Um re­galo para os sen­tidos. É o mí­nimo que se pode dizer da pro­gra­mação do po­li­des­por­tivo nas noites de sexta-feira e sá­bado, in­tei­ra­mente pre­en­chidas pelo sarau gím­nico, pelas galas de artes mar­ciais e danças de salão, pelos fes­ti­vais de artes mar­ciais e pa­ti­nagem ar­tís­tica, pelo hip-hop. Tudo ele é cor, luz, mo­vi­mento, mú­sica, be­leza cor­poral, con­cen­tração, ju­ven­tude, des­treza fí­sica, com­bi­nando-se har­mo­ni­o­sa­mente em exi­bi­ções de alto nível téc­nico e ar­tís­tico que fi­zeram vi­brar o pú­blico.

Um am­bi­ente único, com mo­mentos em­pol­gantes, só pos­sível pela enorme en­trega de atletas que qui­seram dar o me­lhor de si num lugar que sabem ser di­fe­rente e es­pe­cial.

Tanto assim é que há co­lec­ti­vi­dades que ini­ciam mais cedo os treinos das suas classes de não com­pe­tição de forma a estar nas con­di­ções de­vidas para a Festa, como nos contou He­lena Can­deias, da Co­missão Na­ci­onal de Des­porto na Festa, ela pró­pria ex-atleta de alta com­pe­tição com o tí­tulo de campeã eu­ro­peia por equipas em duplo mini tram­polim.

De­sejo esse de par­ti­cipar de atletas e clubes que diz bem do pres­tígio da Festa, diz-nos aquela téc­nica su­pe­rior de des­porto a quem coube apre­sentar as 13 co­lec­ti­vi­dades que no Fes­tival gím­nico exe­cu­taram exi­bi­ções em gi­nás­tica rít­mica, ma­nu­tenção mas­cu­lina, acro­bá­tica, gi­nás­tica para todos, tram­polim e ae­ró­bica.

Apoio ao des­porto

Con­victo de que para os atletas a ida à Ata­laia é feita sempre com enorme gosto e prazer, sa­bendo como sabem de an­temão do aco­lhi­mento ca­lo­roso que lhes é pres­tado, está Abílio Costa, pro­fessor de Ta­ekwondo, 6.º Dan.

Além do «con­vívio», da opor­tu­ni­dade de «rever amigos», de sentir o «ca­rinho do pú­blico», a ida à Festa é ainda en­sejo para «mos­trar o que fazem, par­ti­lhar a ale­gria pela prá­tica da mo­da­li­dade de que gostam», con­fessou aquele di­ri­gente da As­so­ci­ação de Ta­ekwondo do Dis­trito de Se­túbal, es­tru­tura que se fez re­pre­sentar na gala por um co­lec­tivo de atletas de alto ren­di­mento de três co­lec­ti­vi­dades (CRD Mi­ra­tejo, CCR Alto do Moinho e Casa do Pes­soal da Si­de­rurgia Na­ci­onal), vá­rios deles cam­peões na­ci­o­nais e dois me­da­lhados com bronze no cam­pe­o­nato da Eu­ropa re­a­li­zado este ano em Es­panha.

Esta é uma mo­da­li­dade com forte im­plan­tação no dis­trito de Se­túbal, tendo para isso muito con­tri­buído as co­lec­ti­vi­dades (que sou­beram abrir as suas portas aos trei­na­dores), bem como as au­tar­quias, em par­ti­cular a Câ­mara do Seixal, que sempre apoiou o de­sen­vol­vi­mento da mo­da­li­dade.

Por isso Abílio Costa não poupa elo­gios ao tra­balho da au­tar­quia, lem­brando a pro­pó­sito as ini­ci­a­tivas por aquela di­na­mi­zadas no do­mínio des­por­tivo, como as Sei­xa­líadas, e, no ca­pí­tulo con­creto do Ta­ekwondo, o im­por­tante apoio dado à re­a­li­zação de tor­neios que foram os mai­ores da Eu­ropa, a três Open Por­tugal, à Taça das Na­ções Lu­só­fonas e a um sem nú­mero de cam­pe­o­natos na­ci­o­nais. O que faz do con­celho do Seixal a «casa do Ta­ekwondo», afirma com or­gulho.