Auditório 1.º de Maio

Concertos para todos os gostos

Anabela Fino
Isabel Araújo Branco
Miguel Inácio

O diversificado programa do Auditório 1.º de Maio cumpriu uma vez mais a sua já estabelecida tradição de oferecer aos visitantes da Festa concertos para todos os gostos, em que o denominador comum é a qualidade. Entre nacionais e estrangeiros vindos dos mais distintos pontos do mundo, nomes consagrados ou artistas a dar os primeiros passos cantaram, tocaram e encantaram.
O que têm em comum André Cabaço, Eneida Marta e os Tabanka Jazz? A resposta é simples para quem assistiu ao grande espectáculo de música de raízes africanas que aconteceu, sexta-feira, no Auditório 1.º de Maio. Um dia, neste caso uma parte da noite, que ficou marcado pela intensa chuva que se abateu por todo o País, mas que não conseguiu demover, nem por um segundo, homens, mulheres e jovens, militantes e amigos do PCP, de comemorar a Festa de Abril, da solidariedade, do amor, da alegria, da fraternidade e da luta.
A programação deste espaço, junto ao Lago da Quinta da Atalaia, iniciou-se com André Ca­baço, que nos levou numa viagem pela música moçambicana indo ao encontro de sons de outros países de origem africana. Um concerto com uma forte componente percussionista, onde os ritmos, as canções, as melodias, os instrumentos, levaram milhares de pessoas a não arredar pé daquele espaço. Aos sons mais tradicionais e populares juntaram-se ainda outros estilos musicais como o funk e o jazz.
A noite seguiu com a actuação de Eneida Marta. «É um prazer poder estar aqui», disse a cantora de Guiné-Bissau, que apresentou ao público da Atalaia uma grande variedade de estilos que passaram do gospel até à morna. A mistura destes sons, ritmos e movimentos, fez com que a espontaneidade e sensualidade dos corpos marcassem passo certo ao som da música africana.
Já sem chuva, subiram ao palco, dispensando apresentações, os Ta­banka Djazz. A sua actuação ficou, de igual forma, marcada pela envolvência rítmica das suas músicas, inebriantes, com influência nos sons guinienses, nomeadamente o gumbe. «Estamos muito contentes de poder estar nesta Festa que sempre apoiou a música estrangeira», valorizaram os músicos, apresentando um espectáculo contagiante, de grande qualidade. O ponto alto foi mesmo quando duas bailarinas, vestidas com trajes tradicionais da Guiné-Bissau, dançaram «coloridas» coreografias, verdadeira expressão artística daquele povo. O público acompanhava à sua maneira dançando bem «agarradinho», numa harmonia total.

Muito ritmo e muita dança

Os espectáculos de sábado no Auditório começaram da melhor maneira, com os portugueses Ska­li­bans, num início de tarde com sons ligados ao reggae e ao ska. O bom ambiente continuou com os Fado Morse, banda que apresenta uma mistura heterogénea de estilos musicais. O resultado foi excelente e a receptividade do público ainda melhor: muito ritmo e muita dança no relvado em frente ao palco, com ancas a rodar e pés no ar. Ska, ku­duro, hip hop, reggae e principalmente muito boa disposição convenceram todos os que assistiram ao concerto, com o público a cantar em coro letras que, em muitos casos, ouviam pela primeira vez.
Os Na­ve­gante apresentaram um dos melhores espectáculos da Atalaia deste ano, aguardado pelas muitas pessoas que encheram o Auditório ainda antes do seu início. Foi a grande festa da música, em particular da música tradicional portuguesa, longe de saudosismos, mostrando que está bem viva e de boa saúde. Os convidados especiais primaram pela qualidade e criatividade, conjugando a sua musicalidade própria com o som dos Navegante: Amélia Muge, Rui Júnior, João Afonso e os italianos Ttukwnak e Mimo Epifani.
As Tu­canas repetiram o sucesso do seu espectáculo de há alguns anos naquele palco, apesar de alguns problemas de som. A banda, constituída por cinco mulheres, desenvolveu um espantoso trabalho de grupo, com grande harmonia vocal e instrumental, num jogo constante de ritmos, sonoridades, coreografias e instrumentos musicais. O público, naturalmente, delirou.
Ao cair da tarde, outros tipos de música encheram o espaço, primeiro com Krissy Mathews, um jovem prodígio da guitarra eléctrica com apenas 16 anos. Impressionante foi a energia em palco da sua banda a Blues Band e o swing que transportou para uma plateia entusiasta e entusiasmada, que só parava de dançar entre as canções.
Seguiu-se o norte-americano Chad Dughi. Acompanhado apenas por um contrabaixo, encheu o palco com a sua voz e a sua viola, evocando os sons tradicionais do Sul dos Estados Unidos, as suas paisagens e as suas vivências.
Com um som cada vez mais internacional, os Te­lectu, grupo formado por Jorge Lima Barreto e Vitor Rua, convidaram este ano para os acompanhar na Festa os músicos Jonas Runa e Steve Noble, abrindo novos caminhos na senda da música improvisada que cativa cada vez mais adeptos.
A noite já tinha tomado conta do Auditório quando subiu ao palco o Quar­teto de Júlio Re­sende, um nome que se vem afirmando na cena do jazz nacional. O espectáculo foi uma oportunidade para dar a conhecer o primeiro álbum do grupo, «dAlma», onde o piano de Resende contracena com o saxofone de José Pedro Coelho, o contrabaixo de João Custódio e a bateria de João Rijo. Uma experiência votada ao sucesso, que os amantes do género bem apreciaram.
Mais intimista, desafiando ruídos de fundo sempre presentes no cenário multidisciplinar que caracteriza a Festa, Pedro Jóia tomou depois conta do palco com a sua guitarra clássica, interpretando obras compostas por Armandinho para a guitarra portuguesa. Perante um público heterogéneo, dividido entre os que, à esquerda, persistiam em ficar de pé, e os que, à direita, se acomodavam no chão para melhor curtir a música, o guitarrista português brindou depois a assistência com uma homenagem a Carlos Paredes, da sua autoria, e um percurso por composições de Vicente Amigo e Paco de Lucia, acompanhado pelo percussionista Quine. Um verdadeiro bálsamo para os ouvidos e para o espírito.
A noite terminou com o Auditório a revelar-se demasiado exíguo para acolher os admiradores de Ca­mané, o artista que traz o Fado na voz e no coração. A magia tomou conta do recinto, com a poesia e a música a tecer teias de encantamento e emoção, mas sem nunca resvalar da sobriedade e rigor que são timbre do jovem fadista. Temas inéditos andaram a par outros bem conhecidos para tudo se acabar numa apoteose que perdurou para além do acender das luzes. A noite ficou mais quente com o calor que Camané e músicos souberam – mais uma vez – transmitir a uma plateia que não regateou aplausos ao Fado que tão profundamente nos fala em português.

Isto faz bem à alma

No domingo, retemperadas as forças com o almoço e com o Sol a brilhar num céu sem nuvens, a espiritualidade e alegria do Faith Gospel Choir contagiou um auditório que vibrou ao som dos clássicos da música gospel e dos espirituais negros. Happy Days foi a canção entoada em coro, como um hino à paz e ao amor. As vozes continuaram afinadas e pés bem predispostos para a dança quando o cenário mudou para dar espaço à banda UM, que trouxe do Porto os ritmos do acordeão e do did­ge­ridoo, do ta­rang e da flauta, morharpa e bou­zouki, à mistura com percussões, contrabaixo, violino e violoncelo, numa alegria contagiante.
A tarde prosseguiu com o ritmo bem colorido da formação Xaile, onde pontificam as promissoras Mília, Maria e Bia, cantoras e instrumentistas, que com Rui Filipe e Johnny Galvão não tiveram qualquer dificuldade em pôr o público a dançar. Revelando a popularidade que o grupo já granjeou com o seu ecléctico reportório – onde a música tradicional portuguesa se alia às sonoridades do hi-pop ou do funk – o público exigiu «só mais uma» antes de rumar ao comício no palco 25 de Abril.
A noite terminou em grande para os amantes do jazz. O guitarrista André Fer­nandes juntou-se com Mário La­ginha, Nelson Cas­cais e Ale­xandre Frazão – o quarteto que deu vida ao álbum Cubo – para um espectáculo inesquecível, a confirmar que o novo jazz português está bem e recomenda-se, e que não falta público para o apreciar. Soube a pouco, como todas as coisas que enchem as medidas. «Isto faz bem à alma», comentava alguém à saída, numa síntese feliz.
Para fechar com chave de ouro, nada melhor do que o David Binney Quin­teto, com o seu convidado especial Mark Turner. O proeminente saxofonista, natural da Florida mas radicado em Nova Iorque desde os 19 anos, mostrou na Festa quão merecidas são as distinções que tem recebido nos EUA. Acompanhado por Jacob Sacks (piano), Thomas Morgan (contrabaixo) e Dan Weiss (bateria), o espectáculo de Binney proporcionou ao público momentos inesquecíveis pela harmonia e elevada qualidade. Até apetece dizer «a não perder», mas agora já é tarde. O privilégio foi dos que marcaram presença no Auditório 1.º de Maio.


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