéries, assim como as questões de fitossanidade, que têm afectado o distrito nos últimos anos, a Coligação PCP-PEV considera necessária a criação de um sistema de seguros públicos que permita aos produtores «assegurar a continuidade da exploração agrícola». Outra «enorme preocupação» são os prejuízos causados por javalis e outros animais selvagens que têm assolado todo o território nacional – principalmente o distrito de Coimbra, com «elevadíssimos prejuízos para os agricultores nas culturas e infra-estruturas das explorações agrícolas».
Entre outras reivindicações, a CDU defende a conclusão da obra hidro-agrícola do Mondego; apoio à Agricultura Familiar, concretizando o seu Estatuto; a concretização de planos de intervenção urgentes, designadamente no âmbito fitossanitário e apícola; a defesa da propriedade dos pequenos e médios agricultores; uma reforma da PAC que garanta um maior equilíbrio na distribuição das ajudas entre países, produtores e produções, religue os apoios à produção, recupere os mecanismos de regulação do mercado, designadamente no leite e na vinha, e assegure o apoio preferencial aos pequenos e médios agricultores; a dinamização das economias locais e regionais, com apoio ao associativismo agrícola (armazenamento, transformação, mercados locais); a aposta nos circuitos curtos de comercialização, com a primazia no fornecimento às cantinas de entidades públicas; a recuperação, pelo Ministério da Agricultura, das suas estruturas técnicas (campos de ensaio, laboratórios, bancos genéticos) e serviços de extensão rural próximos dos agricultores.