Encontro com trabalhadores da Hubert Tricot

PCP contra degradação dos salários

O PCP vai apresentar um projecto de resolução que aponta para a fixação do valor do salário mínimo nacional, no início de 2008, em, pelo menos, 426,5 euros.

Os lucros dos grupos económicos sobem todos os anos

«Contrariamente ao que algumas tese pretendem afirmar, a baixa remuneração da generalidade dos trabalhadores portugueses, dos quais se destacam os que auferem o salário mínimo nacional (SMN), não resulta da incapacidade e da fraca qualificação, mas sim, de um modelo produtivo baseado nos baixos salários e na elevada precariedade laboral», acusou, terça-feira, em Santa Maria da Feira, o secretário-geral do PCP, após um encontro com os trabalhadores da Hubert Tricot.
Jerónimo de Sousa sublinhou ainda que a degradação dos salários e os baixos salários, juntamente com o desemprego e a precariedade laboral, as reduzidas pensões de reforma e os baixos níveis de protecção social, são as principais causas do aumento das desigualdades e da pobreza em Portugal.
«Em 2006, o aumento das remunerações de todos os trabalhadores (2,7 por cento) ficou aquém da taxa de inflação oficial que foi de 3,1 por cento, o que determinou uma redução generalizada do poder de compra no nosso País», recordou, comparando: «No ano de 2005, os rendimentos dos 20 por cento mais ricos da população foram oito vezes superiores aos rendimentos dos 20 por cento mais pobres».
Também os lucros dos grupos económicos e financeiros sobem todos os anos. Em 2006 os cinco principais bancos nacionais, juntamente com a EDP, a PT, a GALP e a SONAE tiveram 5,3 milhões de euros de lucro.
«A política dos últimos governos traduziu-se na diminuição da capacidade aquisitiva dos trabalhadores que auferem o SMN, designadamente pela continuada utilização de previsões fictícias dos valores da inflação sempre ultrapassadas pela realidade», acusou o secretário-geral do PCP, salientando que, de acordo com o Eurostat, o SMN, medido em paridades de poder de compra, «teve uma quebra acumulada de 3,8 por cento entre 2002 e 2006».
Joana Catarina, trabalhadora na empresa e dirigente do Sindicato Têxtil de Aveiro, destacou, após a intervenção de Jerónimo de Sousa, as dificuldades que se enfrentam quando se vive com cerca de 400 euros. «Para a renda da casa vão 300 euros, para a água 15 euros, para a electricidade 75 euros, para o gás 20 euros. Assim se vai o nosso salário. Para o resto, carro, electrodomésticos, temos que recorrer ao salário do marido», afirmou, interrogando: «E quando um de nós ou os dois ficam no desemprego?».


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