na VI Assembleia da ORL
«Combater a descrença e o fatalismo»
Jerónimo de Sousa está confiante na possibilidade de outro caminho e outras soluções para o País. Encerrando a VI Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, o secretário-geral comunista reafirmou o empenhamento do Partido na construção de uma nova política democrática e de esquerda que tenha por objectivo central a «elevação da qualidade de vida dos portugueses e o desenvolvimento sustentado e equilibrado do País».
Para Jerónimo de Sousa, a construção deste caminho tem que contar com o «indispensável e insubstituível contributo do PCP e da sua política de inquebrantável compromisso com o desenvolvimento do País e com os interesses dos trabalhadores e do povo». Mas, alertou, para poder desempenhar este papel, é necessário «um Partido mais forte», que dê combate ao fatalismo e à descrença. Jerónimo de Sousa considerou ainda ser fundamental um Partido «confiante que dê confiança aos trabalhadores e ao povo, lembrando-lhes que se quiserem, e quando quiserem, podem mudar isto para melhor e assumir serem protagonistas do seu porvir colectivo».
Lutar para construir o futuro de todos
Ao contrário do que o Governo e os grupos económicos pretendem fazer crer – com recurso a «doses maciças de propaganda e demagogia, a par da chantagem e da ameaça» – os trabalhadores e o povo não se resignam a aceitar a política de ataque aos seus direitos, afirmou o secretário-geral do PCP. Pelo contrário, assumiu, «defendendo os seus interesses e direitos e resistindo à ofensiva do Governo e dos grupos económicos e financeiros», os trabalhadores de vários sectores «têm desenvolvido uma importante movimentação de massas».
Entre aqueles que estão em luta, o dirigente do PCP destacou os trabalhadores da Administração Pública, do Metro, dos CTT, da PT e da EMEF, bem como os estudantes e outras camadas sociais. Todos estes, referiu, fazem de cada processo de luta um «acto de construção de um futuro de desenvolvimento e de justiça social a que aspiram para Portugal». Em seguida, Jerónimo de Sousa apelou aos trabalhadores para que «continuem a usar os seus direitos constitucionais na luta pelas suas causas», apelando à participação na Manifestação Nacional do próximo sábado, dia 25, com concentração no Cais do Sodré e desfile até ao Rossio.
«Esquerda» é mais que uma palavra…
O secretário-geral do PCP criticou a acção governativa do actual Executivo, cuja principal característica é, denunciou, a sua «profunda identificação, pela natureza e conteúdo da sua política, com os principais objectivos do grande capital e de confluência em áreas fundamentais com os partidos da direita». Para Jerónimo de Sousa, esta acção tem-se traduzido numa «ofensiva alargada a todos os sectores da vida nacional e a todas as funções do Estado».
Nesta ofensiva, denunciou, o Governo é apoiado pelos «mais poderosos círculos do bloco central de interesses». Para Jerónimo de Sousa, a ofensiva assenta numa «efectiva e concertada acção entre o PS e a direita com o cada vez mais claro patrocínio da Presidência da República», encoberta por detrás do chamado «compromisso estratégico». A entrevista de Cavaco Silva a uma estação de televisão, na passada semana, terá tirado quaisquer dúvidas que pudessem ainda permanecer relativamente à verdadeira natureza do «compromisso estratégico», realçou.
Para o secretário-geral do PCP, não basta que o primeiro-ministro afirme que o seu governo e a sua política são de esquerda. É necessário que este explique porque é que têm o «declarado apoio e incentivo do mais destacado líder da direita dos últimos anos», o actual Presidente da República. Jerónimo de Sousa pretende que José Sócrates explique também porque é que as bandeiras da direita contra a Administração Pública e os seus trabalhadores são também as do seu Governo. Para o dirigente comunista, não basta dizer que se é de esquerda. Há que explicar, então, porque é que o Governo aplica as orientações neoliberais e monetaristas do Pacto de Estabilidade e porque é que aprova um Orçamento de Estado que vem agravar e penalizar ainda mais os rendimentos do trabalho e das reformas.
Orçamento de regressão social
O Orçamento de Estado, acusou Jerónimo de Sousa, não é «socialista» mas sim um instrumento de regressão social que «agrava a injusta distribuição do rendimento nacional pela tripla via da penalização salarial, do aumento da carga fiscal do trabalho e do agravamento dos custos dos bens e serviços essenciais das populações». Este é, denunciou o dirigente do PCP, «mais um orçamento em que todos perdem, todos menos a banca e o grande capital económico e financeiro».
O ano de 2007, afirmou, será mais um ano de «garantidos benefícios fiscais e mais um ano de pagamento do IRC a preço de saldo». As baixas taxas efectivas de IRC garantiram, só em 2006, 1 500 milhões de euros não pagos.
Este é também o Orçamento que fornece ao grande capital mais um «apetecível novo pacote de privatizações do capital da TAP, da ANA, da REN ou da EDP», acusou o dirigente comunista.
Lutar para construir o futuro de todos
Ao contrário do que o Governo e os grupos económicos pretendem fazer crer – com recurso a «doses maciças de propaganda e demagogia, a par da chantagem e da ameaça» – os trabalhadores e o povo não se resignam a aceitar a política de ataque aos seus direitos, afirmou o secretário-geral do PCP. Pelo contrário, assumiu, «defendendo os seus interesses e direitos e resistindo à ofensiva do Governo e dos grupos económicos e financeiros», os trabalhadores de vários sectores «têm desenvolvido uma importante movimentação de massas».
Entre aqueles que estão em luta, o dirigente do PCP destacou os trabalhadores da Administração Pública, do Metro, dos CTT, da PT e da EMEF, bem como os estudantes e outras camadas sociais. Todos estes, referiu, fazem de cada processo de luta um «acto de construção de um futuro de desenvolvimento e de justiça social a que aspiram para Portugal». Em seguida, Jerónimo de Sousa apelou aos trabalhadores para que «continuem a usar os seus direitos constitucionais na luta pelas suas causas», apelando à participação na Manifestação Nacional do próximo sábado, dia 25, com concentração no Cais do Sodré e desfile até ao Rossio.
«Esquerda» é mais que uma palavra…
O secretário-geral do PCP criticou a acção governativa do actual Executivo, cuja principal característica é, denunciou, a sua «profunda identificação, pela natureza e conteúdo da sua política, com os principais objectivos do grande capital e de confluência em áreas fundamentais com os partidos da direita». Para Jerónimo de Sousa, esta acção tem-se traduzido numa «ofensiva alargada a todos os sectores da vida nacional e a todas as funções do Estado».
Nesta ofensiva, denunciou, o Governo é apoiado pelos «mais poderosos círculos do bloco central de interesses». Para Jerónimo de Sousa, a ofensiva assenta numa «efectiva e concertada acção entre o PS e a direita com o cada vez mais claro patrocínio da Presidência da República», encoberta por detrás do chamado «compromisso estratégico». A entrevista de Cavaco Silva a uma estação de televisão, na passada semana, terá tirado quaisquer dúvidas que pudessem ainda permanecer relativamente à verdadeira natureza do «compromisso estratégico», realçou.
Para o secretário-geral do PCP, não basta que o primeiro-ministro afirme que o seu governo e a sua política são de esquerda. É necessário que este explique porque é que têm o «declarado apoio e incentivo do mais destacado líder da direita dos últimos anos», o actual Presidente da República. Jerónimo de Sousa pretende que José Sócrates explique também porque é que as bandeiras da direita contra a Administração Pública e os seus trabalhadores são também as do seu Governo. Para o dirigente comunista, não basta dizer que se é de esquerda. Há que explicar, então, porque é que o Governo aplica as orientações neoliberais e monetaristas do Pacto de Estabilidade e porque é que aprova um Orçamento de Estado que vem agravar e penalizar ainda mais os rendimentos do trabalho e das reformas.
Orçamento de regressão social
O Orçamento de Estado, acusou Jerónimo de Sousa, não é «socialista» mas sim um instrumento de regressão social que «agrava a injusta distribuição do rendimento nacional pela tripla via da penalização salarial, do aumento da carga fiscal do trabalho e do agravamento dos custos dos bens e serviços essenciais das populações». Este é, denunciou o dirigente do PCP, «mais um orçamento em que todos perdem, todos menos a banca e o grande capital económico e financeiro».
O ano de 2007, afirmou, será mais um ano de «garantidos benefícios fiscais e mais um ano de pagamento do IRC a preço de saldo». As baixas taxas efectivas de IRC garantiram, só em 2006, 1 500 milhões de euros não pagos.
Este é também o Orçamento que fornece ao grande capital mais um «apetecível novo pacote de privatizações do capital da TAP, da ANA, da REN ou da EDP», acusou o dirigente comunista.