Inverter o rumo de desastre e defender a produção nacional
Em Alpiarça, João Oliveira apelou ao voto na CDU para defender a produção nacional, «uma questão estratégica» para o País e factor de desenvolvimento, criação e qualificação de emprego, salvaguardando o ambiente e a soberania nacional.
«Precisamos de pôr Portugal a produzir!»
«Mais apoios para a Agricultura Familiar», lia-se numa faixa colocada no recinto do Clube Desportivo «Os Águias», em Alpiarça, onde estiveram centenas de pessoas. «Não passam mais», cantaram todos durante o momento cultural protagonizado por Pedro Salvador, que, entre outros temas, interpretou o «Fado do Campo Grande».
A primeira a intervir foi a candidataGisela Matias, que alertou para a falta de médicos de família na região, sem esquecer a necessidade da conclusão do IC3 e das pontes de Constância e da Chamusca. João Madeira Lopes, da Associação Intervenção Democrática (ID),apelou ao voto na CDU para cumprir «Abril», e Mariana Silva, candidata e do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), reclamou um maior investimento na ferrovia, «para que [o distrito de] Santarém não fique a ver passar os comboios». A dirigente exigiu também políticas públicas para a habitação.
Na sessão estiveram também presentes Rui Fernandes, Octávio Augusto, ambos da Comissão Política, e Diogo D’Avila, do Comité Central do PCP, entre outros.
No final, João Oliveira considerou imperioso «dar resposta» às necessidades do povo através de um pacto pelo «progresso e emprego», aproveitando as «capacidades» e «recursos» do País. «Nenhum país se pode considerar desenvolvido se não tiver uma política de pleno emprego», salientou, avançando com outras ideias, como a diversificação da actividade produtiva, não colocando «os ovos todos no mesmo cesto», a substituição das importações por produção nacional, avançar com a reindustrialização, desenvolver a ciência e a tecnologia.
«A força que cada um der à CDU vale cá [em Portugal] e no PE para defender os seus direitos, aumentar salários e pensões, investir na saúde, habitação, educação, garantir a protecção social, através de sistema de Segurança Social público, universal e solidário, que sirva todas as gerações, sem gerar conflitos entre avós e netos, como alguns procuram fazer». «Que ninguém falte com o seu voto para defender a produção nacional» e «a criação de riqueza a partir das nossas capacidades produtivas e dos nossos recursos», reforçou.
Naquela terra de grandes lutadores pela liberdade, o comício terminou em clima de grande confiança, com a «Grândola Vila Morena». «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais», clamaram os participantes, antes de «A Portuguesa». Já fora da sessão, a «Carvalhesa» deu um cheirinho do que vai ser a próxima edição da Festa do Avante!.