Só há desenvolvimento se as crianças forem felizes
A campanha da CDU centrou-se, dia 1, nos direitos das crianças. No dia mundial que lhes é consagrado, as crianças estiveram no centro das atenções – e não apenas dos discursos. Um insuflável, jogos e brinquedos, pinturas faciais e desenhos, pipocas e outras brincadeiras estavam à disposição dos mais pequenos na iniciativa promovida pela CDU em Vila Franca de Xira.
Foi aí que os candidatos João Oliveira, Sandra Pereira e Mariana Silva passaram a manhã e puderam ver as crianças a exercer aqueles que são direitos fundamentais e com múltiplas vantagens para o seu desenvolvimento integral: o direito a brincar e a ter tempo de qualidade com os seus pais e amigos. A estes acrescentaram os direitos à cultura, ao desporto, aos tempos livres, a uma habitação condigna. «Só há crianças com direitos se os seus pais os tiverem», acrescentou o primeiro candidato.
Como falar de crianças não é falar só de futuro, mas também – e sobretudo – de presente, insistiu-se na necessidade de garantir agora os direitos das crianças e dos seus pais: o aumento dos salários, o combate à precariedade e à desregulação dos horários, o controlo e redução dos valores de rendas e prestações bancárias dos créditos à habitação. Mas também os direitos a brincar, à protecção contra a violência, à educação, saúde, cultura e desporto e – importante, nestes tempos – o direito à paz.
Esta é a visão da CDU, patente num relatório elaborado por Sandra Pereira recentemente aprovado, e tão mais importante quando um quarto das crianças e jovens na União Europeia estão em risco de pobreza.
À tarde, no grande comício de Lisboa (ver páginas 4 e 5), Paulo Raimundo reafirmou e desenvolveu muitas destas questões: «As crianças não precisam de continuar fechadas na creche e na escola 10 horas por dia, nem imóveis a olhar para ecrãs semana atrás de semana. Precisam de brincar e brincar muito, de dormir e de comer bem, de conviver com a família e os amigos, de ter direito ao espaço público e à natureza.»