«Poderá o mundo de hoje ser, apesar de tudo, reproduzido pelo teatro?», questionava-se Frederico Dürrematt, em finais da Segunda Guerra Mundial. Podia o teatro reproduzir de forma veemente os dramas, o estupor, a pérfida desumanização que essa guerra (todas as guerras?) representou, de modo a contribuir com incisiva sagacidade para mudar o homem de forma a intuir-lhe, como defendia Aristóteles, traços instigadores da sua condição?