Organizações Regionais

Um País a construir o futuro

Raul Lourenço

Com a Festa a um mês das eleições legislativas, os espaços das organizações regionais não deixaram de sublinhar as consequências destrutivas da política de direita e a necessidade de concretizar uma política patriótica e de esquerda que rompa com o actual rumo de declínio, afirmando os valores de Abril no futuro de Portugal. O espaço de Braga, este ano o primeiro para quem entrava pela porta da Quinta da Princesa, assinalava, com destaque, o 40.º aniversário do assalto ao Centro de Trabalho, num conjunto de painéis com ampla informação escrita e visual e em que se incluía o cartaz, de Arlindo Fagundes, realizado no âmbito da campanha para a aquisição de um novo centro. A bandeira vermelha que nele surgia era depois um motivo reiterado pelo espaço, sempre animado e onde não faltaram iguarias como o bacalhau à Braga e a massa à lavrador. Na parede virada para o Palco Arraial, outro conjunto de painéis sublinhava que, com a CDU, haverá «uma vida melhor», falava de prestação de contas e compromissos para o distrito, mostrava candidatos e apoiantes.

Descendo pela Alameda da Liberdade, aparecia o Alentejo, onde uma extensa parede azul, que nos levava até às bancas de artesanato, exibia painéis a lembrar que «há soluções» e que «é urgente uma política patriótica e de esquerda», dando múltiplos exemplos do que é necessário fazer para pôr fim ao rumo de declínio a que as políticas de direita conduzem a região e afirmando que «com o PCP, com a CDU, o Alentejo tem futuro!». Encarando o espaço a partir da Praça da Paz, via-se um belíssimo conjunto artístico evocativo da terra e do povo alentejanos, composto por um mural e uma estrutura que dele se destacava, a que presidia o lema «Vida. Trabalho. Luta». Ao entrar no espaço, muito animado pelos comensais e os amantes do cante, deparava-se com a estátua de uma camponesa, que assumia natural destaque numa pequena praça ladeada pelos painéis da exposição «Reforma Agrária, Necessidade do Nosso Tempo».

Olhando para o lado oposto da praça, Lisboa apresentava-se com uma estrutura de impressionantes dimensões, uma espécie de enorme pórtico que orientava o olhar para uma chaminé fabril, ao fundo. Num dos lados da entrada, um mapa convidava para o que era uma espécie de exposição a céu aberto: nas paredes cremes e verdes de espaços como a Pastelaria, o Sai Sempre, a Tasca dos Petiscos, o Só Frutas ou o Coleccionador, podia-se ver – bem explicado, pintado, desenhado – 14 zonas temáticas em que se sublinhava as consequências, para o País, da política de direita e se apresentava as propostas do PCP em diversas áreas. Ao fundo, chegava-se a uma enorme praça, onde ficava a chaminé – símbolo da produção, da necessária reindustrialização do País, do futuro – e, no lado oposto, o Café Concerto, com motivos alusivos ao conhecimento científico. Ali, comemorou-se os 40 anos da vitória do Vietname sobre a agressão do imperialismo norte-americano.

O Porto impressionava mais uma vez pela originalidade. Encarando o espaço da DORP pela Praça da Paz, via-se, junto ao restaurante O Tripeiro, uma fachada da Ribeira portuense, onde havia janelas com bandeirinhas do PCP e da CDU e onde sobressaía a inscrição «Preservar o património arquitectónico». Do lado de Gaia surgia, a grande escala, a foto de um barco rabelo. Esta técnica de impressão, disseminada pelas paredes pintadas em verde/azul de mar (oceano) e rio (Douro), dava grande destaque às populações e aos trabalhadores, sempre junto a inscrições também com grande dimensão e força, como «Defender e desenvolver a rede pública de transportes», «Defender a Saúde, a Educação e a Segurança Social», «O distrito a produzir», «Promover as indústrias do mar» ou «Recursos naturais ao serviço do povo e do País».

O espaço da organização de Setúbal ficava logo a seguir, na direcção quem ia para o Palco 25 de Abril. Descendo ao longo da Alameda da Liberdade, vários painéis abordavam os eixos fundamentais das propostas da CDU para o País e o distrito, recordando as suas potencialidades e a necessidade de investir na capacidade produtiva da região. No interior do espaço, onde os comensais, tentados pelo arroz de polvo, o choco frito e o marisco, resistiam às filas, havia, bem equipado e decorado, um Espaço Bebé – à semelhança do que ocorria em Lisboa e no Algarve –, sendo evidente que há cada vez mais condições, na Festa, para todos aqueles que querem levar consigo os seus bebés.

Olhando para o outro lado da Alameda, o espaço de Coimbra cativava o olhar com um belíssimo mural, pleno de dinamismo: sobre fundo avermelhado, o povo do distrito surgia de mãos de dadas e segurando pancartas alusivas a várias reivindicações da região, erguendo-se até que a luta se plasmava no voto – embora, para lá da urna, uma pancarta lembrasse que «a luta continua». No mesmo estilo, um outro mural evocava, nas traseiras, os «70 anos da vitória sobre o nazi-fascismo». No interior do espaço, no lado oposto à bancada do restaurante e da banca de produtos regionais, um painel recordava que a CDU, com a seu «trabalho, honestidade e competência», é a solução para os problemas do distrito.

Em Aveiro, espaço contíguo ao de Coimbra, as ripas brancas, recortadas sobre fundos vermelho e azul, eram um elemento claramente evocativo da Costa Nova, como claros eram – e belos – os desenhos a negro alusivos à arte xávega. Percorrendo a zona dos comensais, via-se, numa das paredes, painéis que recordavam as consequências da política de direita, as lutas do povo do distrito, sempre com a presença do PCP, a necessidade de reforçar o Partido. Para além disso, lembrando que a CDU tem soluções para a região, sublinhava-se a necessidade de recuperar a representação distrital da CDU na AR.

No espaço de Viseu, no lado direito de quem subia a Avenida 1.º de Maio, lembrava-se a importância de lutar contra a desertificação e de promover o efectivo desenvolvimento do distrito. Junto à Taberna Beirã, o transeunte era avisado: «Em Outubro tu decides». Já no espaço do Restaurante da Carne Arouquesa, assumiam destaque painéis com imagens das várias lutas no distrito contra a política de direita, e da 10.ª AOR do PCP, em Maio último. Não menos impressionante era o mural que figurava duas mãos a rasgar uma folha em que estava escrito «Desemprego, exploração, precariedade».

Subindo um pouco mais, surgia o Algarve, anunciado pela torre e, antes mesmo de se entrar no espaço da organização, por um barco pintado a vermelho, negro e amarelo, no qual apareciam uma foice e um martelo, juntamente com a inscrição «A força do povo». Era o prenúncio para um espaço em que o tema do mar e das pescas tinha grande revelo: do azul marinho dominante nas paredes à rede de pesca por baixo do bar, passando pelos diversos motivos pintados (apanha de bivalves, farol, pescadores num barco a puxar uma enorme rede). Perto do bar, vários painéis recordavam que o PCP é um partido necessário e insubstituível ou que o Algarve está em luta contra a exploração e o empobrecimento.  

Ao lado do Algarve ficava Bragança, em cuja torre surgiam, desenhados a negro, um mapa com os concelhos do distrito, pauliteiros de Miranda e um fumeiro. Passando a zona de bulício de quem se interessava pelos reco-recos, os caretos e as castanholas ou fazia fila para a Posta Mirandesa e a Feijoada à Transmontana, um conjunto de painéis lembrava a necessidade de apostar na «produção nacional e no desenvolvimento económico», bem como a importância do investimento público, da coesão territorial, do desenvolvimento regional e do combate às desigualdades.

Lá quase no alto da Festa, Vila Real voltava a mostrar um belíssimo mural, desta vez alusivo às Terras de Barroso (Montalegre). Do lado do bar, apresentava-se soluções para um distrito com futuro; do lado do restaurante, lembrava-se que a «CDU é uma voz útil e necessária na AR, em defesa da população». Por cima do espaço da restauração, diversas imagens evocavam a luta e a actividade do Partido no distrito.

Dos Açores, ali quase ao lado, chegavam iguarias tradicionais, como a morcela com ananás ou o polvo à açoriana, mas também havia novidades. Entre elas, as diversas tábuas a indicar a distância do alto da Atalaia para cada uma das ilhas e os vários quadros emoldurados a negro. Em todos se lia, no topo, «Soluções para uma região com futuro!», e depois havia variações: «Pescas e Mar», acompanhada pelo desenho de uma traineira no mar; «Agricultura», acompanhada por uma simpática cabeça de vaca; e «Direito à mobilidade dos açorianos», por cima de um avião.

Começando a descer a avenida em direcção ao Palco 25 de Abril, chegava-se a Viana do Castelo, que impressionava pelo colorido das suas paredes, pela figuração de motivos minhotos repleta de força e movimento. A acompanhar a zona do bar e da restauração, notava-se um outro padrão, em barras, o da listagem das saias de Viana. No interior do espaço, chamava-se a atenção para as iniciativas do Partido a nível distrital; a luta de massas, com destaque para o movimento sindical; os candidatos da Coligação pelo distrito e as propostas que a CDU representa para a região.

Em Castelo Branco e Guarda, logo abaixo, não faltava gente junto à Taberna Regional e à banca com produtos regionais. Percorrendo o espaço, encontrava-se múltiplas reproduções pictóricas de desenhos de Álvaro Cunhal, por vezes acompanhadas de citações, como «Transformar o sonho em vida» e «Nas nossas mãos o destino das nossas vidas», que os visitantes podiam apreciar enquanto comiam maranhos ou bacalhau à assis. Também aqui se recordava a acção da CDU e dos seus candidatos junto das populações, as lutas nestes distritos, bem como os recursos e as potencialidades que apresentam.

A Madeira ficava ao lado do interior beirão, e, como é costume, as filas para o pré-pagamento na casa típica de Santana eram sinónimo da saída que tinham o bolo do caco, a espetada e a poncha. Percorrendo o espaço, era possível ver uma exposição sobre o «bombismo terrorista na ilha da Madeira» entre 1975 e 1978. Numa outra parede, havia a preocupação, muito didáctica, de indicar que o voto na CDU se faz colocando «a cruz no quadrado ao lado da foice e do martelo com o girassol». Numa parede exterior, havia uma outra exposição, fotográfica, da autoria de David Francisco, sobre estruturas escavadas na rocha na Madeira.

Na esquina entre a Avenida 1.º de Maio e o Palco 25 de Abril, o espaço de Santarém, onde o azul-marinho era dominante, sublinhava, sobre a zona do bar e da doçaria: «Soluções para um Portugal com futuro». Num dos cantos, era possível saber mais sobre a região da Lezíria do Tejo, antes de se seguir para a zona das comidas, repleta, da Tasquinha do Ribatejo, onde se servia a habitual sopa da pedra, o pica-pau de touro bravo e o naco de touro bravo.

Seguindo para Leiria, lia-se, a vermelho: «Democracia e socialismo. Os valores de Abril no futuro de Portugal». Já na parede virada para o Palco 25 de Abril, vários painéis reproduziam, fotograficamente, partes do conjunto escultórico de Joaquim Correia que, na Marinha Grande, evoca a revolta de 18 de Janeiro de 1934. Por cima, ainda a vermelho, a inscrição: «Com o PCP, com a força do povo construir a alternativa». Percorrendo o espaço pelo seu interior, deparava-se com um mural que evocava a fuga de Peniche e com painéis que recordavam a luta dos trabalhadores e das populações do distrito. As pescas estavam ali em destaque, assim como num mural junto à loja do vidro.




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