«Contigo isto muda!»
Jovens do norte do País manifestaram, no sábado, o seu apoio a Jerónimo de Sousa, um candidato que consideram da sua geração – a que luta em defesa da escola pública e do trabalho com direitos.
«Temos que confiar na geração do futuro», afirmou o candidato
«Jerónimo: contigo, isto muda», lia-se no pano de fundo da sala que acolheu os jovens do norte do País – e que a enchiam por completo – que quiseram demonstrar o seu apoio ao candidato presidencial comunista às eleições de 22 de Janeiro. Num jantar seguido de comício, foi revelada a lista dos jovens apoiantes de Jerónimo de Sousa da região, composta por algumas conhecidas figuras, como são os casos do baixista dos Bôitezuleika e o baterista dos Xutos & Pontapés, Kalú. Mas, na sua maioria, estes destacam-se pela sua actividade em defesa dos direitos e interesses da juventude.
São, na sua maioria, dirigentes sindicais e estudantis, mas também dirigentes associativos do movimento cultural ou desportivo. Estes, na sua acção quotidiana, dão corpo ao apelo lançado pelo próprio candidato, no sentido de a candidatura não ser assumida como a missão de um homem só. Ou não estivesse em causa a luta por uma ruptura democrática e de esquerda com a política de direita.
Incentivavam a avançar «com toda a confiança», Jerónimo de Sousa foi considerado, pela jovem Helena Barbosa que o antecedeu como oradora, como um candidato «da nossa geração»: a geração dos que lutam em defesa da escola pública e do direito ao trabalho e do trabalho com direitos. Também por isso, é merecedor da confiança dos jovens, afirmou.
Considerando esta como a única candidatura portadora de um projecto de mudança, que «rompe com os interesses instalados, com as políticas que continuam e com os políticos que se alternam». Um presidente da República «pode e deve apresentar causas, valores e projecto», afirmou a jovem apoiante, que acrescentou: «Jerónimo de Sousa é o candidato das causas e valores mais justos e avançados da juventude».
Confiança no futuro
Impulsionado pela energia da recepção com que foi brindado, Jerónimo de Sousa rejeitou a resignação e manifestou a sua confiança no futuro do País. Realçando o apoio entusiástico e militante dos jovens, o candidato comunista destacou que a sua candidatura opta pelos ideais, valores e transformações de Abril e lembrou que foi a juventude que, em 1974, deu uma contribuição decisiva para que a Revolução se convertesse de um acto em processo transformador. Que teria a sua consagração na Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976.
«Também eu fui eleito deputado constituinte em com 26 anos, carregado de sonhos e carregado de vontade de transformar o mundo», afirmou o candidato. Na Constituição, recordou, a juventude «tinha direito a ter normas específicas consagradas em relação aos seus direitos sociais e laborais». Numa das revisões, lembrou, resultante (como todas) de acordos entre o PS e o PSD, «quase desapareceu do texto constitucional a palavra “juventude”».
Aos mais jovens, o candidato recordou que foi com um governo do PS (com Mário Soares como primeiro-ministro) que se «abriu a fenda na muralha» em relação aos contratos a prazo e à precariedade. Mas não deixou também esquecer que foi Cavaco Silva que «começou o edifício jurídico-constitucional», num tempo em que, lembrou, a precariedade cresceu para quase 20 por cento em termos dos contratados a prazo. Foi também no tempo de Cavaco Silva que se iniciou o pagamento das propinas.
Apesar das dificuldades existentes, Jerónimo de Sousa reafirmou a esperança, lembrando que nos difíceis e dramáticos tempos da ditadura muitos não abdicaram do sonho e não desistiram de lutar pela liberdade, que acabaria por ser conquistada. E deixou um desafio: «mais do que saber como chegámos aqui, interessa saber como saímos daqui.» E, terminando: «Temos que confiar na geração do futuro!»
São, na sua maioria, dirigentes sindicais e estudantis, mas também dirigentes associativos do movimento cultural ou desportivo. Estes, na sua acção quotidiana, dão corpo ao apelo lançado pelo próprio candidato, no sentido de a candidatura não ser assumida como a missão de um homem só. Ou não estivesse em causa a luta por uma ruptura democrática e de esquerda com a política de direita.
Incentivavam a avançar «com toda a confiança», Jerónimo de Sousa foi considerado, pela jovem Helena Barbosa que o antecedeu como oradora, como um candidato «da nossa geração»: a geração dos que lutam em defesa da escola pública e do direito ao trabalho e do trabalho com direitos. Também por isso, é merecedor da confiança dos jovens, afirmou.
Considerando esta como a única candidatura portadora de um projecto de mudança, que «rompe com os interesses instalados, com as políticas que continuam e com os políticos que se alternam». Um presidente da República «pode e deve apresentar causas, valores e projecto», afirmou a jovem apoiante, que acrescentou: «Jerónimo de Sousa é o candidato das causas e valores mais justos e avançados da juventude».
Confiança no futuro
Impulsionado pela energia da recepção com que foi brindado, Jerónimo de Sousa rejeitou a resignação e manifestou a sua confiança no futuro do País. Realçando o apoio entusiástico e militante dos jovens, o candidato comunista destacou que a sua candidatura opta pelos ideais, valores e transformações de Abril e lembrou que foi a juventude que, em 1974, deu uma contribuição decisiva para que a Revolução se convertesse de um acto em processo transformador. Que teria a sua consagração na Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976.
«Também eu fui eleito deputado constituinte em com 26 anos, carregado de sonhos e carregado de vontade de transformar o mundo», afirmou o candidato. Na Constituição, recordou, a juventude «tinha direito a ter normas específicas consagradas em relação aos seus direitos sociais e laborais». Numa das revisões, lembrou, resultante (como todas) de acordos entre o PS e o PSD, «quase desapareceu do texto constitucional a palavra “juventude”».
Aos mais jovens, o candidato recordou que foi com um governo do PS (com Mário Soares como primeiro-ministro) que se «abriu a fenda na muralha» em relação aos contratos a prazo e à precariedade. Mas não deixou também esquecer que foi Cavaco Silva que «começou o edifício jurídico-constitucional», num tempo em que, lembrou, a precariedade cresceu para quase 20 por cento em termos dos contratados a prazo. Foi também no tempo de Cavaco Silva que se iniciou o pagamento das propinas.
Apesar das dificuldades existentes, Jerónimo de Sousa reafirmou a esperança, lembrando que nos difíceis e dramáticos tempos da ditadura muitos não abdicaram do sonho e não desistiram de lutar pela liberdade, que acabaria por ser conquistada. E deixou um desafio: «mais do que saber como chegámos aqui, interessa saber como saímos daqui.» E, terminando: «Temos que confiar na geração do futuro!»