Reforçar o PCP-PEV em Évora porque o distrito e o País precisam
No círculo eleitoral de Évora são eleitos três deputados, não o primeiro-ministro, e a CDU é a força que contou e que contará para responder às necessidades do distrito e do País, sublinhou João Oliveira, sábado, em Montemor-o-Novo e Vendas Novas.
É o voto na CDU que melhor serve os interesses das populações
A chamada de atenção foi feita na segunda acção de campanha no círculo eleitoral onde João Oliveira é cabeça-de-lista. Num comício que encheu, a meio da tarde, o anfiteatro do parque urbano de Vendas Novas, o candidato desmistificou a ideia de que nestas eleições se trata de escolher quem vai chefiar o Governo. Mais do que isso, considerou «imprescindível que as populações avaliem aquilo que nos últimos anos foi o trabalho daqueles que foram eleitos, e que, em função dessas provas dadas, façam também as suas opções».
«Pelo exemplo de trabalho, honestidade e competência, é o voto na CDU que melhor serve os interesses das populações», defendeu João Oliveira, para quem «esse reconhecimento do que fazemos tem de valer alguma coisa para que no dia 30 de Janeiro a opção seja o reforço da CDU».
Fortalecimento do PCP-PEV que significa apoio à política alternativa que não prescinde de «dar resposta às necessidades das populações, seja na saúde, com o reforço do SNS, na escola pública, na construção de uma rede pública de lares e creches, nas forças e serviços de segurança, na justiça e também na reposição das freguesias roubadas ao povo», continuou o deputado e membro da Comissão Política do PCP.
Não são alternativa
Quem não responde aos anseios populares são António Costa e Rui Rio, que em debate televisivo recente não dedicaram «sequer uma palavra» a «problemas importantes para os portugueses», acusou João Oliveira. «E dos problemas que discutiram, resulta a conclusão que já conhecíamos: o PSD não é alternativa ao PS porque os problemas que o PS não resolve o PSD também não quer resolver», precisou o primeiro candidato da CDU pelo círculo eleitoral de Évora, que aproveitou a oportunidade para assinalar, também, que no referido debate «o secretário-geral do PS afirmou que se tomar posse como primeiro-ministro de um novo governo insistirá na recusa das soluções que nos últimos meses foram discutidas por nossa iniciativa».
«O que aquela frase de António Costa significa é que o PS quer insistir em aumentos salariais de 0,9 por cento para a Administração Pública e na perda de poder de compra das pensões para a maior parte dos reformados; continua a recusar qualquer compromisso com o aumento geral dos salários, a alteração à legislação laboral, o reforço do SNS, o combate aos despejos e aos aumentos das rendas, o acesso a habitação pública ou a redução dos preços da energia», precisou João Oliveira.
Dito de outro modo, «o que está em causa é que a vontade do PS é mesmo continuar a recusar as soluções para o País», insistiu, antes de garantir que «os votos e a força que os portugueses derem à CDU servirão para lutar por essas soluções».
Antes de intervir João Oliveira, Rui Palminhas, igualmente candidato da CDU pelo círculo eleitoral eborense, deu dois exemplos de como a influência da CDU é decisiva, lembrando que foi graças às forças da coligação que os trabalhadores da pedreiras passaram a poder reformar-se antecipadamente e sem penalização.
No mesmo tom, o mandatário distrital da candidatura de comunistas e ecologistas, o médico Rui Dinis, acusou os partidos do bloco central de não terem «aproveitado 40 anos de democracia a favor da melhoria das condições de vida das pessoas, condenando-as a uma vida medíocre ou a emigrar», ao passo que o dirigente do PEV, Afonso Luz, alertou que «um PS com maioria ou aliado ao PSD pode conduzir o País a um novo ciclo de austeridade».
Soluções
De manhã, num encontro com a população frente ao Mercado Municipal de Montemor-o-Novo, João Oliveira já tinha realçado que «a questão que está agora colocada é a de saber se o PS alcança essa maioria absoluta que tanto ambiciona para fazer a política que quiser, de mãos livres e sem entraves, ou se, pelo contrário, é a CDU que sai com mais força para fazer avançar a política alternativa de que o País necessita».
Obcecado, o PS «tenta agora apropriar-se da autoria das medidas positivas que resultam da nossa intervenção», acusou ainda João Oliveira, pelo que é «imprescindível» mostrar que por trás de cada medida positiva adoptada pelo Governo esteve sempre a CDU.
Antes do primeiro candidato do PCP-PEV na região, também Tiago Aldeias, da comissão executiva de «Os Verdes», alertou para a «banha da cobra» que «em período de caça ao voto o PS anda a vender», referindo-se, no caso, a propostas que recentemente recusou integrar no Orçamento do Estado para forçar o seu chumbo.
A abrir a iniciativa, Graça Nascimento, professora e candidata da CDU no distrito de Évora considerou, por seu lado, que por terem assegurado conquistas como o início das obras do novo Hospital Central Público do Alentejo, os deputados do PCP-PEV são aqueles que verdadeiramente contam.
Contaram decisivamente na aprovação de avanços que melhoraram as condições de vida populares e contarão para «vencer as resistências e dificuldades que o PS continua a colocar às soluções necessárias», bem como para «impedir entendimentos do bloco central que, certamente, só conduziriam ao retrocesso e ao agravamento das condições de vida e de trabalho dos portugueses», disse João Oliveira a encerrar a sessão em Montemor-o-Novo.