Por um sector público forte e dinâmico
O processo de privatizações em curso constitui um dos mais importantes instrumentos da reconstituição do capitalismo monopolista de Estado. Um processo que do ponto de vista económico e social, resultou numa criminosa operação de concentração e centralização da riqueza nas mãos do grande Capital nacional e estrangeiro.
Com o 25 de Abril, os mais importantes sectores económicos – banca, energia, transportes, comunicações e telecomunicações, e ainda, importantes sectores produtivos - foram nacionalizados. Tratou-se de uma medida absolutamente justa e necessária, não apenas para recuperar o comando político e democrático da economia nacional, mas também, para salvar o país do boicote e da sabotagem, e garantir também, profundas transformações reclamadas pelos trabalhadores e pelo povo que, durante a longa noite fascista, não conheceram outra vida que não a do sacrifício e da miséria.
(…) Foi através das privatizações, com a venda de centenas de empresas (em regra, muito abaixo do seu valor), conjuntamente com inaceitáveis privilégios e processos fraudulentos, que muitos dos grupos monopolistas do tempo do fascismo ressurgiram e recuperaram poder económico e político numa verdadeira «entrega do ouro ao bandido», assim como, emergiram novos grupos económicos e floresceu o capital financeiro nosso país.
Com as privatizações, comprometeu-se o papel de empresas que sob o controlo do Estado constituíam alavancas estratégicas essenciais para a aplicação de uma política de desenvolvimento nacional e que assim, ficaram subordinadas aos interesses privados e à lógica de maximização do lucro.
(…) Com as privatizações liquidaram-se directamente mais de 100.000 postos de trabalho, agravou-se a distribuição da riqueza, atacaram-se direitos dos trabalhadores, generalizou-se a precariedade, degradaram-se serviços e aumentaram os preços no seu acesso. Destruíram-se ainda dezenas de empresas e importantes sectores produtivos que, ou desapareceram, como é o caso da indústria siderúrgica, ou ficaram com um papel residual, como é exemplo a indústria naval.
(…) Em 1988, as empresas públicas davam emprego a cerca de 10,1% da população activa e eram responsáveis por 19,4 % do PIB. Em 2001 o Sector Empresarial do Estado, já só representava 5,1% do PIB e cerca de 2% do emprego, hoje, esse peso está reduzido a um valor mínimo, embora do ponto de vista qualitativo ainda continue a configurar um papel importante na economia nacional.
Mas para o grande capital, o processo de privatizações ainda não terminou. A comprová-lo está o programa de privatizações do Governo PS, que carrega a responsabilidade de ter sido até hoje o Partido que mais privatizou quando esteve no Governo, e que prevê agora a venda de um conjunto de empresas altamente lucrativas e estratégicas, designadamente GALP, EDP, REN, TAP, ANA e as Estradas de Portugal, numa linha de prosseguimento das privatizações que visa ainda as Águas de Portugal e os CTT, e tem no horizonte sectores como a saúde, a educação ou a segurança social (…)
Com o 25 de Abril, os mais importantes sectores económicos – banca, energia, transportes, comunicações e telecomunicações, e ainda, importantes sectores produtivos - foram nacionalizados. Tratou-se de uma medida absolutamente justa e necessária, não apenas para recuperar o comando político e democrático da economia nacional, mas também, para salvar o país do boicote e da sabotagem, e garantir também, profundas transformações reclamadas pelos trabalhadores e pelo povo que, durante a longa noite fascista, não conheceram outra vida que não a do sacrifício e da miséria.
(…) Foi através das privatizações, com a venda de centenas de empresas (em regra, muito abaixo do seu valor), conjuntamente com inaceitáveis privilégios e processos fraudulentos, que muitos dos grupos monopolistas do tempo do fascismo ressurgiram e recuperaram poder económico e político numa verdadeira «entrega do ouro ao bandido», assim como, emergiram novos grupos económicos e floresceu o capital financeiro nosso país.
Com as privatizações, comprometeu-se o papel de empresas que sob o controlo do Estado constituíam alavancas estratégicas essenciais para a aplicação de uma política de desenvolvimento nacional e que assim, ficaram subordinadas aos interesses privados e à lógica de maximização do lucro.
(…) Com as privatizações liquidaram-se directamente mais de 100.000 postos de trabalho, agravou-se a distribuição da riqueza, atacaram-se direitos dos trabalhadores, generalizou-se a precariedade, degradaram-se serviços e aumentaram os preços no seu acesso. Destruíram-se ainda dezenas de empresas e importantes sectores produtivos que, ou desapareceram, como é o caso da indústria siderúrgica, ou ficaram com um papel residual, como é exemplo a indústria naval.
(…) Em 1988, as empresas públicas davam emprego a cerca de 10,1% da população activa e eram responsáveis por 19,4 % do PIB. Em 2001 o Sector Empresarial do Estado, já só representava 5,1% do PIB e cerca de 2% do emprego, hoje, esse peso está reduzido a um valor mínimo, embora do ponto de vista qualitativo ainda continue a configurar um papel importante na economia nacional.
Mas para o grande capital, o processo de privatizações ainda não terminou. A comprová-lo está o programa de privatizações do Governo PS, que carrega a responsabilidade de ter sido até hoje o Partido que mais privatizou quando esteve no Governo, e que prevê agora a venda de um conjunto de empresas altamente lucrativas e estratégicas, designadamente GALP, EDP, REN, TAP, ANA e as Estradas de Portugal, numa linha de prosseguimento das privatizações que visa ainda as Águas de Portugal e os CTT, e tem no horizonte sectores como a saúde, a educação ou a segurança social (…)