Organizar e lutar
A XII Assembleia da Organização Concelhia de Almada do PCP, em que participaram 263 delegados, realizou-se no sábado, 14, no Grande Auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia, no Monte da Caparica. Os trabalhos culminaram um intenso processo preparatório em que ocorreram 28 assembleias de discussão do documento central e de eleição dos delegados.
Na AOC de Almada, que contou com a presença de José Capucho, do Secretariado do Comité Central, e de Margarida Botelho da Comissão Política, assim como de muitos convidados, militantes e amigos do Partido, foi eleita a nova Comissão Concelhia, constituída por 51 elementos com uma média etária de 48 anos.
Cerca de 35 por cento dos membros da Comissão Concelhia foram eleitos pela primeira vez, tendo sido mantida uma maioria (57 por cento) de operários e empregados na composição do organismo dirigente.
A Assembleia traçou as linhas orientadoras para os próximos quatro anos, de que se salienta o recrutamento, o aumento da quotização, fundos e a independência financeira, o incremento da venda da imprensa do partido, o reforço orgânico, a formação político-ideológica, o reforço das estruturas dos trabalhadores e do movimentos unitários, o desenvolvimento da luta de massas.
A análise da acção desenvolvida pelo PCP, das dificuldades mas também dos avanços e das potencialidades para dar resposta aos desafios que se colocam, foram uma constante das 40 intervenções dos delegados, que sublinharam, entre outros aspectos, o facto de entre a XI e a XII AOCA terem sido criados organismos como a Coordenadora da Cultura e Associativismo, a Célula dos Trabalhadores da Cultura e Célula dos Reformados e Pensionistas de Almada; recrutados 128 novos militantes; dinamizados os Boletins de Organização; retomada, após 20 anos de interregno, a Festa da Amizade.
Lugar de destaque teve também a análise da situação social e política, tendo-se salientado, em particular, o aumento do desemprego, a precariedade laboral, o ataque aos salários, reformas e pensões, a destruição dos serviços públicos e do aparelho produtivo, a redução de direitos e o ataque às funções sociais do Estado, o desinvestimento na educação e na cultura.
A situação não é ainda mais calamitosa, sublinhou-se nas intervenções, porque o PCP em Almada é reconhecido pelo seu trabalho honesto e competente, o que se traduz no facto de o Partido estar na direcção do poder local há 42 anos, defendendo as populações e os trabalhadores.