Em construção no Algarve a eleição de uma deputada
Sexta-feira, dia 21, em iniciativas com João Oliveira, foi afirmado o objectivo de eleger Catarina Marques, em Faro, redobrando para tal o empenho colocado na construção desse resultado.
A campanha eleitoral serve também as batalhas que vão prosseguir no dia 31
«Neste Algarve, profundamente fustigado pelos impactos da epidemia e pelo aproveitamento que alguns fizeram dela, bem precisam as populações de ver reforçada a CDU nas próximas eleições legislativas», disse a candidata, que encabeça a lista da coligação PCP-PEV naquele círculo eleitoral.
Perante centenas de apoiantes e activistas, que marcaram presença activa e vibrante no comício dessa noite, no Grande Auditório da Reitoria da Universidade do Algarve, Catarina Marques reafirmou a exigência da regionalização, como instrumento de desenvolvimento. Falou sobre as soluções e compromissos da CDU, agora propostos aos eleitores, e também sobre a acção desenvolvida em período não eleitoral, apoiando a luta dos trabalhadores e da população.
Observou que, nesta região cheia de potencialidades, o aparelho produtivo regrediu, agravando a dependência do turismo, com baixos salários, precariedade e sazonalidade. A candidata criticou a falta de investimento público, que tem adiado a construção do Hospital Central do Algarve e a requalificação da EN 125, e denunciou a recusa de PS, PSD e CDS, perante as propostas do PCP e a luta da população pela abolição das portagens na Via do Infante (A22).
Para João Oliveira, da Comissão Política do Comité Central do PCP, a boa participação no comício comprovou a determinação com que candidatos e activistas estão mobilizados para a conquista de apoios e votos, e também para as batalhas que vão prosseguir no dia 31.
O voto na CDU, salientou, é aquele que conta para os principais objectivos que estão colocados ao povo português: a resposta aos problemas e a convergência necessária para concretizar as soluções. Desta convergência, outros fogem e vão ensaiando a forma de garantirem que a política de direita se concretiza, sem qualquer condicionamento.
João Oliveira acusou o PS de, recusando as soluções, ter arrastado o País para eleições, na mira de uma maioria absoluta que lhe permita fugir à acção da CDU, que provou ser a força decisiva para fazer avançar a vida dos trabalhadores e do povo.
O comício foi apresentado pela mandatária regional da CDU, Rosa Palma, presidente da Câmara Municipal de Silves.
Antes do comício, actuou Ricardo J. Martins, na guitarra portuguesa, acompanhado por Cláudio Sousa (viola).
Saúde e habitação
Ao final da manhã, em São Bartolomeu de Messines, junto ao Centro de Saúde, Catarina Marques lembrou que a CDU tem estado presente na batalha de anos da população, por mais médicos e horário mais alargado. Perante dezenas de pessoas, algumas exibindo pancartas, João Oliveira considerou esta acção de campanha também como mais uma acção de luta pela salvação urgente do SNS.
Na Praça Gil Eanes, em Lagos, a meio da tarde, também com intervenções de Catarina Marques e João Oliveira, realizou-se uma tribuna pública dedicada aos problemas da habitação e às propostas da CDU para concretizar este direito constitucional.
A acentuar as conhecidas dificuldades sentidas em todo o País, José Manuel Freire, eleito da CDU na Assembleia Municipal, ilustrou o peso da exploração turística, referindo que no concelho há 4670 habitações em alojamento local. Recordou, por outro lado, como se avançou, depois do 25 de Abril, na política de habitação, quer em construção pública, quer no apoio a cooperativas.