A luta é o caminho
Os comunistas do sector ferroviário de Lisboa alertam para os prejuízos para os trabalhadores e para o País decorrentes da «venda» da CP Carga. Em comunicado distribuído paralelamente à festa da passagem da CP Carga para a MSC, ocorrida segunda-feira, 16, no Museu da Electricidade, em Lisboa, o PCP sublinha que as contas da empresa pública relativas a 2015 confirmam o que o Partido e as ORT não se cansaram de denunciar: da alienação resulta uma perda de mais de 85 milhões de euros. Ou seja, tratou-se «de uma transferência de recursos públicos para uma multinacional que agora naturalmente faz a festa e até deve ter umas prendas para distribuir», nota-se no comunicado.
A célula do PCP lamenta que «todas as autoridades do País» tenham feito orelhas moucas às críticas a este ruinoso processo, «quando o que se impunha era evitar mais este crime», e adverte que a multinacional suíça prepara já a ofensiva aos direitos e rendimentos dos trabalhadores, apelando, por isso, aos ferroviários para que continuem como até aqui a «construir a unidade e luta necessárias para travar estes ímpetos exploradores».
«Hoje, a multinacional faz a festa que o povo português já pagou e vai continuar a pagar». E «em nome dos que pagam a festa, o PCP quer recordar uma verdade essencial: a renacionalização da CP Carga é uma inevitabilidade, no quadro da construção de um Portugal livre e soberano», conclui-se no documento.
Também na segunda-feira, 16, as células do PCP do sector do táxi iniciaram a distribuição de um comunicado sobre a situação naquela actividade profissional. Mais concretamente sublinhando a necessidade de dar vivo combate à desregulamentação e liberalização do sector, imposta através da concorrência desleal (da multinacional norte-americana UBER e dos tuk-tuk) e da promoção da precariedade e dos baixos salários.
«O Governo tem de passar das palavras aos actos», lembra-se no texto em que se defende, para além da tomada de medidas por parte do executivo PS, a «implementação de um contrato colectivo que proteja todos os trabalhadores do sector da sobre-exploração».