Sem agricultura não há desenvolvimento
(…) Entre 1989 e 2006 desapareceram mais de 250 mil explorações – mais de 40 explorações por dia. A superfície cultivada diminuiu em mais de 30%, aumentando a área de pastagens, devido fundamentalmente ao aumento das áreas não cultivadas. Acentua-se o envelhecimento dos agricultores, a par do aumento do número dos que, para além da agricultura, se dedicam a outras actividades.
Concentra-se dia-a-dia a propriedade, crescendo as com mais de 50 e 100 hectares em 12% e 25%, respectivamente, e diminuindo as propriedades com menos de 50 hectares em 34%.
O défice alimentar atinge os 60%. Portugal, terra de grande e boa produção agro-alimentar, vê-se dependente da importação de batata, de leite, de cereais, frutas, hortícolas, de carne, etc., etc.
O efectivo leiteiro nas regiões de Entre Douro e Minho, Açores e Beira Litoral que é no seu conjunto três quartos do efectivo leiteiro nacional, viu desaparecer, no período 1999-2005 mais de metade das explorações e 19% das vacas que existiam.
(…) Nós afirmamos que a agricultura portuguesa não está condenada ao declínio irreversível e que tem um importantíssimo papel a desempenhar nas suas dimensões agro-produtiva, agro-ambiental e agro-rural. Mas isso exige uma ruptura política que acredite nas potencialidades da agricultura portuguesa, e que tenha como eixo central o aumento da produção e o aumento do rendimento dos pequenos e médios agricultores e a melhoria das suas condições de vida.
Uma política que tenha como objectivos a defesa da soberania e da segurança alimentares. Que contribua para a atenuação das assimetrias regionais, concorrendo para o estabelecimento de equilíbrios territoriais, demográficos e etários do espaço rural.
Um política que desenvolva a floresta, assegurando um ordenamento florestal com base na diversificação das espécies, e que respeite e fomente o sector comunitário dos baldios. Uma política que promova a necessária reforma agrária, com uma profunda alteração fundiária nas actuais condições, nos campos do Alentejo e do Ribatejo, de forma a facilitar o acesso à terra aos jovens agricultores e aos pequenos agricultores nas zonas de propriedade latifundiária no Sul do País.
(…) Uma política que defenda uma reforma da Política Agrícola Comum, para proteger a produção dos países da pequena e média agricultura, garantindo os apoios ligados à produção e defenda reformas da OCM dos vinhos, dos hortofrutícolas e do leite que tenham em conta os interesses nacionais, o que significa rejeitar as propostas da União Europeia.
(…) Mas sabemos que fazem falta campos de trigo no Alentejo, sem descurar o bom aproveitamento do regadio instalado e a instalar para outras culturas. Fazem falta as vinhas no Douro, os castanheiros em Trás-os-Montes, o arroz do Baixo Mondego, os pastores da Serra da Estrela, os Olivais da Beira Baixa, a fruta do Oeste ou da Cova da Beira, a produção de leite no Minho ou na Beira Litoral, os baldios do interior Norte, as raças autóctones de gado bovino ou caprino (…)
Concentra-se dia-a-dia a propriedade, crescendo as com mais de 50 e 100 hectares em 12% e 25%, respectivamente, e diminuindo as propriedades com menos de 50 hectares em 34%.
O défice alimentar atinge os 60%. Portugal, terra de grande e boa produção agro-alimentar, vê-se dependente da importação de batata, de leite, de cereais, frutas, hortícolas, de carne, etc., etc.
O efectivo leiteiro nas regiões de Entre Douro e Minho, Açores e Beira Litoral que é no seu conjunto três quartos do efectivo leiteiro nacional, viu desaparecer, no período 1999-2005 mais de metade das explorações e 19% das vacas que existiam.
(…) Nós afirmamos que a agricultura portuguesa não está condenada ao declínio irreversível e que tem um importantíssimo papel a desempenhar nas suas dimensões agro-produtiva, agro-ambiental e agro-rural. Mas isso exige uma ruptura política que acredite nas potencialidades da agricultura portuguesa, e que tenha como eixo central o aumento da produção e o aumento do rendimento dos pequenos e médios agricultores e a melhoria das suas condições de vida.
Uma política que tenha como objectivos a defesa da soberania e da segurança alimentares. Que contribua para a atenuação das assimetrias regionais, concorrendo para o estabelecimento de equilíbrios territoriais, demográficos e etários do espaço rural.
Um política que desenvolva a floresta, assegurando um ordenamento florestal com base na diversificação das espécies, e que respeite e fomente o sector comunitário dos baldios. Uma política que promova a necessária reforma agrária, com uma profunda alteração fundiária nas actuais condições, nos campos do Alentejo e do Ribatejo, de forma a facilitar o acesso à terra aos jovens agricultores e aos pequenos agricultores nas zonas de propriedade latifundiária no Sul do País.
(…) Uma política que defenda uma reforma da Política Agrícola Comum, para proteger a produção dos países da pequena e média agricultura, garantindo os apoios ligados à produção e defenda reformas da OCM dos vinhos, dos hortofrutícolas e do leite que tenham em conta os interesses nacionais, o que significa rejeitar as propostas da União Europeia.
(…) Mas sabemos que fazem falta campos de trigo no Alentejo, sem descurar o bom aproveitamento do regadio instalado e a instalar para outras culturas. Fazem falta as vinhas no Douro, os castanheiros em Trás-os-Montes, o arroz do Baixo Mondego, os pastores da Serra da Estrela, os Olivais da Beira Baixa, a fruta do Oeste ou da Cova da Beira, a produção de leite no Minho ou na Beira Litoral, os baldios do interior Norte, as raças autóctones de gado bovino ou caprino (…)