A integração da Quinta do Cabo na Festa do Avante! terá reflexos em todas as áreas da maior iniciativa político-cultural nacional. No Espaço Internacional isso vai ser visível, adiantaram Maurício Miguel e Cristina Cardoso ao Avante!.

Desde logo porque o Avanteatro, que até aqui se situava ao lado do Espaço Internacional, passa para o novo terreno adquirido pelo PCP, deixando livres muitos metros quadrados bem no cimo da Quinta da Atalaia. Para o local onde ficava o Avanteatro desloca-se o Palco Solidariedade, que até aqui se encontrava paredes-meias com os pavilhões de organizações e partidos estrangeiros, dominando a zona central do Espaço Internacional.

Não quer isto dizer que o Palco Solidariedade deixa de acolher iniciativas políticas ficando em exclusivo para as expressões artísticas. Momentos de solidariedade vão continuar a suceder naquele espaço, disseram aqueles membros da Secção Internacional.

As ideias que presidem à alteração do local do Palco Solidariedade, são, por um lado, criar melhor condições para os que assistem aos espectáculos, e, por outro, desafogar quer a circulação no Espaço Internacional quer os pavilhões dos partidos estrangeiros e das organização presentes.

Pretende-se, e isto é uma novidade significativa, que no espaço que até agora era ocupado pelo Palco Solidariedade, fique o novo espaço para debates. Contíguos ficam além do mais os módulos que acolhem a exposição, a qual resultará mais visível.

O «gomo» central do Espaço Internacional não perde, porém, parte da identidade e importância que sempre teve, adverte Maurício Miguel. Pelo contrário, o espaço para debates será projectado não apenas para poder acolher entre oito a dez iniciativas temáticas, mas também para permitir que nestas exista maior proximidade e diálogo entre os visitantes e os convidados para as sessões. Tudo sem que, para mais, se crie qualquer barreira com as zonas de esplanada circundantes, as quais são para ampliar.

Mais e melhor

Estas mudanças e novidades (que se farão sentir igualmente ao nível da remodelação das entradas e saídas) repercutem-se fortemente na vivência do Espaço Internacional, nota Cristina Cardoso, para quem, na verdade, o que sucederá é a renovação da dinâmica daquele.

Neste sentido, objectivos há muito almejados mas sempre condicionados pela exiguidade e disposição do Espaço Internacional – tais como a aproximação dos pavilhões dos partidos e organizações presentes aos visitantes, o alargamento e melhoramento das zonas de descanso e convívio, a valorização e reforço do conteúdo político específico de cada pavilhão e do Espaço Internacional em geral, a promoção da interacção entre membros de partidos estrangeiros e visitantes, ou a melhor projecção dos murais e da decoração, bem como o seu aprimoramento – vão agora poder concretizar-se.

Quanto a conteúdos centrais, partidos presentes e programação do Espaço Internacional, ainda é prematuro avançar com certezas, relataram Maurício Miguel e Cristina Cardoso. Garantido é que o número de partidos estrangeiros com pavilhão próprio vai este ano aumentar, confirmando a Festa do Avante! como um relevante acontecimento na actividade internacional do PCP e de outros partidos comunistas e operários; que a rearrumação do Espaço Internacional e os respectivos efeitos terá consequências no programa das delegações estrangeiras, sendo desejável que estas possam estar mais presentes e próximas dos visitantes no Espaço Internacional divulgando e debatendo as suas experiências e lutas.

O lema do Espaço Internacional andará em torno da valorização da solidariedade manifestada, ontem como hoje, pelo PCP para com a luta dos povos, e em particular a sua materialização ao longo destas 40 Festas.