Conhecer para intervir
Ao mesmo tempo que intensifica a campanha eleitoral, integrado na coligação com o PEV, o PCP continua a manter encontros com diversas organizações ouvindo as suas razões e explicitando a política alternativa que propõe.
O PCP continuará a intervir politicamente nas mais variadas áreas
No dia 19, uma delegação do PCP composta por Rui Fernandes, da Comissão Política, José Neto, do CC, e o deputado João Oliveira recebeu na sua sede membros da direcção da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal e também do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Os encontros foram pedidos pelas duas organizações.
Para além de o encontro ter permitido actualizar as informações disponíveis sobre a situação que se vive nas duas associações, serviu também para partilhar um conjunto de preocupações sobre os problemas que afectam o funcionamento da Justiça. Nomeadamente em matérias centrais como a investigação criminal, a limitação dos meios e recursos disponíveis para o combate ao crime económico e financeiro, os direitos e a dignificação dos profissionais da Justiça, a autonomia do Ministério Público e a independência do poder judicial.
O PCP reafirmou a sua solidariedade para com a luta dos profissionais da Justiça e manifestou o seu acordo com as propostas avançadas por ambas as associações com vista a superar atrasos e dificuldades. Os comunistas afirmaram-se ainda disponíveis para analisar os problemas deste sector e tomar as iniciativas políticas necessárias, nomeadamente em sede parlamentar.
No dia seguinte, foi a vez da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações Profissionais das Forças e Serviços de Segurança se dirigirem à sede nacional do PCP para um encontro com uma delegação composta por Rui Fernandes, da Comissão Política, e José Neto, Francisco Pereira e António Filipe, todos do Comité Central. Os representantes associativos fizeram uma detalhada exposição acerca dos problemas específicos de cada sindicato e associação, bem como daqueles que são comuns ao conjunto do movimento associativo policial: quebra de investimento na segurança pública, insuficiência de efectivos policiais, escassez de meios, deficientes condições de serviço, problemas dos profissionais, estatutos e carreiras.
Foi ainda possível partilhar, no decorrer do encontro, um vasto leque de preocupações no que respeita à evolução da criminalidade e da insegurança das populações, devido ao agravamento da situação económica e social e à ausência de um verdadeiro policiamento preventivo e de proximidade.
Nesse mesmo dia, Vasco Cardoso, da Comissão Política, e António Rodrigues, do CC, receberam uma delegação da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social. Entre outros assuntos, abordou-se nesta reunião questões tão variadas como as quebras nas receitas de publicidade, a ameaça de introdução de IVA no serviço postal, o processo de introdução da Televisão Digital Terrestre, os problemas da concentração no sector e do pluralismo nos órgãos de comunicação social.