Traduzir a simpatia na CDU em mais votos e deputados
«Aqui estou porque estas eleições são muito importantes para o futuro, porque no próximo domingo cada voto na CDU conta e decide», disse Jerónimo de Sousa no final de uma arruada no concelho da Moita.
Cada voto na CDU decide o futuro
Na primeira iniciativa em que participou depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica que o obrigou a suspender a sua participação na campanha eleitoral, o Secretário-geral do PCP mostrou-se pronto para o combate ao qual dedicou a vida. Uma luta que nunca travou nem trava sozinho, sublinhou no final de um desfile em que percorreu o coração da Baixa da Banheira, ladeado pelos primeiros candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, Paula Santos, Bruno Dias e José Luís Ferreira, entre outros que se encontravam no meio da multidão orgulhosa de mostrar as bandeiras com os símbolos do PCP e do PEV.
De resto, apesar de ter estado afastado fisicamente, Jerónimo de Sousa vibrou com a «campanha imensa que prosseguiu», na qual os activistas da CDU «deram «sentido à expressão “somos todos candidatos”».
«Aqui estou, presente, pronto a dar a minha contribuição com redobrada determinação e confiança, animado pelas justas razões porque lutamos», e «confiante nesta força colectiva que todos os dias não falta com a sua intervenção para defender os direitos dos trabalhadores e do povo», acrescentou o dirigente comunista, antes de apelar à convocação de «todas as energias, capacidades, disponibilidades e espírito de iniciativa para garantir o êxito eleitoral da CDU», contrariando aqueles que têm promovido o medo e «dizem que votar não vale a pena».
«Cada voto na CDU decide e vai decidir do futuro do País», pois «é o voto no progresso dos direitos e das condições de vida, na força de combate às desigualdades e injustiças», prosseguiu Jerónimo de Sousa, para quem o crescimento da Coligação se sente nas ruas. Mas, nesta derradeira fase, é necessário «transformar respeito e simpatia em expressão eleitoral», sublinhou.
Que ninguém se engane
O Secretário-geral do Partido reiterou depois o alerta relativamente aos que, dissimulados, se esforçam por «fazer crer que nestas eleições tudo se decide entre PS e PSD» ou na «escolha de um primeiro-ministro».
«Falam em nome dos grandes interesses dos grupos económicos e financeiros, apostam tudo na eternização da política de direita (…) que PS e PSD, juntos ou à vez, protagonizaram décadas a fio», acusou ainda, antes de esclarecer que foi «com esse objectivo que se engendraram estas eleições: para que não haja soluções e se volte a esse passado que tem condenado o País ao atraso que, cinicamente, hoje muitos lamentam».
Para demonstrar que «esta não é uma afirmação gratuita», Jerónimo de Sousa recordou, a propósito, os «encenados confrontos» entre Rui Rio e António Costa e as disponibilidades mútuas para entendimento que o «desenrolar da campanha revela com nitidez». Nesse sentido, insistiu que é «tudo feito com o objectivo de fugir à influência do PCP e do PEV», para «dar satisfação à recorrente reclamação dos senhores do dinheiro» e «pôr fim à política de defesa, reposição e conquista de direitos que as forças da CDU encetaram e desenvolveram».
Contudo, «os trabalhadores, o povo e o País não vão esquecer que foram as forças da CDU na Assembleia da República, e não o Governo, que determinaram a reposição de direitos sociais, a valorização das reformas e o aumento do Salário Mínimo, a conquista da gratuitidade dos manuais escolares, das creches, do passe social, entre muitas outras medidas». Por isso, acredita o Secretário-geral, será ampla a compreensão popular de que «cada deputado a mais da CDU é «decisivo para impedir que a direita governe coligada ou com um acordo com o PS».
Antes de Jerónimo de Sousa, interveio no final da arruada na Baixa da Banheira a primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, Paula Santos, que recordou as muitas batalhas em que a CDU participou ao lado da população, designadamente pelo reforço dos serviços públicos de Saúde. Razão pela qual o voto na CDU é o que conta para avançar, naquela matéria como na «concretização dos grandes investimentos que fazem falta no nosso distrito», na criação de emprego com qualidade e de condições para que os jovens não sejam forçados a emigrar, na aposta na produção nacional e no aumento do poder de compra de quem trabalha e de quem já trabalhou.