Vida ao serviço do povo e do País
Álvaro Cunhal foi militante e dirigente comunista, Secretário-geral do Partido Comunista Português, com uma vida inteiramente dedicada à luta pela liberdade, pela democracia e pelo socialismo.
Revelou qualidades invulgares. Dedicou-as à defesa dos interesses e à causa emancipadora dos trabalhadores e desfavorecidos, mesmo sabendo que isso significava enormes sacrifícios e custos pessoais (privações, vida clandestina, perseguições, prisão, tortura, julgamentos, isolamento), que enfrentou sempre com uma tenacidade, abnegação e coragem raras.
Ao longo de 74 anos, lutou nas mais diversas situações. Durante o fascismo, na dura vida clandestina e nas prisões. Em liberdade, após o 25 de Abril, cumprindo as tarefas que o Partido lhe confiava, nomeadamente, na organização e reforço partidário, na dinamização e acção de massas, na unidade das forcas democráticas, no exercício dos cargos de ministro sem pasta de quatro governos provisórios, deputado e membro do Conselho de Estado.
Homem simples e muito humano, manifestou sempre respeito e consideração pelos outros. Sabia ouvir e gostava do convívio informal com os trabalhadores. Rejeitou qualquer tratamento diferenciado, pautando o seu padrão de vida pelo dos restantes funcionários do Partido. A sua vida patenteia uma concepção da actividade política como prática para servir o Povo e o País e não para acumular vantagens e privilégios pessoais. A sua vida, pensamento e luta são um exemplo que se projecta na actualidade e no futuro ao serviço dos trabalhadores, do povo e da pátria, pela democracia, o socialismo e o comunismo.