Festa do Livro

Ler para pensar o mundo

Isabel Araújo Branco


Image 5562

 

Cerca de dez li­vros foram apre­sen­tados na Ata­laia, de di­versos gé­neros e abor­dando temas di­fe­rentes. Obras para pensar ou re­pensar o nosso mundo.

O am­bi­ente era pro­pício à lei­tura: mi­lhares de vo­lumes es­tavam es­pa­lhados pelas mesas da Festa do Livro, con­vi­dando quem en­trava a fo­lheá-los e a deixar-se se­duzir. Onze dessas obras foram apre­sen­tadas na­quele es­paço, em ses­sões acom­pa­nhadas por lei­tores e fu­turos lei­tores.

Na noite de sexta-feira, Fer­nanda Ma­teus, membro da Co­missão Po­lí­tica do PCP, apre­sentou a obra de Graça Mexia 45 Anos e 38 Mil Grá­vidas De­pois, que aborda o mé­todo psi­co­pro­fi­lá­tico do parto, que a au­tora pre­para desde 1962. A di­ri­gente co­mu­nista re­cordou como des­co­briu a exis­tência de um treino que per­mite às mu­lheres terem os seus fi­lhos sem dor e en­ca­rarem a ma­ter­ni­dade «como um acto res­pon­sável e feliz, não como um fardo». Os re­latos cruéis de ge­ra­ções de partos com dor ali­men­tavam uma visão obs­cu­ran­tista do acto de dar à luz, si­tu­ação ul­tra­pas­sada pelo mé­todo psi­co­pro­fi­lá­tico, ga­rantiu.

«Po­li­ti­ca­mente, este livro traz-nos mo­mentos ne­gros da His­tória por­tu­guesa. A se­xu­a­li­dade das mu­lheres era re­pri­mida e o fas­cismo não acei­tava o tra­balho de Graça Mexia», afirmou Fer­nanda Ma­teus, lem­brando que muitas mi­li­tantes co­mu­nistas que foram mães na clan­des­ti­ni­dade con­se­guiram uti­lizar este mé­todo.

«Hoje, as­sis­timos ao en­cer­ra­mento de ma­ter­ni­dades e cen­tros de saúde e o mé­todo psi­co­pro­fi­lá­tico tornou-se uma mi­ragem», de­nun­ciou a di­ri­gente, su­bli­nhando que a pre­ca­ri­e­dade dos con­tratos e os ho­rá­rios de tra­balho alar­gados fazem com que a ma­ter­ni­dade seja con­si­de­rada um peso e cons­ti­tuem bar­reiras a este mé­todo.

Graça Mexia con­firmou as pa­la­vras de Fer­nanda Ma­teus: «Nas dé­cadas de 1980 e 1990, acom­pa­nhava 75 mu­lheres por dia, porque a lei per­mitia que saíssem do tra­balho para pre­pa­rarem o parto. Agora já não. Há um de­crés­cimo brutal de mu­lheres que o pode fazer, tal como o nú­mero de cri­anças a nascer em Por­tugal. Isto re­la­ciona-se também com o de­sem­prego, o aten­di­mento nos cen­tros de saúde, a falta de mé­dicos e en­fer­meiros... Até para a re­cu­pe­ração do parto é di­fícil ter tempo.»


Ficção por­tu­guesa e po­esia uni­versal


As apre­sen­ta­ções no sá­bado abriram com a re­e­dição de uma obra da ficção por­tu­guesa, pu­bli­cado pelas Edi­ções Avante!: A Curva na Es­trada, de Fer­reira de Castro, com pre­fácio do es­critor e jor­na­lista Fi­lipe Le­andro Mar­tins e ilus­tra­ções de José Santa-Bár­bara. O pre­fa­ci­ador re­feriu que al­guns con­sa­grados au­tores por­tu­gueses «estão ar­re­dados, en­quanto ou­tros, que es­pi­caçam menos a nossa cons­ci­ência são ele­vados, já para não falar na pro­moção dos li­vros mais tolos».

Para Le­andro Mar­tins, A Curva na Es­trada «me­rece en­trar na ca­te­goria dos clás­sicos pelo seu con­teúdo, mas também pelo con­texto his­tó­rico e pela ino­vação que apre­senta». As per­so­na­gens são es­pa­nholas e a acção passa-se no país vi­zinho, es­tra­tégia para o livro passar pela cen­sura de há 60 anos, quando a no­vela foi ini­ci­al­mente edi­tada. A nar­ra­tiva conta a his­tória de um homem hu­milde que se torna di­ri­gente do Par­tido So­ci­a­lista, mas que trai a sua causa para ter mais poder.

«Este é um livro de grande ac­tu­a­li­dade. Trata de um caso da cons­ci­ência e da po­sição de cada um na luta de classes e ajuda-nos a re­flectir sobre o pas­sado, mas também sobre o pre­sente e o fu­turo, para os erros não serem re­pe­tidos. A ca­pa­ci­dade de ac­tu­a­li­dade é, de facto, uma ca­rac­te­rís­tica das grandes obras», afirmou.

Maio, Tra­balho, Luta contou com uma apre­sen­tação es­pe­cial, com a de­cla­mação de po­emas de Na­tália Cor­reia, Ce­sário Verde e Ma­nuel da Fon­seca, entre ou­tros, pelos ac­tores Fer­nando Ta­vares Mar­ques e Carlos Paiva. Antes, José Ca­sa­nova – di­ri­gente do PCP, di­rector do Avante! e ro­man­cista – abordou a obra, re­fe­rindo po­emas sobre di­fe­rentes lutas e pro­ta­go­nistas em todo o mundo e des­ta­cando a im­por­tância do 1.º de Maio de 1962 na luta da classe ope­rária por­tu­guesa. «Foi um 1.º de Maio fa­bu­loso, com grandes mo­vi­men­ta­ções de massas, uma forte re­pressão po­li­cial, mas também, e pela pri­meira vez, com uma re­acção or­ga­ni­zada à po­lícia. Na­tu­ral­mente, isto teve a ver com o papel do Par­tido», de­clarou.

Pa­ra­fra­se­ando textos in­cluídos na obra, José Ca­sa­nova afirmou que «os po­emas são armas car­re­gadas de fu­turo, pela força que nos trans­mitem para con­ti­nu­armos a luta no nosso país, uma luta com novas ca­rac­te­rís­ticas e que exige de nós, todos os dias, muita co­ragem e de­ter­mi­nação».


Para re­flectir sobre o mundo


Também no sá­bado foi lan­çado o en­saio Sobre Lé­nine e a Fi­lo­sofia. A rei­vin­di­cação de uma on­to­logia ma­te­ri­a­lista di­a­lé­tica, de José Ba­rata-Moura. Pedro Maia con­si­dera que se trata de «um Lé­nine in­ter­pe­lante, que nos leva a agir», pois «a sua visão on­to­ló­gica com­pre­ende a His­tória para a mo­di­ficar. Também Ba­rata-Moura apre­senta uma linha de ra­ci­o­cínio in­te­res­sante e de­sa­fi­a­dora», de­clarou, abor­dando a di­mensão prá­tica do fi­lo­sofar: «Sem fi­lo­sofia não com­pre­en­demos para de­pois trans­formar. Esta obra prova que o mar­xismo-le­ni­nismo em Por­tugal está vivo e re­co­menda-se.»

Por seu lado, José Ba­rata-Moura sus­tentou que «Le­nine, nos textos e cor­res­pon­dência, mostra que não é um fi­ló­sofo pro­fis­si­onal, mas, quando fala em fi­lo­sofia, é vi­sível que se in­formou e que pensa fi­lo­so­fi­ca­mente. O seu tra­balho é muito só­lido. Ele co­nhece o que está a ser pu­bli­cado na época em in­glês, francês, alemão e russo e faz uma crí­tica an­te­ci­pada das grandes no­vi­dades epis­te­mo­ló­gicas do sé­culo xx.»

O pro­fessor des­tacou o con­ceito fi­lo­só­fico de ma­téria e «a per­cepção por Lé­nine da nu­cle­a­ri­dade deste pro­blema. Ele é no­tável em vá­rios as­pectos.» É o caso da com­pre­ensão do ma­te­ri­a­lismo de Marx: «Lé­nine per­cebeu que a no­vi­dade está no facto de que o ma­te­ri­a­lismo tem de ser di­a­léc­tico, tem de com­portar a His­tória, que se trans­forma.»

A sa­li­entar outra obra lan­çada nessa noite: As Voltas que o Mundo Dá... Re­fle­xões a pro­pó­sito das Aven­turas e Des­ven­turas do Es­tado So­cial, de An­tónio Avelãs Nunes. Trata-se de um es­tudo «de grande valor e ac­tu­a­li­dade, com vo­cação para se trans­formar num texto de re­fe­rência», como disse na oca­sião Al­bano Nunes, membro do Se­cre­ta­riado do PCP. «Des­mis­ti­fica dogmas que são fre­quen­te­mente apre­sen­tados como ine­vi­tá­veis e apre­senta um ma­nan­cial de factos, es­ta­tís­ticas e ar­gu­mentos va­li­osos, numa ampla pers­pec­tiva his­tó­rica. É uma aná­lise mar­xista do ne­o­li­be­ra­lismo», acres­centou.

Ter­mi­nado em Julho, o livro já aborda a ac­tu­a­li­dade do Go­verno do PS, mas igual­mente ou­tras ques­tões: o Es­tado e a sua na­tu­reza de classe; o papel da so­cial-de­mo­cracia como pilar do ne­o­li­be­ra­lismo; a na­tu­reza de classe da União Eu­ro­peia; e a crise do ca­pi­ta­lismo. «Esta obra traduz a su­pe­ri­o­ri­dade do pen­sa­mento mar­xista e trans­mite uma men­sagem de op­ti­mismo. A luta nunca é em vão», con­cluiu Al­bano Nunes.

Avelãs Nunes afirmou que pre­tendeu es­crever um livro com­pro­me­tido, «um livro-ci­dadão, porque todos temos uma ide­o­logia, nin­guém é neutro. Não po­demos viver fora da nossa cir­cuns­tância.»


Es­tudos na­ci­o­nais e in­ter­na­ci­o­nais


A tarde de do­mingo foi mar­cada pelo lan­ça­mento de Sin­di­ca­lismo na Re­vo­lução de Abril, de Amé­rico Nunes, e Os Avanços Re­vo­lu­ci­o­ná­rios na Amé­rica La­tina, de Rémy Her­rera. O pri­meiro foi apre­sen­tado por Do­mingos Abrantes, di­ri­gente do PCP, e José Er­nesto Car­taxo, da di­recção da CGTP-IN. «O mo­vi­mento sin­dical que temos é in­se­pa­rável da luta dos co­mu­nistas», de­fendeu Abrantes, abor­dando a in­ter­venção dos re­vo­lu­ci­o­ná­rios no mo­vi­mento sin­dical fas­cista a partir de 1935, que trans­formou or­ga­ni­za­ções de apoio ao re­gime em ins­tru­mentos de re­sis­tência da classe ope­rária. «É neste quadro que se vão cri­ando con­di­ções ma­te­riais para o sur­gi­mento da CGTP-IN», sa­li­entou.

José Er­nesto Car­taxo con­si­derou que a obra, «num es­tilo muito pró­prio e fácil de ler, cons­titui um im­por­tante con­tri­buto para a His­tória sin­dical por­tu­guesa». Se­gundo o sin­di­ca­lista, «este livro é muito im­por­tante num mo­mento como o nosso, em que o pa­tro­nato pro­move uma feroz re­pressão e em que é im­pres­cin­dível um re­forço da or­ga­ni­zação sin­dical e uni­tária dos tra­ba­lha­dores».

Fi­nal­mente, José Oli­veira apre­sentou Os Avanços Re­vo­lu­ci­o­ná­rios na Amé­rica La­tina, fa­zendo um pe­queno re­sumo sobre a re­a­li­dade aí abor­dada, de acordo com a clas­si­fi­cação pro­posta por Rémy Her­rera: países so­ci­a­listas (Cuba); países anti-im­pe­ri­a­listas em opo­sição ao ca­pi­ta­lismo (Ve­ne­zuela, Bo­lívia e Equador); países em que as mo­vi­men­ta­ções po­pu­lares con­du­ziram a go­vernos pro­gres­sistas (Brasil e Ar­gen­tina); e países em que as lutas po­pu­lares estão a crescer contra re­gimes re­ac­ci­o­ná­rios (Mé­xico, Colômbia, Peru e a re­sis­tência nas Hon­duras).

«En­quanto a nível mun­dial as­sis­timos a um re­fluxo dos mo­vi­mentos re­vo­lu­ci­o­ná­rios, na Amé­rica La­tina dão-se avanços e trans­for­ma­ções muito im­por­tantes. É um alento e um es­tí­mulo para todos os povos, afir­mando uma opção so­li­dária e so­be­rana», su­bli­nhou José Oli­veira.



Mais artigos de: Festa do Avante!

«Portugal a Produzir» reabre portas a Abril

No Espaço Central, as ideias da campanha «Portugal a Produzir», lançada pelo PCP nesta Festa do Avante!, foram desenvolvidas numa vasta e consistente exposição e estiveram presentes em debates no Fórum e noutros espaços. À crise do...

Organizar é decisivo

«Quem quiser olhar e entender o PCP e a sua luta; quem quiser despir-se de preconceitos e fazer uma viagem pela sua história, perceber de onde vem a sua força, a sua combatividade», deve ler «O Partido com Paredes de Vidro», uma das mais profundas...

Os 120 anos de Maio<br> nos nossos dias de lutar

Mais do que prestar uma justa homenagem aos milhões de trabalhadoras e trabalhadores que, ao longo da história, não baixaram os braços e decidiram exigir das classes dominantes melhores condições de vida, a comemoração dos 120 anos do...

Não à NATO!

«Por Abril, pela Paz, não à NATO» foi o tema de um debate que, pelo leque de oradores, reflecte a importância que o PCP dá a esta questão. Na mesa, para além de Manuela Bernardino, em nome do Partido, estavam representantes do Conselho...

Combater ofensiva ideológica

A ideologia da classe dominante difundida pelos media – que têm o PCP como alvo permanente – marca decisivamente o comportamento da sociedade. Seja através do que noticiam ou silenciam, seja dos artigos de opinião escritos por várias pessoas que...

«Todos os nomes»

O Partido não esquece os seus. E isso pode ver-se todos os anos na Festa do Avante!. Lénine, «teórico genial, gigante revolucionário», cujo 140.º aniversário de nascimento se assinala este ano, foi o grande homenageado do espaço da...

Na vanguarda... do retrocesso

Nas empresas que - na prática e na imagem pública - mais uso dão às tecnologias de informação e comunicação, as relações laborais são determinadas por um grande desequilíbrio, em desfavor dos trabalhadores....

Defender a Constituição

A Constituição da República Portuguesa – cuja revisão o PSD pretende agora impor e que o PS agarra como tábua de salvação para desviar as atenções da política marcadamente de direita que tem realizado e apresentar...

Resistência e luta em discurso directo

O Es­paço In­ter­na­ci­onal foi, no­va­mente, o lugar certo para de­bater al­guns dos temas mais can­dentes da ac­tu­a­li­dade, dando voz à re­sis­tência e à luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

Festa da solidariedade

Já dissemos, mas nunca é demais repetir, que a Festa do Avante! é terreno fértil onde se semeia a solidariedade de classe e germina o internacionalismo proletário. Mas este ano com redobrada razão o afirmamos. Em quatro organizações...

Manifestações de classe

O Palco Solidariedade foi, igualmente, espaço de convergência de várias correntes musicais e outras formas de expressão artística. Por lá passaram, entre outros, os Zé Pedro dos Xutos, os Bang Balan, o Projecto ATMA, os Roncos do Diabo e os...

Delegações internacionais

A Festa do Avante! deste ano acolheu 43 delegações de partidos comunistas, operários e progressistas de todo o mundo, cuja composição publicamos abaixo: Partido Comunista Sul Africano - Chris Mathlako; Partido «A Esquerda», Alemanha - Halina...

Ninguém faz tanto pelo desporto de massas

Falar do carácter único da Festa é falar de uma realidade amplamente reconhecida, seguramente desde a sua primeira edição, já lá vão 34 anos. Sublinhar a singularidade, mesmo parecendo repetir o óbvio, nunca é porém...

Trabalho, esforço, beleza

As Galas que habitualmente preenchem as noites de sexta e sábado no Polidesportivo proporcionam sempre momentos de grande efeito e beleza, marcados pela qualidade artística e pela perfeição técnica. Este ano assim voltou a acontecer, correspondendo...

Novo recorde de atletas na meta

Foram 1448 os atletas que cortaram a meta junto ao Largo da Atalaia, o que significa que a Corrida da Festa bateu este ano um novo recorde absoluto quanto ao número de corredores que a concluíram. A prova rainha da Festa, vincadamente popular, com crédito firmados desde...

A paixão pelo futebol

O torneio de futsal sénior e o Avante Jovem são duas das provas que mobilizam maior número de equipas e atletas. Com lugar cativo no preenchido calendário de iniciativas que compõem o programa de Desporto, estes torneios tiveram o seu ponto alto no passado...

Irrecusável convite

Espaço sempre muito concorrido voltou a ser o dos matraquilhos. Fosse qual fosse a hora, fácil era observar as mesas ocupadas por gente de todas as idades. Os mais novos, alguns deles vivendo a experiência pela primeira vez, partilhando-a com pais ou avós, como o...

A tradição ainda é o que era

Vêm sobretudo dos concelhos ribeirinhos que bordejam a margem esquerda do Tejo, mas também de terras mais a Sul, como Vendas Novas. Têm mão firme e «calibrada», medem bem a distância, o olhar é certeiro. Na competição...

Corações ardentes e muita organização

Se a Festa do Avante! é, cada vez mais, a festa da juventude tal deve-se em grande medida ao papel que nela desempenham os jovens comunistas. Exemplares na dedicação com que cumprem as mais variadas tarefas colocadas durante a construção e funcionamento,...

Emigração

Aqui voltaram a matar saudades e a reencontrar-se fraternalmente muitos camaradas que andam «Pelos caminhos do mundo, a caminho de Abril», como referia a frase que anunciava este ponto de encontro e de convívio para todos os que procuram uma vida melhor...

Espaço Imigração

Num estrado da altura de um degrau sucederam-se eventos artísticos e culturais trazidos à Festa pelas comunidades imigrantes, intervalados por um conjunto de jovens DJ que se foram revezando até altas horas, na sexta e no sábado. Não faltaram os sons,...

Espaço Criança

A cargo dos Pioneiros de Portugal, o Espaço Criança voltou a subordinar-se ao público mais privilegiado e cada vez mais numeroso na nossa Festa. A pequenada deliciou-se no escorrega insuflável e noutros equipamentos espalhados por um jardim onde não...

Palco Arraial

Por este palco passaram muitos dos mais importantes grupos e ranchos folclóricos de todas as regiões, mas não só. O espaço dedicado à música popular e tradicional portuguesa animou os visitantes até altas horas, nas noites de...

Café-concerto

Um vasto programa de animações culturais, debates e muito convívio marcaram o programa no café-concerto do Espaço dos comunistas do distrito de Lisboa. Teatro, música portuguesa, brasileira e de outras latitudes intercalaram com sessões de...

Espaço ciência

Durante os três dias da Festa do Avante!, milhares de pessoas passaram pelo Espaço da Ciência, que este ano abordou a «Biodiversidade para um mundo melhor». Num conjunto alargado de painéis, os comunistas sensibilizaram para a causa da biodiversidade,...

Conquistar a igualdade

Com uma atraente esplanada com chapéus de sol, o espaço dedicado à luta das mulheres pela igualdade assinalou, na fachada, o 110.º aniversário do Dia Internacional da Mulher. Numa exposição, junto ao Bar da Igualdade, recordou-se, numa frase...

O desenho em Festa

«O desenho é colocar uma linha em volta de uma ideia», escreveu Matisse, um pintor cujo pincel desenhava frescuras, danças e festas e cujas cores nos encantam, mais de um século após terem sido aplicadas na tela ou no papel. Esta frase fomos...

O espectáculo do espectáculo

«Espectacular» é um termo que, há uma dúzia de anos, se introduziu no léxico das gerações mais novas. Impropriamente, pois que muitas vezes não se alude a algo que tenha a ver com um espectáculo propriamente dito, mas...

Este é o caminho!

Há 20 anos atrás, algures neste terreno da Atalaia, quando o camarada Álvaro Cunhal anunciou a abertura da 24.ª edição da Festa do «Avante!», ecoou espontaneamente a palavra «É nosso!». Um sentimento forte e emotivo de...

Os fotógrafos da Festa

André Santos Ângela Bordalo Bento Machado Bruno Marques Da Maia Nogueira Fernando Teixeira Inês Seixas Jaime Carita Jorge Cabral Jorge Caria José Frade Luís Pó Nuno Pena Rogério...

Quando a Festa pulsou mais forte

No pulsar intenso da Festa do Avante! o comício de domingo à tarde ganhou um lugar muito especial. Emoção, atenção e participação uniram dezenas de milhares de pessoas em torno de saudações, críticas,...

Inevitável é a luta dos jovens

  Saudamos os milhares de camaradas e amigos que mais uma vez marcaram presença na Festa do Avante!, transformando a Quinta da Atalaia num mar de alegria, solidariedade, determinação, camaradagem e de luta, de muita luta. É o mar humano mais bonito de se...

Sempre maior e mais bonita<br>não há Festa como esta

Cá estamos, mais uma vez, no grande comício de encerramento da nossa Festa do Avante!. Por isso, cá estamos, mais uma vez, a saudar quem deve ser saudado. Em primeiro lugar, os construtores da Festa, os militantes do Partido e da JCP e os muitos amigos do Partido que,...

Vencendo adversidades e obstáculos<br>lutamos com confiança

No limiar do encerramento desta 34.ª Festa do Avante! permitam-me que saúde todos aqueles que a projectaram, construíram, realizaram e nela participaram, contribuindo assim para o seu êxito e a reafirmação de estarmos perante o maior acontecimento...

O melhor público do mundo!

Já se escreveu por mais de uma vez que o público da Festa é diferente – exigente, sim, mas generoso, entregando-se a cada espectáculo com uma imensa devoção e reconhecimento, quer se trate de artistas famosos ou de talentos pouco conhecidos....

Beber a água na fonte

No que à chamada música erudita diz respeito, o imenso espaço fronteiro ao Palco 25 de Abril é seguramente a mais insólita – e irreverente – sala de concertos. Descontados os músicos, que ali se apresentam trajados a rigor, tudo o mais...

Viagens musicais

Um palco, três dias, 18 concertos, que corresponderam a igual número de horas, marcaram a programação do Auditório 1.º de Maio, um sucesso mais do que provado, que contou com a actuação de bandas de todo o mundo, nomeadamente de Portugal....

O palco e a realidade

Combinando o trabalho de nomes consagrados com projectos de jovens artistas, de companhias das grandes áreas urbanas com grupos do interior do País, o Avanteatro transmite-nos o pulsar das artes de palco, as tendências, temáticas e preocupações dos...