Comício da CDU em Coimbra

Escola pública é pilar do progresso

Hugo Janeiro (texto) Ana Ambrósio (fotos)

Num comício centrado na defesa do ensino público, gratuito e de qualidade, as escadarias monumentais, em Coimbra, foram chão seguro da luta da CDU por aquele importante pilar de um País democrático, justo e desenvolvido.

A CDU faz justiça às tradições democráticas do povo de Coimbra

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Tal como em 2009, foi na escadaria de acesso à Universidade de Coimbra que a Coligação deu voz ao descontentamento. O local tem sido nas últimas décadas palco para as mais diversas formas de protesto. O comício da CDU fez justiça às melhores tradições democráticas do povo conimbricense, e nele sobressaíram os factos mais relevante dos tempos que nos são dados viver: após mais de três décadas de política de direita, Portugal está em declínio, os portugueses estão mais pobres e enfrentam um feroz ataque aos seus salários e direitos, aos serviços públicos e aos sistemas de protecção social conquistados com Abril, à soberania nacional.

O FMI é a sigla responsabilizada pelas medidas que, como sublinhou Jerónimo de Sousa, «vão fazer o nosso País regredir décadas». Tal não é por acaso.

PS, PSD e CDS, que «subscreveram o pacto nas costas do povo», com a «maior hipocrisia, tentam esconder o que assinaram. Tudo fazem para que os portugueses o esqueçam», e, por isso, envolvem-se em «tricas da troika», jurando «não estar dispostos a governar ora com um, ora com outro, ora um com o outro», mas na verdade, «unidos contra o povo».

«Nenhum põe em causa nada do que é essencial», acrescentou Jerónimo de Sousa, «nomeadamente o acordo com o FMI», prosseguindo a imposição de mais sacrifícios e mais exploração aos trabalhadores e às camadas laboriosas.

Austeridade, como lhe chamam, que se tem feito sentir contra a escola pública. E não é de hoje, aludiu Jerónimo de Sousa, pois apesar de PS, PSD e CDS se colocarem em bicos de pés dizendo-se defensores da escola pública, não só têm sido os seus coveiros promovendo a elitização do ensino, golpeando o seu carácter democrático e universal, lançando-se numa guerra contra os professores, como «assinaram um programa de governo para os próximos anos» que «transformará a escola pública numa antecâmara do capital».

«Às famílias confrontadas com uma factura cada vez mais pesada para manterem os filhos na escola, a opção é o voto na CDU, que defende o direito de todos ao ensino independentemente das condições económicas de cada um», disse.

Face à intensa campanha ideológica de condicionamento da livre escolha popular, «muitos cidadãos pensam que há que escolher entre o mal menor», lembrou ainda Jerónimo de Sousa para salientar que «não podem esquecer que um voto na CDU é um voto a menos no PS, no PSD e no CDS» e, simultaneamente, um voto que reforça a luta pela alternativa patriótica e de esquerda, única capaz de construir um Portugal de progresso e justiça social.

 

Vencer os «comedores de dinheiro»

 

Antes de Jerónimo de Sousa, o cabeça de lista da CDU pelo distrito de Coimbra, Manuel Pires da Rocha, fez uma radiografia do ataque cerrado ao Serviço Nacional de Saúde, particularmente grave nos últimos anos do Governo PS/Sócrates.

Neste período, consubstanciou, agravou-se a canalização de recursos financeiros para o sector privado ou para as entidades em parceria público-privada. São já 60 por cento do total do montante afecto à Saúde, disse sublinhando que quem ganha são os «comedores de dinheiro», apostados em aprofundar a exploração duma área altamente lucrativa.

Neste quadro, para Manuel Pires da Rocha o voto útil contra os interesses dos «comedores de dinheiro» é na CDU. «Voto útil para mudar de vida» que não aproveita PS, PSD ou CDS, partidos que o candidato apelidou de «porteiros da ingerência externa, desde Carlucci ao FMI».

 

Jantar com apoiantes na Mealhada

Campanha feita voto a voto

 

Antes de rumar a Coimbra, Jerónimo de Sousa jantou com mais de 150 apoiantes da CDU na Mealhada, deixando palavras de estímulo e confiança aos que no distrito de Aveiro lutam para que «o País não ande para trás». Os candidatos João Loureiro e Miguel Viegas tinham já insistido que é preciso «afiar a língua e apurar a paciência» para ir, todos os dias, ao esclarecimento.

 

Jerónimo de Sousa na arruada em Viseu

«Este distrito está a mudar»

 

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Em contacto directo com a população de Viseu, Jerónimo de Sousa recebeu palavras de incentivo e confiança. Um jovem questionou-o sobre as soluções para os problemas laborais que atingem as novas gerações: combate à precariedade, emprego com direitos, mais produção, respondeu. Mais adiante, disse um reformado: «Lute sempre e conte com o meu voto.» Este é um «distrito em mudança», concluiu o dirigente do PCP.

A forte chuva que caiu obrigou à interrupção da arruada e do comício com que culminaria a jornada.

 

Sobre o mural em Coimbra

 

«O empolamento dado a esta acção de propaganda só pode ser lido como uma campanha que se destina a atingir a intervenção política da CDU e o que ela comporta de proposta alternativa ao rumo de desastre que está a ser imposto ao País» – afirma a Comissão Coordenadora de Coimbra da CDU, num comunicado a propósito da inscrição mural pintada no domingo ao longo da escadaria que dá acesso à Universidade.

Esta foi uma iniciativa da Juventude CDU, «direccionada para os problemas dos estudantes do Ensino Superior», defendendo o fim das propinas e do Processo de Bolonha e exigindo mais bolsas de estudo. Por fim, na pintura apela-se a que a luta por estas reivindicações se traduza no voto na coligação PCP-PEV.

Na nota, começa-se por esclarecer que o local não está legalmente vedado ao exercício da liberdade de propaganda. «Acresce que quem conhece Coimbra sabe que aquele local – que nos anos 40 tomou o lugar da “escadaria do liceu” aquando da “reconstrução” da Alta de Coimbra – tem sido, desde os anos 60, utilizado por diversas forças políticas, organizações juvenis, associações de estudantes, como palco para pelas mais diversas formas – incluindo a pintura mural – expressar o descontentamento e o protesto, enfrentando tantas vezes a repressão» e «precisamente por esse facto se tornou emblema do contributo de resistência e de luta dado pelos estudantes para as lutas mais gerais em defesa da liberdade e da democracia, quer antes, quer depois do 25 de Abril».

Por fim, a CDU «reafirma, para lá deste episódio, o seu compromisso na luta por um ensino público, gratuito e de qualidade, pelo fim das propinas e no combate contra os cortes no financiamento do Ensino Superior, a degradação das condições de ensino e investigação, a falta de saídas profissionais para os milhares de estudantes que todos os anos terminam os seus cursos».



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