A talhe de foice
Os bandeirinhas
Crónica Internacional
Ainda os refugiados
A crise dos refugiados, de que tanto se tem falado, não começou agora. A novidade que acordou a comunicação social está apenas no facto de essa crise ter chegado à Europa. Para os países devastados pelas guerras imperialistas, e para os seus países limítrofes, a crise existe há já muitos anos. Se há hoje mais refugiados do que em qualquer outro momento desde a II Guerra Mundial (como afirma a ONU), tal deve-se ao facto de que todos os anos cresce a lista dos países destruídos pelas políticas de guerra e rapina dos EUA, da NATO e das potências da União Europeia.
Segundo o Anuário Estatístico de 2010 da agência da ONU para os refugiados (não palestinos) UNHCR, havia no final desse ano cerca de 34 milhões de refugiados e deslocados (fora ou dentro dos países de origem). Dos cerca de 10,5 milhões de refugiados externos, 80% eram acolhidos por países em vias de desenvolvimento e a comunicação social dominante pouco se preocupava com a tragédia. Os dois principais países de origem dos refugiados eram o Afeganistão, vítima da invasão dos EUA em 2001, com três milhões de refugiados no exterior, e o Iraque, vítima em 2003 da guerra de Bush, Blair e Durão Barroso (cujo apoio à guerra lhe terá valido o seu posterior tacho à frente da União Europeia), com 1,7 milhões. Naquela altura, a Síria era o terceiro maior país de acolhimento, depois do Paquistão e do Irão, dando abrigo a mais de um milhão de refugiados. A Líbia, o país que segundo os relatórios do Programa da ONU para o Desenvolvimento (UNDP) tinha em 2010 o maior Índice de Desenvolvimento Humano de África, acolhia então milhares de trabalhadores africanos na sua economia. Síria e Líbia foram entretanto destruídas pelas guerras NATO/EUA/UE. A Líbia tornou-se na maior porta de acesso de refugiados africanos para a Europa, atravessando o Mediterrâneo onde frequentemente encontram a morte. E a Síria, reduzida a escombros pelos bandos ao serviço dos auto-proclamados «amigos da Síria» tornou-se, segundo o Anuário Estatístico de 2013 da UNHCR, o segundo maior país de origem de refugiados, com valores muito próximos do Afeganistão, ambos com 2,5 milhões. Nesse ano, continuavam a ser os países em vias de desenvolvimento a acolher a grande maioria dos refugiados: 86% do total, segundo a UNHCR. E a comunicação social “ocidental” continuava calada.
Hoje fala-se muito do drama dos refugiados sírios que chegam à Europa. Mas quem decidiu intervir militarmente na Síria? Não se pode esquecer títulos como: «Um exército insurgente que alega ter 15 000 homens está a ser coordenado a partir da Turquia [país da NATO] para enfrentar o presidente Assad» (Telegraph, 3.11.11); «A CIA acusada de auxiliar no envio de armas para a oposição síria» (New York Times, 21.6.12); «Navio espião alemão auxilia os rebeldes sírios» (Deutsche Welle, 20.8.12); ou «Estados do Golfo pagam os salários do Exército Sírio Livre» (ABCnews, 1.4.12). E há que estar atentos ao que se pode esconder por detrás do súbito interesse da comunicação social pelo tema dos refugiados. O primeiro-ministro inglês Cameron quer «uma intervenção militar para resolver a crise síria» e um ex-Arcebispo de Cantuária (chefe espiritual da Igreja de Estado em Inglaterra) defende «ataques aéreos e outro tipo de assistência militar para criar enclaves seguros e pontos de abrigo na Síria» (Telegraph, 5.9.15). Ou seja, querem mais guerra para lidar com os estragos provocados pelas suas guerras (ou pelo menos para os manter afastados das terras de Sua Majestade). E um dos maiores patrocinadores dos bandos fundamentalistas que destroem a Síria, o Rei Salman da Arábia Saudita, encontrou-se na semana passada com o Nobel da Paz Obama, para ouvir que «o Pentágono está a ultimar um acordo armamentista no valor de mil milhões de dólares com a Arábia Saudita, para lhe fornecer armas para o seu esforço de guerra contra [???] o Estado Islâmico e o Iémen» (New York Times, 4.9.15). Os pirómanos não descansam.

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