Na manhã fria desta terça-feira, deputados comunistas estiveram na estação ferroviária de Braga a distribuir um documento sobre a situação dos transportes públicos e a necessidade de serem mais e melhores. «Somos do PCP, posso dar-lhe um papel?», «é sobre os transportes», ouvia-se, aqui e ali, as mais das vezes acompanhado por um apelo directo: «Precisamos de mais força, por melhores transportes públicos».

Naquele passa-mão veloz, que a hora é de acelerar rumo ao trabalho ou à escola, o que os utentes receberam foi uma mensagem clara a dizer que «avançar é preciso», no caso avançar no fecho da malha ferroviária entre Braga e Guimarães. Esta acção de contacto com os utentes foi o modo escolhido para anunciar a apresentação de um projecto de resolução precisamente com esse objectivo de forma a permitir uma articulação muito maior entre estes concelhos e assim, com isso, dinamizar a economia numa região com uma densidade populacional elevada, um povoamento difuso e uma malha industrial essencialmente constituída por muitas PME.

O que hoje acontece é que embora pertencentes aos comboios urbanos do Porto, os concelhos de Braga e Guimarães não dispõem de uma ligação directa entre as duas cidades, tal como não existe entre estas e o concelho de Barcelos.

Há assim uma total desadequação da resposta às necessidades da população que, não obstante a forte relação entre as duas cidades (actividades económicas e Universidade do Minho), se vê privada de poder utilizar este sistema de transporte.

O investimento nos transportes, particularmente na ferrovia, é encarado pelo PCP como uma das prioridades para o desenvolvimento do País, defendendo por isso que importa assegurar essa ligação directa entre Braga e Guimarães de forma a servir as populações e a promover a utilização do transporte ferroviário.